Morreu na madrugada desta quinta-feira (24) a cantora Zezé
Gonzaga, aos 81 anos. Ela estava internada no Hospital
Silvestre, em Santa Tereza, no Centro do Rio, desde o último
domingo (20) e, segundo amigos, teve falência múltipla dos
órgãos.
Zezé será velada na Câmara Municipal do Rio e vai
ser enterrada no cemitério São João Batista, em Botafogo, às 17h.
A cantora começou a carreira ainda criança, como caloura do
programa de Ary Barroso, e logo se tornou uma das mais famosas
intérpretes da chamada era de ouro do rádio. Desanimada com os
rumos de sua carreira, a mineira de Manhuaçu se aposentou cedo e
passou 23 anos sem gravar.
Ela retornou à cena aos 76, com o lançamento do
álbum “Sou apenas uma senhora que ainda canta”, produzido por
Hermínio Bello de Carvalho e lançado pela Biscoito Fino em 2002.
“Sempre achei que é a música que escolhe a gente.
Quando você ouve e gosta, já foi escolhido por ela”, declarou a
cantora, na ocasião.
Em 1945, Zezé conquistou o primeiro lugar no programa
"Pescando estrelas", da já extinta Rádio Clube do
Brasil, apresentado por Arnaldo Amaral. Isso lhe valeu um
contrato de 800 mil-réis com a emissora, que duraria até 1948.
Nessa época, formou com a cantora Odaléa Sodré uma
dupla batizada de As Moreninhas do Ritmo.
Seu primeiro LP, "Zezé Gonzaga", foi
lançado em 1955 e considerado o melhor disco daquele ano. A
canção "Ai ioiô (Linda Flor)", de Henrique Vogeler e
Luiz Peixoto, era uma de suas grandes interpretações, além de
"Nunca jamais", de Lalo Ferreira.
Em 1959, Zezé gravou duas músicas de Tom Jobim e
Vinicius de Moraes: "A felicidade" e "Eu sei que
vou te amar". A artista fez algumas apresentações nos anos
80 com o grupo Cantoras do Rádio e gravou o disco
"Clássicas" ao lado da cantora Jane Duboc em 1999.
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