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Itajuípe

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Itajuípe
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Itajuípe
Bandeira
Brasão de armas de Itajuípe
Brasão de armas
Hino
Gentílico itajuipense
Localização
Localização de Itajuípe na Bahia
Localização de Itajuípe na Bahia
Localização de Itajuípe na Bahia
Itajuípe está localizado em: Brasil
Itajuípe
Localização de Itajuípe no Brasil
Mapa
Mapa de Itajuípe
Coordenadas 14° 40′ 40″ S, 39° 22′ 30″ O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Ilhéus, Coaraci, Barro Preto e Itabuna
Distância até a capital 422 km
História
Fundação 12 de dezembro de 1952 (71 anos)
Administração
Prefeito(a) Leandro Junquilho Cunha (PSD, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 270,752 km²
População total (IBGE/2010[2]) 21 094 hab.
Densidade 77,9 hab./km²
Clima Tropical
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[3]) 0,599 baixo
PIB (IBGE/2019[4]) R$ 226 756,89 mil
PIB per capita (IBGE/2019[4]) R$ 11 066,16

Itajuípe é um município brasileiro do estado da Bahia, Região Nordeste do país. Localiza-se na Região Cacaueira do estado e pertence a Região Geográfica Imediata de Ilhéus-Itabuna.

Itajuípe é vocábulo indígena que significa "caminho de águas entre pedras e espinhos". Do tupi ita = pedra; yu = espinho; y = rio, água; pe = caminho.

Segundo informações de antigos moradores, havia na região, ao longo do rio, muitas pedras e entre elas arbustos espinhosos chamados de ‘unha de gato’, dando o nome de Itajuípe, referindo-se ao caminho de saída da cidade pelo Rio Almada.[5]

O município de Itajuípe tem sua origem no século XIX, na região de Sequeiro do Espinho que pertencia a Ilhéus. Há registros que antes da chegada dos exploradores em 1892, quando começou o povoamento, a região era habitada por indígenas descendentes dos Tapuias. Antônio José de Oliveira, Pedro Portela e os irmãos Joaquim e Miguel Pinheiro são apontados como os responsáveis pelo desmatamento e início da plantação das lavouras de cacau, que fundamentaram o desenvolvimento econômico do município. Em 1918 o povoado Sequeiro do Espinho passou a ser chamado de Pirangi. Ainda vinculada a Ilhéus, em 1930 foi instalada uma subprefeitura em Pirangi e 13 anos mais tarde o nome foi substituído para Itajuípe. A emancipação político-administrativa ocorreu no dia 12 de dezembro de 1952, tornando então Itajuípe. O munícipio era a junção de três distritos de Ilhéus: Itajuípe, Bandeira do Almada e Barro Preto, mas em 1962 foi desmembrado para formar a cidade de Barro Preto.[6][7][8]

Itajuípe é um município da Mesorregião do Centro-Sul Baiano. Faz divisa com os seguintes municípios: Itabuna, Barro Preto, Ilhéus, Coaraci e Uruçuca.

No ano de 2021 a população foi estimada em 20 309 habitantes.[9]

A principal rodovia de acesso é a BR 101.[10] As viações Rota, Cidade Sol e Águia Branca ligam Itajuípe a Coaraci, Almadina, Itapitanga, Uruçuca, Itabuna, Ilhéus, Barro Preto, Ubaitaba, Aurelino Leal, Ibirapitanga, Maraú, Ibirataia, Ipiaú, Ubatã, Jequié, Gandu, Salvador, Feira de Santana etc.

O município é banhado pelo Rio Almada que, junto com os municípios de Ilhéus, Coaraci, Almadina, Ibicaraí, Itabuna, Barro Preto, Uruçuca, faz parte da bacia hidrográfica do Rio Almada, um dos principais sistemas naturais da Região Cacaueira. A bacia apresenta conflitos ambientais, pois suas condições naturais estão sendo alteradas pela falta de saneamento básico nas cidades ao redor, pela ocupação desordenada do solo e das indústrias que se instalaram na região como opção econômica diante da crise da lavoura cacaueira.[11] O relevo do município predominam os morros e serras com amplitudes que variam de 200 a 600 m e topos que alcançam altitudes de até 1.040 m.[12]

O Bioma de Itajuípe é a Mata Atlântica, um dos biomas com maior diversidade do planeta. Sua formação florestal é caracterizada por árvores de médio a grande porte, além de apresentar uma fauna rica e diversa. Atualmente restam cerca de 7% das florestas originais de Mata Atlântica, devido a esse dado alarmante e sua grande biodiversidade, o bioma é considerado hotspots mundial. Ainda que a Mata Atlântica esteja ameaçada, no Sul da Bahia existe uma significativa preservação de árvores nativas por efeito do sistema tradicional de plantio de cacau sob a sombra da floresta raleada.[13][14]

O clima da região se caracteriza por ter uma média anual de temperatura superior a 18°C e grande pluviosidade ao longo do ano, chamado Clima Tropical úmido. Mesmo o mês mais seco, que é agosto, possui alta pluviosidade, tendo em média 63mm de precipitação. O mês mais quente é março, com uma média de 24,9 °C. Ao todo, a média anual de pluviosidade da cidade é 1156mm e de temperatura é 23,2 °C.[15]

O setor agrícola por muitos anos foi a principal fonte de renda da população local e até hoje o cacau é um símbolo da região, mas atualmente outras atividades econômicas tem ganhado destaque, como o comércio e a indústria. Dentre as indústrias destaca-se a fábrica Cambuci, uma multinacional brasileira de artigos esportivos.[16]

Referências

  1. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 24 de agosto de 2013 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  5. de Assis, Harmensz Van Rin Morais (2020). Topônimos no Sul da Bahia: nominações dos municípios originados da capitania hereditária São Jorge dos Ilhéus (1950 a 1960). [S.l.]: Editora Dialética. p. 19. ISBN 9786587403830 
  6. de Assis, Harmensz Van Rin Morais (2020). Topônimos no Sul da Bahia: nominações dos municípios originados da capitania hereditária São Jorge dos Ilhéus (1950 a 1960). [S.l.]: Editora Dialética. p. 19. ISBN 9786587403830 
  7. «Itajuípe: História & Fotos». IBGE. Consultado em 7 de julho de 2022 
  8. «Prefeitura de Itajuípe: Dados municipais». SAI. Consultado em 7 de julho de 2022 
  9. «Itajuípe: Panorama». IBGE. Consultado em 7 de julho de 2022 
  10. «Prefeitura de Itajuípe: Dados municipais». SAI. Consultado em 7 de julho de 2022 
  11. Gomes, Ronaldo Lima; Moraes, Maria Eugênia Bruck de; Moreau, Ana Maria dos Santos; Moreau, Maurício Santana; Franco, Gustavo Barreto; Marques, Eduardo Antônio Gomes (2 de julho de 2012). «Aspectos físico-ambientais e de uso e ocupação do solo da bacia hidrográfica do rio Almada-BA - doi: 10.4025/bolgeogr.v30i2.16423». Boletim de Geografia (2): 45–57. ISSN 2176-4786. doi:10.4025/bolgeogr.v30i2.16423. Consultado em 7 de julho de 2022 
  12. de Moraes, Maria Eugênia Bruck; Lorandi, Reinaldo (2016). Métodos e técnicas de pesquisa em bacias hidrográficas (PDF). [S.l.]: Editus. p. 71. ISBN 9788574554242 
  13. Mazzurana, Elis Regina (16 de novembro de 2016). «Bioma Mata Atlântica». Revista Encontros Teológicos. Mata Atlântica: patrimônio natural, cultural e biológico do Brasil. 31 (3): 459-472. Consultado em 9 de julho de 2022 
  14. Sousa, Carla da Silva; Silva, Joseane Santos da; Lima, Érica Conceição de (26 de junho de 2020). «Fitonematoides associados à cultura da banana em sistemas cacau cabruca». Revista Macambira (1): e041002–e041002. ISSN 2594-4754. doi:10.35642/rm.v4i1.464. Consultado em 9 de julho de 2022 
  15. «Clima Itajuípe». Climate. Consultado em 7 de julho de 2022 
  16. Santos, Ivana Souza Oliveira; Chiapetti, Rita Jaqueline Nogueira (22 de janeiro de 2014). «A LEITURA DE PAISAGEM NO ENSINO DE GEOGRAFIA DO 6º ANO ESCOLAR». Geografia Ensino & Pesquisa: 67–84. ISSN 2236-4994. doi:10.5902/223649949192. Consultado em 7 de julho de 2022 

Ligações externas

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