A reforma ministerial com a qual Dilma Rousseff sonha tem sido feita por fatias e com a involuntária ajuda da imprensa.
Escândalo após escândalo, a presidente da República vai jogando ao mar alguns dos indesejados que a herança do governo Lula e o loteamento do poder com os partidos da base aliada lhe impunham.
Dilma já confidenciou que gostaria de ter 18 ministros, não mais do que isso. Seria menos da metade dos 38 ministros de hoje.
Pode ser que já surpreenda, no início do ano – quando deve promover uma generalizada dança das cadeiras.
A senha foi dada pelo empresário Jorge Gerdau, que Dilma foi buscar para comandar a Câmara de Política de Gestão – um órgão de consultoria para palpitar na eficiência da administração pública.
“É impossível administrar com 40 ministérios”, disse Gerdau em recente conversa em Brasília.
Desafio o internauta a – sem olhar no Google, seu espertinho – dizer o nome de doze ministros da Dilma, dez, que sejam.
Para vocês terem uma idéia, só na área social há um(a) ministro(a) das Mulheres, outro(a) da Igualdade Racial, outro(a) dos Direitos Humanos, outro da Fome. Não dá para juntar todos eles num Ministério da, digamos, Promoção Social?
Não dá para transferir o Ministério do Desenvolvimento Agrário e o da Pesca para a Agricultura?
Três outros Ministérios poderiam virar um só: Cidades, Integração Nacional e Portos. Por que não?
Outro dado alarmante, levantado por Gerdau: há 23.500 cargos de confiança na administração pública federal. Está aí o epicentro da farra das nomeações.
A expectativa é que Dilma faça, enfim, um ministério à sua feição. Ou seja, mais técnico e menos político.
Pode ter problemas no tal quesito “governabilidade”? Pode ter, sim. Mas a opinião pública estará a favor dela.
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