Publicado em 27/12/2016 às 13h55
As apostas de 2017
Todo final de ano é assim.
Os dirigentes se mexem em busca dos treinadores disponíveis no mercado.
Todos querem começar 2017 com um técnico e uma filosofia de trabalho já definidos.
Nem sempre esse planejamento dá certo. Eu diria que, na maioria das vezes, as coisas não saem como o esperado.
Neste sentido, acredito que o São Paulo será a grande atração do ano que vem.
A aposta no ídolo Rogério Ceni é arriscada, mas ao mesmo tempo a torcida vai estar com ele mesmo se o início não for tão bom como treinador.
A vontade do ex-goleiro é tão grande, que ele aceitou o desafio de comandar o time do coração mesmo sabendo que 2016 foi um ano ruim para o clube.
O tricolor, famoso no passado pela organização e bom planejamento, sofreu com conflitos políticos e quase foi rebaixado no brasileirão.
Rogério Ceni virou a esperança de dias melhores em 2017. Confesso que estou muito curioso em vê-lo em ação do banco de reservas.
Se o São Paulo está arriscando, podemos dizer que o Corinthians também está apostando num treinador que não deu muito resultado este ano.
Tanto é que ele foi substituído pelo Oswaldo de Oliveira.
Tá certo que o Fábio Carille foi o melhorzinho na era pós-Tite, com 4 vitórias, 1 empate e 3 derrotas.
Mesmo assim, não está no nível da grandeza do clube.
Acho que o torcedor corintiano tem motivos para estar preocupado com o que vai acontecer no ano que vem.
Com uma dívida alta e sem poder de fogo para contratar jogadores nem um treinador de alto nível, a aposta é que a garotada assuma a responsabilidade e dê conta do recado.
Sei não...
O Palmeiras se viu obrigado a mudar de comandante.
Cuca pediu as contas após o título alegando motivos pessoais.
Eduardo Baptista assume com a dura responsabilidade de manter o alto nível e continuar conquistando bons resultados.
Após o inesquecível ano de 2016, o palmeirense está mais exigente e não vai se contentar com qualquer coisa. E com razão.
Agora sem Gabriel Jesus, o ex-técnico da Ponte terá ainda mais trabalho pela frente.
Dos quatro grandes paulistas, o único que não mudou a comissão técnica foi o Santos.
Após trabalhos pífios no Fluminense, Vasco, Flamengo, Atlético MG, Palmeiras (a lista é grande), eis que o treinador se reinventou no Santos e conseguiu fazer um bom trabalho nesse brasileirão.
É bem verdade que o bom elenco ajudou muito, mas Dorival teve seus méritos.
No momento, ele é o único com o privilégio de dar continuidade a um trabalho que foi bem realizado.
Por tudo isso, acho que o Santos vai levar vantagem e sair na frente no início de 2017.
Até que os outros técnicos se acertem nos demais clubes, vai demorar um pouquinho.
Até a próxima.
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