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Sigla da empresa Jianghuai Automobile Co. Ltd., fabricante chinesa de automóveis e veículos comerciais. Fundada em 1964, a marca chegou ao Brasil em 2010, precedida por agressiva campanha publicitária. Esta, aliada à efetiva qualidade construtiva e de acabamento apresentada pelos carros importados pela empresa, garantiu o destaque dos automóveis JAC diante dos produtos tantas vezes toscos trazidos da China pela concorrência.

Em 2011, frente ao programa Inovar Auto – a nova política federal de estímulo à produção nacional de veículos mediante elevação substancial de IPI para marcas importadas sem produção local -, a JAC optou por aqui se instalar, pelas mãos de seu distribuidor nacional. Na nova indústria, a ser localizada em Camaçari (BA), com inauguração programada para 2014, seriam produzidos diversos modelos, entre os quais o J5 e o novo utilitário esportivo SII. Os efeitos do aumento dos preços dos importados, contudo, logo se fizeram sentir, e em julho do ano seguinte as vendas da marca já haviam caído para 30%. Em outubro, porém, após breve período de indecisão, o grupo empreendedor confirmou a implantação do projeto, já no mês seguinte dando início às obras da fábrica. O início de operação foi reprogramado para meados de 2015.

Dificuldades em obter financiamento e atraso na alocação de recursos dos sócios chineses (que passaram a deter ⅔ do empreendimento) levaram a novos adiamentos, os novos prazos apontando para a inauguração da planta no primeiro trimestre de 2016. A capacidade projetada seria de 100.000 carros/ano.

Também estes prognósticos seriam frustrados – e desta vez definitivamente: em junho de 2016, por descumprimento dos prazos assumidos com o Governo Federal, a JAC foi excluída do Inovar Auto e, consequentemente, obrigada a devolver à União R$ 180 milhões em benefícios recebidos. A parte chinesa se retirou do negócio, porém o sócio nacional – o grupo SHC, do empresário Sérgio Habib – manifestou interesse em dar continuidade à construção da planta, mas agora em escala bastante mais modesta – 20.000 unidades/ano.

A produção seria iniciada “entre o fim de 2018 e início de 2019“, sob a forma CKD, utilizando elementos chineses dos SUVs T40 (lançado em agosto de 2017 e, segundo a empresa, especialmente desenhado na Itália para o Brasil) e do futuro T50. Em dezembro de 2017 foi firmado convênio com o Governo do Estado de Goiás, onde (agora) a partir do final de 2019, seriam montados (agora) 35.000 carros/mês, sempre a partir de kits totalmente importados. Para isto seria arrendada a fábrica Mitsubishi de Itumbiara, onde foram produzidos os primeiros jipes Suzuki nacionais. Os novos planos, porém, já nasciam sob risco de  frustração, já que, imediatamente após a divulgação da notícia de transferência da indústria para Goiás, o Estado da Bahia deu entrada a ação judicial contra a JAC visando reaver todos recursos até então fornecidos à empresa sob a forma de terras, incentivos fiscais e liberação de encargos.

Postergando os planos de produção nacional, a JAC passou a focar a atuação na importação de veículos comerciais elétricos. Com significativo sucesso, 600 unidades do modelo médio chinês iEV 1200 T, de 8,5 t, teriam sido emplacados até julho de 2022, inclusive como carros-fortes (ao final do ano o modelo ganharia o Prêmio Lótus Campeão de Vendas 2023 na categoria Caminhão Elétrico de Carga). Pouco depois foi apresentada a versão E-JT, com terceiro eixo e PBT de 12,5 t, intencionalmente em concorrência direta com o correspondente e-Delivery, da Volkswagen.





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