Mostrar código-fonte de Terapia de reorientação sexual

[[Imagem:Triangle of Sexuality.svg|thumb|Entre a homossexualidade restrita (topo à esquerda), heterossexualidade restrita (topo à direita) e [[assexualidade]] (canto inferior) existe uma grande diversidade no nível de atração sexual.]]

'''Terapia de reorientação sexual''' (chamada ainda '''terapia de conversão''' ou '''terapia reparativa''') compreende um conjunto de métodos que visam eliminar a [[orientação sexual]] [[homossexual]] de um indivíduo.<ref name="apa2009">{{Citar web |url=http://www.apa.org/about/policy/sexual-orientation.aspx |titulo=Resolution on Appropriate Affirmative Responses to Sexual Orientation Distress and Change Efforts |data=2009 |acessodata=2017-09-21 |obra=http://www.apa.org |ultimo=Associação Americana de Psicologia |autorlink=Associação Americana de Psicologia |lingua=en |doi=10.1037/a0019553}}</ref> Essas [[terapia]]s podem incluir [[técnicas]] [[Comportamental|comportamentais]], [[cognitivo]]-comportamentais e [[psicanalítica]]s, além de abordagens [[Medicina|médicas]], [[religiosas]]<ref>{{Citar web|titulo=Machucados pela fé|url=https://noticias.uol.com.br/reportagens-especiais/eles-foram-machucados-pela-fe|obra=UOL|data=11-08-2019|publicado=|ultimo=Silva|primeiro=Marcos Sergio|acessodata=}}</ref> e [[espirituais]].<ref name="apaTaskForce">{{Citar web |url=http://www.apa.org/pi/lgbt/resources/therapeutic-response.pdf |titulo=Report of the  American Psychological Association Task Force on Appropriate Therapeutic Responses to Sexual Orientation |publicado=[[Associação Americana de Psicologia]] |ultimo=American Psychological Association |primeiro=Task Force on Appropriate Therapeutic Responses to Sexual Orientation. |ano=2009 |lingua=en |formato=pdf}}</ref> Estes tipos de procedimentos têm sido fonte de intensa controvérsia nos [[Estados Unidos]], no [[Brasil]] e em outros países.<ref name="DrescherandZucker">{{Harvnb|Drescher|2006|pp=126, 175}}{{Verificar fontes}}</ref> O [[consenso científico]] é de que tais terapias não são efetivas e podem causar [[danos]] [[Corpo físico|físicos]] e [[psicológico]]s.<ref name=":0">{{Citar periódico|ultimo=Orsi|primeiro=Carlos|data=2017-09-20|titulo=O que a ciência diz sobre a terapia de reorientação sexual, a chamada ‘cura gay’?|jornal=[[Gazeta do Povo]]|doi=|url=http://www.gazetadopovo.com.br/ideias/o-que-a-ciencia-diz-sobre-a-terapia-de-reorientacao-sexual-a-chamada-cura-gay-8z5f2gl8afzzira2lg90tkbg4|acessadoem=2017-09-21|citação=O consenso científico diz que, se os gays precisam de psicoterapia, é para aprender a lidar com a própria identidade sexual em meio a um ambiente hostil, e não para mudar de identidade -- mesmo porque essa segunda opção não existe cientificamente, e buscá-la traz riscos de dano, seja físico ou psicológico.}}</ref><ref>{{citar livro|url=https://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2019/06/CFP_TentativasAniquilamento_WEB_FINAL.pdf|título=Tentativas de Aniquilamento de Subjetividades LGBTIs|ultimo=Conselho Federal de Psicologia|editora=Conselho Federal de Psicologia|ano=2019|local=Brasília|páginas=|acessodata=}}</ref>

== Características ==
[[Imagem:Man-and-woman-icon.svg|thumb|esquerda|Entre os resultados negativos relatados sobre esse tipo de terapia estão transtornos de ansiedade (20%), ideação suicida (10%), depressão (40%), impotência (10%) e transtorno do relacionamento sexual (10%).<ref name="apaTaskForce"/>]]

A [[Associação Americana de Psiquiatria]] afirma que debates políticos e morais sobre a integração dos homossexuais na sociedade norte-americana têm obscurecido os dados científicos sobre mudanças de orientação sexual "por pôr no tema os motivos e até mesmo o caráter dos indivíduos em ambos os lados da questão."<ref name="Psych" /> Os principais defensores contemporâneos desse tipo de terapia tendem a ser grupos [[Fundamentalismo cristão|cristãos conservadores]] e outras organizações religiosas.<ref name="Yoshino">{{Harvnb|Yoshino|2002}}</ref> A principal organização que defende formas [[Secularidade|seculares]] de terapia de conversão é a [[Associação Nacional de Pesquisa e Terapia da Homossexualidade]] (NARTH - sigla em [[Língua inglesa|inglês]]); no entanto, a entidade frequentemente faz parcerias com grupos religiosos.<ref name="Yoshino" />

As principais organizações médicas e científicas norte-americanas têm expressado preocupação com a terapia de conversão e consideram-na  potencialmente prejudicial.<ref name="apa2009"/><ref name="Psych">{{citation |url=http://www.psych.org/Departments/EDU/Library/APAOfficialDocumentsandRelated/PositionStatements/200001a.aspx |título=Position Statement on Therapies Focused on Attempts to Change Sexual Orientation (Reparative or Conversion Therapies) |acessodata=2007-08-28 |ano=2000 |month=May |publicado=[[Associação Americana de Psiquiatria]] |formato=PDF}}</ref><ref name="NewAPA">{{citation |url=http://www.apa.org/pi/lgbt/resources/therapeutic-response.pdf |formato=PDF |título=Report of the American Psychological Association Task Force on Appropriate Therapeutic Responses to Sexual Orientation |acessodata=24 de setembro de 2009 |primeiro =JM |último =Glassgold |coautor=et al. |publicado=[[Associação Americana de Psicologia]] |data=1 de agosto de 2009}}</ref> A Associação Americana de Psiquiatria afirma que esse procedimento é um tipo de tratamento psiquiátrico "baseado na suposição de que a homossexualidade ''per se'' é um transtorno mental ou com base na suposição ''a priori'' de que um paciente deve mudar a sua orientação sexual homossexual."<ref name="Psych" /><ref name="Answers">{{citation |url=http://www.apa.org/topics/sexuality/orientation.aspx |título=Answers to Your Questions: For a Better Understanding of Sexual Orientation and Homosexuality |acessodata=14 de fevereiro de 2008 |ano=2008 |month=Fevereiro |publicado=[[Associação Americana de Psicologia]] |formato=PDF}}</ref>

O consenso de longa data das ciências comportamentais e sociais e dos profissionais de saúde mental e geral é de que a homossexualidade, ''per se'', é uma normal e positiva [[orientação sexual]] humana.<ref name="apa2009" /> Pesquisas já realizadas têm falhado consistentemente em fornecer qualquer base [[empírica]] ou científica para considerar a homossexualidade como uma doença ou anormalidade.<ref name=maine>[http://www.apa.org/about/offices/ogc/amicus/ra-ma.pdf Resumo do ''Amici Curiae'' da [[Associação Americana de Psicologia]]; Associação de Psicologia do Maine; [[Associação Nacional dos Trabalhadores Sociais]]; ''Maine Chapter''; Associação dos Médicos Psiquiatras do Maine; ''Child Welfare League of America''; ''Maine Children’s Alliance''; Associação Médica do Maine; [[Academia Americana de Pediatria]], Maine Chapter; Evan B. Donaldson Adoption Institute; Kids First; e Community Counseling Center, Em Apoio aos Recorrentes (12 de outubro de  2006)]</ref><ref name="rcp2007">''[[Royal College of Psychiatrists]]'': [http://www.rcpsych.ac.uk/pdf/Submission%20to%20the%20Church%20of%20England.pdf Submission to the Church of England’s Listening Exercise on Human Sexuality.]</ref> Existem pessoas que passam por terapias de reorientação sexual e tendem a ter visões religiosas fortemente conservadoras que as levam a procurar uma forma de mudar a sua orientação sexual.<ref name="apaTaskForce"/> Não há estudos de suficiente rigor científico para concluir que os recentes esforços de mudança de orientação sexual têm sido eficazes. Embora dados de confiança sobre a segurança dessas terapias sejam extremamente limitados, algumas pessoas relataram terem sido prejudicadas por esse tipo de técnica. [[Angústia]] e [[depressão nervosa|depressão]] foram exacerbadas. A crença na esperança de mudar a orientação sexual seguida pela falha do tratamento em alcançar tal objetivo, foi identificada como uma importante causa de sofrimento e de uma [[autoimagem]] negativa.<ref name="apa2009"/>

As terapias de reorientação sexual têm gerado controvérsia devido às tensões entre os valores mantidos por algumas organizações religiosas, de um lado, e aqueles mantidos por organizações profissionais, científicas e de [[direitos LGBT]], de outro. Alguns indivíduos e grupos têm promovido a ideia de que a homossexualidade é um sintoma de defeitos ou falhas no desenvolvimento espiritual e moral e têm argumentado que tais terapias, incluindo esforços psicoterapêuticos e religiosos, poderiam alterar os sentimentos e comportamentos homossexuais.<ref name="apa2009"/> Tais técnicas têm um grave potencial de prejudicar as pessoas que as buscam porque apresentam a visão de que a orientação sexual de jovens [[LGBT]] é uma [[doença mental]] ou um [[distúrbio]] e porque muitas vezes enquadram a incapacidade de mudança da orientação sexual dessas pessoas como um fracasso pessoal e moral.<ref name=facts>American Psychological Association: [http://www.apa.org/pi/lgbt/resources/just-the-facts.pdf Just the Facts about Sexual Orientation & Youth: A Primer for Principals, Educators, & School Personnel]</ref> Muitos desses indivíduos e grupos parecem ser incorporados dentro do contexto mais amplo de movimentos políticos religiosos conservadores que apoiam a [[estigma]]tização da homossexualidade no âmbito político ou religioso.<ref name="apa2009"/> O co-fundador e outros ex-líderes da organização de [[ex-gay]]s ''Exodus Internacional'' emitiram um pedido de desculpas público e formal por seu trabalho como líderes ex-gays e os danos que causaram aos que tentaram ajudar.<ref>{{citar web |url=http://www.beyondexgay.com/article/apology |editor=Beyond Ex-Gay |título=Statement of Apology from Former Exodus Leaders Darlene Bogle, Michael Bussee, and Jeremy Marks |data=27 de junho de 2007 |acessodata=16 de janeiro de 2012}}</ref>

== História ==
Tentativas médicas de alterar a [[homossexualidade]] já incluíram tratamentos cirúrgicos como a [[histerectomia]],<ref name="katz">{{citar livro
 |último = Katz
 |primeiro = Jonathan
 |título= Gay American history: lesbians and gay men in the U.S.A.: a documentary anthology
 |ano= 1976
 |publicado= Crowell
 |local= New York
 | isbn = 0690005105
 |páginas= 129
 }}</ref> [[ovariectomia]],<ref>{{citar periódico
 |último = Daniel
 |primeiro = F.E.
 |ano= 1893
 |título= Castration of Sexual Perverts
 |periódico= Texas Medical Journal
 | volume = 9
 |páginas= 255–71
 }}</ref> [[clitoridectomia]],<ref name="katz" /> [[castração]],<ref>{{citar periódico
 |último = Talbot
 |primeiro = E.S.
 |coautor= Ellis, Havelock
 |ano= 1896
 |título= A Case of Developmental Degenerative Insanity, with Sexual Inversion, Melancholia, Following Removal of Testicles, Attempted Murder and Suicide
 |periódico= Journal of Mental Science
 | volume = 42
 |páginas= 341–44
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |ano= 1929
 |título= Results of Castration in Sexual Abnormalities
 |periódico= Urologic & Cutaneous Review
 | volume = 33
 |páginas= 351
 }}</ref> [[vasectomia]],<ref>{{citar periódico
 |primeiro = Harry Clay
 |último = Sharp
 |título= The Sterilization of Degenerates
 |publicado= National Christian League for Promotion of Purity
 |ano= 1908
}}</ref> cirurgia do nervo pudico<ref>{{citar periódico
 |ano= 1904
 |título= The Gentleman Degenerate. A Homosexualist's Self-Description and Self-Applied Title. Pudic Nerve Section Fails Therapeutically
 |periódico= Alienist & Neurologist
 | volume = 25
 |páginas= 68–70
 }}</ref> e a [[lobotomia]].<ref>{{citar periódico
 |último = Friedlander
 |primeiro = Joseph
 |coautor= Banay, Ralph S.
 |ano= 1948
 |título= Psychosis Following Lobotomy in a Case of Sexual Psychopathology; Report of a Case
 |periódico= Archives of Neurology & Psychiatry
 | volume = 59
 |páginas= 303–11, 315, 321
 }}</ref> Métodos baseados em substâncias incluíram o tratamento [[Hormônio|hormonal]],<ref>{{citar periódico
 |último = Rosenzweig
 |primeiro = Saul
 |coautor= Hoskins, R.G.
 |ano= 1941
 |título= A Note on the Ineffectualness of Sex-Hormone Medication in a Case of Pronounced Homosexuality
 |periódico= Psychosomatic Medicine
 | volume = 3
 |páginas= 87–89
 }}</ref><ref name="LeVay1996">{{Harvnb|LeVay|1996}}</ref> tratamento de choque farmacológico<ref>{{citar periódico
 | doi = 10.1097/00005053-194007000-00009
 |último = Owensby
 |primeiro = Newdigate M.
 |ano= 1940
 |título= Homosexuality and Lesbianism Treated with Metrazol
 |periódico= Journal of Nervous & Mental Disease
 | volume = 92
 |páginas= 65–66
 }}</ref> e tratamento com estimulantes sexuais e antidepressivos sexuais.<ref name="katz" /> Outros métodos incluíram a [[terapia de aversão]],<ref>{{citar periódico
 |último = Cautela
 |primeiro = Joseph R.
 |ano= 1967
 |título= Covert Sensitization
 |periódico= Psychology Report
 | volume = 20
 |páginas= 464–65
 }}</ref><ref name="rutner">{{citar periódico
 |último = Rutner
 |primeiro = Ivan T.
 |ano= 1970
 |título= A Double-Barrel Approach to Modification of Homosexual Behavior
 |periódico= Psychology Report
 | volume = 26
 |páginas= 256–58
 | pmid = 5486305
 |número= 2
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |último = McConaghy
 |primeiro = Nathaniel
 |coautor= Armstrong, Michael S.; Blaszczynsky, Alex
 |ano= 1981
 |título= Controlled Comparison of Aversive Therapy and Covert Sensitization in Compulsive Homosexuality
 |periódico= Behavior Response & Therapy
 | volume = 19
 |páginas= 425–34
 | pmid = 7316919
 | doi = 10.1016/0005-7967(81)90132-7
 |número= 5
 }}</ref> a redução da aversão a heterossexualidade,<ref name="rutner" /> tratamento de [[eletrochoque]],<ref>{{citar periódico
 |último = Max
 |primeiro = Louis William
 |ano= 1935
 |título= Breaking Up a Homosexual Fixation by the Condition Reaction Technique: A Case Study
 |periódico= Psychology Bulletin
 | volume = 32
 |páginas= 734
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |último = Liebman
 |primeiro = Samuel
 |ano= 1967
 |título= Homosexuality, Transvestism, and Psychosis: Study of a Case Treated with Electroshock
 |periódico= Journal of Nervous & Mental Disease
 | volume = 99
 |páginas= 945–57
 }}</ref> grupo de terapia,<ref>{{citar livro
 |último = Duberman
 |primeiro = Martin
 |título= Cures: A Gay Man's Odyssey
 |ano= 1992
 |publicado= Plume
 |local= New York
 | isbn = 0452267803
 |páginas= 93–115, 118–24
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |último = Harms
 |primeiro = Ernest
 |ano= 1953
 |título= Homo-Anonymous
 |periódico= Diseases and the Nervous System
 | volume = 14
 |páginas= 318–19
 | pmid = 13095274
 |número= 10
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |último = Hadden
 |primeiro = Samuel B.
 |ano= 1957
 |título= Attitudes Toward and Approaches to the Problem of Homosexuality
 |periódico= Pennsylvania Medical Journal
 | volume = 6
 |páginas= 1195–98
 | pmid = 13465269
 |número= 9
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |último = Smith
 |primeiro = Alexander B.
 |coautor= Bassin, Alexander
 |ano= 1959
 |título= Group Therapy with Homosexuals
 |periódico= Journal of Social Therapy
 | volume = 5
 |páginas= 227, 231–32
 }}</ref> [[hipnose]]<ref>{{citar periódico
 |último = Quackenbos
 |primeiro = John Duncan
 |ano= 1899
 |título= Hypnotic Suggestion in the Treatment of Sexual Perversions and Moral Anaesthesia: A Personal Experience
 |periódico= Transactions of the New Hampshire Medical Society
 | volume = 108
 |páginas= 69, 72, 75, 78–80
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |último = Miller
 |primeiro = Michael M.
 |ano= 1963
 |título= Hypnotic-Aversion Treatment of Homosexuality
 |periódico= Journal of the National Medical Association
 | volume = 55
 |páginas= 411–13, 415
 | pmid = 14049556
 | pmc = 2642357
 |número= 5
 }}</ref> e [[psicanálise]].<ref name="yoshino">{{citar periódico
 |último = Yoshino
 |primeiro = Kenji
 |data=janeiro de 2002
 |título= Covering
 |periódico= Yale Law Journal
 | volume = 111
 |número= 4
 |páginas= 179 et seq.
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |último = Brill
 |primeiro = A.A.
 |ano= 1913
 |título= The Conception of Homosexuality
 |periódico= JAMA
 | volume = 61
 |páginas= 335–40
 }}</ref><ref>{{citar periódico
 |último = Stekel
 |primeiro = Wilhelm
 |ano= 1930
 |título= Is Homosexuality Curable?
 |periódico= Psychoanalytic Review
 | volume = 17
 |páginas= 443, 447–48
 }}</ref>

Durante o [[período entre-guerras]], o governo da [[Alemanha nazista]] tentou 'tratar' homossexuais através de métodos como tratamentos hormonais e relações sexuais forçadas com [[prostitutas]]. Para a [[ideologia nazista]], os homossexuais deveriam ser "recuperados" para poderem voltar à prática [[Reprodução sexuada|reprodutiva]]. No entanto, diante da ineficácia das tentativas de cura, todos os homossexuais envolvidos nas terapias foram [[Castração|castrados]] para impedi-los de sentir qualquer tipo de prazer sexual.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/2013/06/1297868-nazistas-tentavam-curar-gays-com-prostitutas-e-tratamento-hormonal.shtml |título=Nazistas tentavam 'curar' gays com prostitutas e tratamento hormonal |editor=[[Folha de S. Paulo]] |data=19 de junho de 2013 |acessodata=20 de junho de 2013}}</ref>

=== Atualmente ===
[[Imagem:Countries banning conversion therapy.svg|thumb|300px|Em azul escuro os locais que [[Criminalização|criminalizam]] a terapia de conversão, em azul os que banem [[profissionais de saúde]] de praticarem a terapia, em ciano apenas determinadas jurisdições e em amarelo os que possuem banimento pendente]]

Nas duas últimas décadas do {{Séc|XIX}}, uma visão diferente começou a predominar nos círculos [[Medicina|médicos]] e [[Psiquiatria|psiquiátricos]], julgando esse comportamento (homossexual) como um indicativo de um tipo de pessoa com uma orientação sexual definida e relativamente estável. No final do {{Séc|XIX}} e XX, os modelos [[patológicos]] da homossexualidade ainda eram padrão.

No dia 17 de maio de 1990, a Assembleia-geral da [[Organização Mundial de Saúde]] (sigla OMS) retirou a homossexualidade da sua lista de doenças mentais, a [[Classificação Internacional de Doenças]] (sigla CID).<ref name="Correio braziliense">{{citar web|url=http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/16/brasil,i=192631/HA+20+ANOS+A+OMS+TIROU+A+HOMOSSEXUALIDADE+DA+RELACAO+DE+DOENCAS+MENTAIS.shtml|autor=[[Correio Braziliense]]|título=Há 20 anos, a OMS tirou a homossexualidade da relação de doenças mentais: Uma conquista celebrada por organizações sociais de todo o planeta|acessodata=7 de dezembro de 2010|arquivourl=https://archive.is/20120730161520/http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia182/2010/05/16/brasil,i=192631/HA+20+ANOS+A+OMS+TIROU+A+HOMOSSEXUALIDADE+DA+RELACAO+DE+DOENCAS+MENTAIS.shtml|arquivodata=2012-07-30|urlmorta=yes}}</ref> O governo do [[Reino Unido]] seguiu o exemplo em 1994, seguido pelo Ministério da Saúde da [[Rússia]] e pelo [[Conselho Federal de Psicologia]] do [[Brasil]] em 1999,<ref name="CFP"/> além [[Sociedade Chinesa de Psiquiatria]] em 2001.<ref>{{citar jornal|url=http://www.cbsnews.com/stories/2001/03/07/world/main277027.shtml|título=China More Tolerant Toward Gays|data=7 de março de 2001|obra=CBS News|local=Pequim}}</ref> Os conselho da [[Associação Americana de Psiquiatria]] (AAP) já havia votado, por unanimidade, a retirada da homossexualidade como um distúrbio da seção de desvios sexuais do [[Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais]], o DSM-II, em 1973.<ref>{{citar jornal|url=http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,904053,00.html|título=The Sexes: An Instant Cure|data=1 de abril de  1974|obra=[[Time (revista)]]}}</ref> Esta decisão foi confirmada oficialmente por 58% dos membros da AAP em 1974, que votaram para substituir o diagnóstico para uma categoria mais suave de "distúrbio de orientação sexual", que foi então substituído no DSM-III para "homossexualidade ego-distônica", que, em 1986, foi excluída do DSM-III-R. A AAP agora classifica a angústia persistente e acentuada de um indivíduo sobre a sua orientação sexual na classificação ''Desordem Sexual Sem Outra Especificação''.<ref name=ucdavis>[http://psychology.ucdavis.edu/rainbow/html/facts_mental_health.html Facts About Homosexuality and Mental Health]</ref>

A maior parte das organizações profissionais de saúde mental sancionaram esforços de mudanças de orientação sexual e praticamente todos eles adotaram declarações de política da profissão e alertas ao público sobre os tratamentos que se propõem a mudar a sexualidade de uma pessoa. Estas incluem a Associação Americana de Psiquiatria, Associação Americana de Psicologia, ''American Counseling Association'', [[Associação Nacional dos Trabalhadores Sociais]],<ref name="Herek" /> ''[[Royal College of Psychiatrists]]''<ref name="royal2009"/> e a Sociedade Australiana de Psicologia.<ref name="aps"/>
=== Cura Gay ===
O Projeto de Decreto Legislativo brasileiro 234/2011, ficou conhecido como "cura gay"<ref name="Terra caia Felice">{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/rs-dezenas-protestam-contra-cura-gay-e-pedem-queda-de-feliciano,8ba45a47c318f310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html |título=RS: dezenas protestam contra 'cura gay' e pedem queda de Feliciano |data=26 de junho de 2013 |acessodata=27 de junho de 2013 |publicado=Terra}}</ref> e foi apresentado pelo deputado e pastor evangélico [[João Campos de Araújo]] ([[PSDB]]-[[Goiás|GO]]).<ref>{{citar web |url=http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2013/06/27/interna_politica,413450/psdb-afirma-que-cura-gay-e-retrocesso.shtml |título=PSDB afirma que '"cura gay" é retrocesso |data=27 de junho de 2013 |acessodata=27 de junho de 2013 |publicado=Estado de Minas}}</ref> Foi aprovado no dia 18 de junho de 2013 pela [[Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados do Brasil|Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados]], presidida pelo pastor [[Marco Feliciano]], que era criticado por declarações [[homofóbica]]s.<ref name="Terra caia Felice" /> Alterava uma resolução do [[Conselho Federal de Psicologia]], suspendendo partes desse documento que proibiam psicólogos de considerarem a homossexualidade uma doença e de tentarem mudar a orientação sexual de seus pacientes.<ref>{{citar web |url=http://noticias.terra.com.br/brasil/cidades/manifestantes-promovem-ato-contra-projeto-da-cura-gay-em-sp,1f4d85d95b76f310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html |título=Manifestantes promovem ato contra projeto da 'cura gay' em SP |data=21 de junho de 2013 |acessodata=26 de junho de 2013 |publicado=[[Terra]]}}</ref><ref name="G1 PE gay">{{citar web |url=http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/06/manifestantes-contrarios-ao-projeto-da-cura-gay-estao-em-protesto-em-pe.html |título=Manifestantes contrários ao projeto da cura gay estão em protesto em PE |data=21 de junho de 2013 |acessodata=26 de junho de 2013 |publicado=[[G1]]}}</ref> O projeto foi alvo de críticas das [[Jornadas de Junho|Jornadas de junho de 2013 no brasil]].<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/06/1302032-apos-protestos-contra-cura-gay-psdb-divulga-nota-para-se-descolar-do-projeto.shtml |título=Após protestos contra 'cura gay', PSDB divulga nota para se descolar do projeto |data=26 de junho de 2013 |acessodata=27 de junho de 2013 |publicado=Folha}}</ref> Antes de se tornar lei, ainda teria de ser analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família e de Constituição e Justiça, antes de chegar ao plenário da Câmara.<ref name="G1 PE gay" />

O projeto foi tirado de tramitação no dia 2 de julho de 2013 pelo então presidente da Câmara, Henrique Alves.<ref name="EBC Pingue-pongue">{{citar web |url=http://www.ebc.com.br/noticias/politica/2013/07/camara-rejeita-tramitacao-de-novo-projeto-da-cura-gay-e-devolve-proposta |título=Câmara rejeita tramitação de novo projeto da “cura gay” e devolve proposta ao autor |data=4 de julho de 2013 |acessodata=7 de julho de 2013 |publicado=[[EBC]]}}</ref>

== Posição da comunidade científica ==
As terapias de mudança de orientação sexual são bastante discutidas, pois não há provas científicas que a [[orientação sexual]] de uma pessoa possa ser alterada através de terapias,<ref>{{citar web|url=http://portugalgay.pt/news/050809A/EUA%3A_Associa%E7%E3o_de_Psic%F3logos_repudia_tentativas_de_mudar_orienta%E7%E3o_sexual|autor=|título=EUA: Associação de Psicólogos repudia tentativas de mudar orientação sexual |acessodata=31 de maio de 2011}}</ref> sendo a [[sexualidade humana]] definida, provavelmente, por fatores biológicos.<ref name="rcp2007"/> Existem alguns grupos, a maioria de fundamentação cristã conservadora,<ref name="Yoshino"/> que afirmam que a orientação sexual de uma pessoa é influenciada pelo tipo de [[educação]] comportamental que foi realizada na [[infância]] e poderia ser alterada mais tarde. Estudos da [[psicologia]], no entanto, afirmam que a orientação sexual não é algo controlável.

{{quotation|Apesar de quase um século de especulação psicanalítica e psicológica, não há nenhuma evidência substantiva para apoiar a sugestão de que a natureza da criação dos filhos ou que as primeiras experiências da infância desempenham qualquer papel na formação da orientação fundamental de uma pessoa heterossexual ou homossexual. Parece que a orientação sexual é de natureza biológica, determinada por uma complexa interação de fatores genéticos e do ambiente uterino precoce. A orientação sexual não é, portanto, uma escolha.|[[Royal College of Psychiatrists]] (2007)<ref name="rcp2007"/>}}

{{quotation|Atualmente, não há consenso científico sobre os fatores específicos que levam um indivíduo a tornar-se heterossexual, homossexual ou bissexual, incluindo possíveis efeitos biológicos, psicológicos ou sociais da orientação sexual dos pais. No entanto, as evidências disponíveis indicam que a grande maioria das lésbicas e adultos homossexuais foram criados por pais heterossexuais e que a grande maioria das crianças criadas por pais gays e lésbicas crescem como heterossexuais.|[[Associação Americana de Psiquiatria]] (AAP), a [[Associação Americana de Psicologia]] e a [[Associação Nacional dos Trabalhadores Sociais]] (2006)<ref name=amici>[http://www.courtinfo.ca.gov/courts/supreme/highprofile/documents/Amer_Psychological_Assn_Amicus_Curiae_Brief.pdf Case No. S147999 in the Supreme Court of the State of California, In re Marriage Cases Judicial Council Coordination Proceeding No. 4365(...)]</ref>}}

Atualmente, há um grande número de evidências que afirmam que ser homossexual ou [[bissexual]] é compatível com uma saúde mental e um ajustamento social completamente normais e saudáveis.<ref name="rcp2007" /> Por isso, as principais organizações de saúde mental profissionais não incentivam as pessoas a tentar mudar a sua orientação sexual de homossexual para [[heterossexual]]. De fato, essas intervenções são eticamente suspeitas, porque elas podem ser prejudiciais para o bem-estar psicológico daqueles que passam por elas; observações clínicas e relatos pessoais indicam que muitas pessoas que tentam mudar a sua orientação sexual experimentam um considerável sofrimento psicológico. Por estas razões, nenhuma organização profissional de saúde mental apóia esforços para mudar a orientação sexual e praticamente todas elas adotaram declarações de política da profissão e alertas ao público sobre os tratamentos que se propõem a mudar a orientação sexual.<ref name="Herek">{{Citar web |url=http://www.glad.org/uploads/docs/cases/gill-v-office-of-personnel-management/2009-11-17-doma-aff-herek.pdf |titulo=Expert affidavit of Gregory M. Herek, Ph.D. |acessodata=2012-01-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111116003328/http://www.glad.org/uploads/docs/cases/gill-v-office-of-personnel-management/2009-11-17-doma-aff-herek.pdf |arquivodata=2011-11-16 |urlmorta=yes }}</ref><ref name=royal2009>Royal College of Psychiatrists: [http://www.rcpsych.ac.uk/press/pressreleasearchives/2009/statement.aspx Statement from the Royal College of Psychiatrists’ Gay and Lesbian Mental Health Special Interest Group]</ref><ref name="aps">Australian Psychological Society: [http://www.psychology.org.au/publications/tip_sheets/orientation/ Sexual orientation and homosexuality]</ref> O ''Royal College of Psychiatrists'' expressou, ao lado da Associação Americana de Psiquiatria e da Associação Americana de Psicologia, que as posições defendidas por organizações como a ''[[National Association for Research & Therapy of Homosexuality]]'' (NARTH), dos [[Estados Unidos]], não são apoiadas pela ciência e criam um ambiente no qual o [[preconceito]] e a [[discriminação]] podem florescer.<ref name="royal2009"/><ref name="apaexgay">[http://www.apa.org/pi/lgbt/resources/policy/ex-gay.pdf Statement of the American Psychological Association]</ref>

A Associação Americana de Psiquiatria condena este tipo de terapia e afirma que "profissionais éticos evitam tentativas de mudar a orientação sexual dos indivíduos."<ref>Jason Cianciotto and Sean Cahill (2006). [http://www.thetaskforce.org/downloads/reports/reports/YouthInTheCrosshairs.pdf Youth in the crosshairs: the third wave of ex-gay activism] {{Wayback|url=http://www.thetaskforce.org/downloads/reports/reports/YouthInTheCrosshairs.pdf |date=20171017093713 }}. New York: National Gay and Lesbian Task Force Policy Institute.</ref> O psicólogo Douglas Haldeman escreveu que esse tipo de procedimento se dá por meio de técnicas que incluem [[Terapia de aversão|tratamentos aversivos]], como "a aplicação de choques elétricos nas mãos e/ou genitais" e "medicamentos indutores de náuseas ... administrados simultaneamente com a apresentação de estímulos homoeróticos," recondicionamento masturbatório, visualização, treinamento de habilidades sociais, [[Psicanálise|terapia psicanalítica]] e intervenções espirituais, tais como "oração e grupo de apoio e pressão".<ref name="haldeman">{{Harvnb|Haldeman|2002|pp=260–264}}</ref> A Associação Americana de Psicologia "incentiva os profissionais de saúde mental para evitar desvirtuar a eficácia dos esforços de mudança de orientação sexual promovendo ou prometendo mudar a orientação sexual ao prestarem assistência aos indivíduos angustiados por conta própria ou por outras pessoas quanto a sua orientação sexual e conclui que os benefícios relatados pelos participantes nos esforços de mudança de orientação sexual podem ser obtidos através de abordagens que não tentam mudar a orientação sexual".<ref name=autogenerated2>American Psychological Association: [http://www.apa.org/pi/lgbc/publications/resolution-resp.html Resolution on Appropriate Affirmative Responses to Sexual Orientation Distress and Change Efforts]</ref>

No [[Brasil]], o Conselho Federal de Psicologia (CFP) proibiu esse tipo de terapia em 22 de março de 1999, declarando em sua Resolução N° 001/99 que:

{{quotation| Art. 2º - Os psicólogos deverão contribuir, com seu conhecimento, para uma reflexão sobre o preconceito e o desaparecimento de discriminações e estigmatizações contra aqueles que apresentam comportamentos ou práticas homoeróticas;

Art. 3º - os psicólogos não exercerão qualquer ação que favoreça a patologização de comportamentos ou práticas homoeróticas, nem adotarão ação coercitiva tendente a orientar homossexuais para tratamentos não solicitados;

Parágrafo único - Os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que  proponham  tratamento e cura das homossexualidades;|<ref name="CFP">{{citar web |url=http://pol.org.br/legislacao/pdf/resolucao1999_1.pdf |título=RESOLUÇÃO CFP N° 001/99 |autor=[[Conselho Federal de Psicologia]] |data=22 de março de 1999 |acessodata=16 de janeiro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120523081444/http://pol.org.br/legislacao/pdf/resolucao1999_1.pdf |arquivodata=2012-05-23 |urlmorta=yes }}</ref>}}

=== Opiniões contrárias ===
Em 2001, [[Robert Spitzer]] apresentou um trabalho controverso na reunião anual de 2001 da Associação Americana de Psiquiatria (AAP), em que argumentava ser possível que alguns indivíduos altamente motivados conseguissem mudar a sua orientação sexual de homossexual para heterossexual. Um artigo de 2001 do ''[[Washington Post]]'' indicou que Spitzer tinha 45 minutos de entrevistas telefônicas com 200 pessoas que afirmavam que as suas respectivas orientações sexuais mudaram de homossexual para heterossexual. Spitzer afirmou que a sua pesquisa "mostrou que algumas pessoas podem mudar de homossexual para heterossexual e nós devemos reconhecer isso."<ref>{{citar web |url=http://www.washingtonpost.com/wp-srv/aponline/20010509/aponline013921_000.htm |título=Study: Some Gays Can Go Straight |editor=[[Washington Post]] |data=9 de maio de 2001 |acessodata=19 de janeiro de 2012}}</ref> Considerando o quão difícil foi encontrar os 100 participantes, e que esses eram considerados os melhores casos de terapia de conversão, Spitzer concluiu que embora a mudança pudesse ocorrer, ela é provavelmente muito rara.<ref>[http://www.truthwinsout.org/in-dr-robert-spitzers-own-words/ In Dr. Robert Spitzer’s Own Words]. Acessado em 19 de janeiro de 2012.</ref>

A AAP emitiu um comunicado oficial desmentindo a pesquisa de Spitzer, salientando que o trabalho não havia sido revisado e afirmando que "não há nenhuma evidência científica publicada em apoio a eficácia da terapia reparativa como um tratamento para mudar de orientação sexual."<ref>{{citar web |url=http://books.google.com.br/books?id=jKPWSsjC1swC&pg=PA74&lpg=PA74&dq=%22%5Bt%5Dhere+is+no+published+scientific+evidence+supporting+the+efficacy+of+reparative+therapy+as+a+treatment+to+change+one's+sexual+orientation.%22&source=bl&ots=UgeTVNk0_e&sig=Fe7WL6cTel1V-SCMRNnFTFcer6o&hl=pt-BR&sa=X&ei=BbUXT9iLPOrq0gHB2tWNAw&ved=0CDYQ6AEwAg#v=onepage&q=%22%5Bt%5Dhere%20is%20no%20published%20scientific%20evidence%20supporting%20the%20efficacy%20of%20reparative%20therapy%20as%20a%20treatment%20to%20change%20one's%20sexual%20orientation.%22&f=false |título=Ex-gays?: a longitudinal study of religiously mediated change in sexual |autor=Stanton L. Jones, Mark A. Yarhouse |acessodata=19 de janeiro de 2012}}</ref> A pesquisa de Spitzer foi criticada por seus métodos de amostragem e os critérios usados para definir o sucesso da terapia.<ref name=":0" /><ref>{{Citar web|url=http://www.religioustolerance.org/hom_spit.htm|titulo=Analysis of Dr. Spitzer's study of reparative therapy|acessodata=2017-09-21|obra=www.religioustolerance.org}}</ref>

Em 2012, no entanto, Spitzer se retratou publicamente pela conclusão de sua pesquisa e afirmou: "Eu acredito que devo desculpas à comunidade gay por meu estudo trazer alegações não comprovadas da eficácia da terapia reparadora."<ref name=":0" /><ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/saude/psiquiatra-que-dizia-ter-cura-para-homossexualidade-se-desculpa-4970503 |título=Psiquiatra que dizia ter a ‘cura’ para homossexualidade se desculpa |editor=[[O Globo]] |data=22 de maio de 2012 |acessodata=19 de junho de 2013}}</ref>

== Ver também ==
* [[Orientação sexual egodistônica]]
* [[Transtorno do relacionamento sexual]]
* [[Homossexualidade e religião]]
* [[Ex-gay]]
* [[Ex-ex-gay]]
* [[Legislação sobre a homossexualidade no mundo]]
* [[Caso Rozângela Justino]]
* [[Heterossexualidade obrigatória]]
* [[Comportamento sexual humano]]
* [[Abstinência sexual]]
* [[Homossexualidade e religião]]

{{Referências|col=2}}

{{LGBT}}
{{Identidade sexual}}
{{Pseudociência}}
{{Portal3|Psicologia|LGBT|Cristianismo}}

[[Categoria:Terapias alternativas|Reorientação sexual]]
[[Categoria:Homossexualidade e religião]]
[[Categoria:Pseudociência]]
[[Categoria:Fraudes médicas]]
[[Categoria:!Mais Diversidade em Teoria da História na Wiki]]