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Madeleine de Scudéry: diferenças entre revisões

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'''Madeleine de Scudéry''', também conhecida como '''Mademoiselle de Scudéry''' ([[15 de novembro]] de [[1607]] - [[2 de junho]] de [[1701]]), foi uma [[literatura|escritora]] [[França|francesa]]. Era conhecida pelo pseudónimo de [[Safo]]. Era a irmã mais nova do escritor [[Georges de Scudéry]].
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== Biografia ==
Nasceu em [[Le Havre]], [[Normandia]]. Estabeleceu-se em Paris junto com o seu irmão. Durante a última metade do [[século XVII]], sob pseudónimo ou com o próprio nome, ficou conhecida como a primeira mulher literata de França e do mundo. Teve uma grande amizade com [[Paul Pellisson]].
Nascida no ano de 1607, em [[Le Havre]], [[Normandia]], no seio de uma família [[Aristocracia|aristocrática]] de pouco reconhecimento. Se tornou órfã aos 6 anos de idade, ficando a partir daí sob os cuidados de um tio que era [[Clero|clérigo]] e que lhe proporcionou uma vasta educação. Estudou [[escrita]], [[desenho]], [[pintura]], [[música]] e [[dança]], além dos idiomas [[língua espanhola|espanhol]] e [[língua italiana|italiano]]. Recebeu educação prática em [[medicina]], [[agricultura]] e [[economia doméstica]].<ref name=":0" />


Estabeleceu-se em 1637 em Paris, no bairro de [[Le Marais|Marais]], junto ao seu irmão mais velho, o escritor [[Georges de Scudéry]], passando a frequentar o [[Hôtel de Rambouillet]], no qual debatia o estilo literário do [[preciosismo]]. Nesse período lançou sua carreira literária na qual escreveu volumosas novelas galantes. Sob o pseudônimo de Georges, o nome de seu irmão, publicou os romances históricos ''Ibrahim or the Ilustrious Basa'' em 1641 e ''Illustrious Women or Heroic Harangues'' em 1642. Adquiriu fama com o romance ''Artamène or the Great Cyrus'', dividido em dez volumes publicados entre os anos de 1648 e 1653. Escreveu também ''Clélie, histoire romaine'', publicado entre os anos de 1654 1660.<ref name=":0" />
Com personagens clássicas ou orientais como heróis e heroínas, as acções e forma de falar eram tomadas das ideias de moda do momento, e as personagens podiam ser identificadas com os seus contemporâneos.


Conduziu um [[salão literário]] por conta própria conhecido como "sábados de Mme. de Scudéry", nos quais personagens proeminentes da sociedade francesa, tais quais, [[Madame de La Fayette|Madame de Lafayette]], [[Madame de Maintenon|de Maintenon]], [[Madame de Sévigné|Sevigné]], bem como, [[Antoine Gombaud]] e [[Paul Pellisson]] reuniam-se para discutir questões eruditas e galantes. Os debates envolviam questões do amor, bem como, os escritos de [[Michel de Montaigne|Montaigne]], [[Pierre Charron]], e [[Marguerite de Navarre]] sobre a natureza da amizade.<ref name=":0" />
== Vida e obra ==
''[[Safo]]'' foi o seu pseudónimo, segundo a moda do tempo da autora. Era presença habitual no palacete de [[Rambouillet]], antes de abrir o seu próprio [[salão literário]], que foi durante muito tempo o que marcava o tom do [[preciosismo]], do qual foi uma das mais célebres representantes. A maioria das celebridades da época, os [[Montausier]], [[François de La Rochefoucauld]], [[Madame La Fayette]], [[Madame de Sévigné|Sevigné]], [[Conrart]], [[Chapelain]], [[Pomponne]] e Pellison vinham regularmente aos "sábados de Mme. de Scudéry" nos quais se conversava erudita e galantemente.


Teóricos apontam que ao se apropriar do estilo de escrita de [[conversação]], ou seja, texto escrito em forma de diálogos, em sua obra ''Conversations sur Divers Sujets, Madeleine de Scudéry'' elaborou uma retórica própria de caráter protofeminista.<ref>{{Citar periódico |url=https://online.ucpress.edu/rhetorica/article-abstract/37/4/402/106925/Shaping-the-Conversation-Madeleine-de-Scudery-s?redirectedFrom=fulltext |titulo=Shaping the Conversation: Madeleine de Scudéry's Use of Genre in Her Rhetorical Dialogues |data=2019-11-01 |acessodata=2021-06-02 |jornal=Rhetorica |número=4 |ultimo=Griffin |primeiro=Danielle |paginas=402–421 |lingua=en |doi=10.1525/rh.2019.37.4.402 |issn=0734-8584}}</ref>
Escreveu volumosas novelas galantes, desprovidas de toda e qualquer semelhança histórica, mas nas quais se pode reconhecer, facilmente, os retratos de personagens como [[Luís II de Borbón-Condé|Condé]], [[Anne-Geneviève de Borbón-Condé|Mme. de Longueville]], etc. trasladando para a [[Antiguidade]] a vida da sociedade mundana da sua época: ''Ibrahim ou l’Illustre Bassa'' (4 vol., [[1642]]); ''Arteméne ou le Grand Cyrus'' ([[1649]]-[[1653]]), a novela mais longa da literatura francesa (10 vol.); ''Clélie, histoire romaine'' (10 vol., [[1654]]-[[1660]]); ''Almahide ou l’esclave reine'' (8 vol., 1660); ''Matilde d’Aguilar, histoire espagnole'' ([[1667]]).


Outro pseudônimo de Madeleine de Scudéry era denominado ''[[Safo]]''.<ref>{{Citar web |url=https://www.britannica.com/biography/Madeleine-de-Scudery |titulo=Madeleine de Scudéry {{!}} French novelist |acessodata=2021-06-02 |website=Encyclopædia Britannica |lingua=en}}</ref>
Sem entrar em análise profunda sobre a vida interior dos personagens cujos retratos adquiriam, muitas vezes, um notável relevo, as suas obras deram vida a novas emoções: a melancolia, o tédio, a inquietude, o desassossego e outras fantasias que prefiguravam [[Jean-Jacques Rousseau|Rousseau]]. Publicadas na ''Morale du monde ou Conversaciones'' (10 vol.), ([[1680]]-[[1682]]), as conversas cheias de sentido e engenho das suas personagens converteram-se numa espécie de manual da sociedade elegante. Estas novelas puseram na moda as novelas preciosistas, dando uma visão idealizada do amor e uma pintura poética da sociedade mundana. Em ''Clélie, histoire romaine'' encontra-se a famosa [[Carte de Tendre]] na geografia galante relegando, por vezes, o amaneiramento que havia desviado a corrente preciosista do seu modernismo original.


== Legado ==
Em ''Clélie'', ''Herminius'' representa Paul Pellisson; ''Scaurus and Lyriane'' são Paul Scarron e sua mulher (depois Françoise d'Aubigné, marquesa de Maintenon); e a descrição de ''Sapho'' no vol. X de ''Le Grand Cyrus'' a autora descreve-se a si mesma.
Madeleine de Scudéry fez parte de um movimento no final do [[Renascimento]] na [[Inglaterra]] e na [[França]], onde as mulheres usavam a teoria retórica clássica para si. Ela revisou o discurso para ser modelado na conversa em vez de falar em público, favorecendo que, como um meio de retórica, o orador no salão construiu sobre as ideias do orador antes delas, optando pelo consenso em vez do argumento. Ela é uma das figuras centrais associadas à conversa de "salão" e à escrita de cartas.<ref>{{Citar periódico |url=https://muse.jhu.edu/pub/1/article/881361 |título=Conversation and the Boundaries of Public Discourse in Rhetorical Theory by Renaissance Women |data=1998 |acessodata=2024-06-02 |periódico=Rhetorica |número=2 |ultimo=Donawerth |primeiro=Jane |paginas=181–199 |doi=10.1525/rh.1998.16.2.181 |issn=1533-8541}}</ref>{{referência}}


== Ligações externas ==
Madeleine de Scudéry foi a primeira mulher que obteve o prémio de eloquência da [[Academia Francesa]].
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Sobreviveu a seu irmão mais de trinta anos. Durante o último tempo de vida publicou várias das suas conversas. A sua ''Vida e correspondência'' foi publicada em Paris por MM. Rathery e Boutron em 1873.
* [[iarchive:IbbrawheemTheIllustriousBassa|The Grand Cyrus, Clelia, and Ibraheem the Illustrious Bassa]]
* [http://www.projectcontinua.org/madeleine-de-scudery/ Project Continua: Biography of Madeleine de Scudéry]
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Edição atual tal como às 08h57min de 4 de junho de 2024

Madeleine de Scudéry
Madeleine de Scudéry
Nascimento 15 de novembro de 1607
Le Havre
Morte 2 de junho de 1701 (93 anos)
Nacionalidade francesa
Ocupação Literatura

Madeleine de Scudéry, também conhecida como Mademoiselle de Scudéry (Le Havre, 15 de novembro de 16072 de junho de 1701), foi uma escritora francesa de estilo literário conhecido como preciosismo. Era conhecida pelo pseudónimo de George, conduziu um importante salão literário de meados do século XVII na França e nunca se casou. Foi a primeira mulher a obter o prémio da Academia Francesa.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Nascida no ano de 1607, em Le Havre, Normandia, no seio de uma família aristocrática de pouco reconhecimento. Se tornou órfã aos 6 anos de idade, ficando a partir daí sob os cuidados de um tio que era clérigo e que lhe proporcionou uma vasta educação. Estudou escrita, desenho, pintura, música e dança, além dos idiomas espanhol e italiano. Recebeu educação prática em medicina, agricultura e economia doméstica.[1]

Estabeleceu-se em 1637 em Paris, no bairro de Marais, junto ao seu irmão mais velho, o escritor Georges de Scudéry, passando a frequentar o Hôtel de Rambouillet, no qual debatia o estilo literário do preciosismo. Nesse período lançou sua carreira literária na qual escreveu volumosas novelas galantes. Sob o pseudônimo de Georges, o nome de seu irmão, publicou os romances históricos Ibrahim or the Ilustrious Basa em 1641 e Illustrious Women or Heroic Harangues em 1642. Adquiriu fama com o romance Artamène or the Great Cyrus, dividido em dez volumes publicados entre os anos de 1648 e 1653. Escreveu também Clélie, histoire romaine, publicado entre os anos de 1654 1660.[1]

Conduziu um salão literário por conta própria conhecido como "sábados de Mme. de Scudéry", nos quais personagens proeminentes da sociedade francesa, tais quais, Madame de Lafayette, de Maintenon, Sevigné, bem como, Antoine Gombaud e Paul Pellisson reuniam-se para discutir questões eruditas e galantes. Os debates envolviam questões do amor, bem como, os escritos de Montaigne, Pierre Charron, e Marguerite de Navarre sobre a natureza da amizade.[1]

Teóricos apontam que ao se apropriar do estilo de escrita de conversação, ou seja, texto escrito em forma de diálogos, em sua obra Conversations sur Divers Sujets, Madeleine de Scudéry elaborou uma retórica própria de caráter protofeminista.[2]

Outro pseudônimo de Madeleine de Scudéry era denominado Safo.[3]

Legado[editar | editar código-fonte]

Madeleine de Scudéry fez parte de um movimento no final do Renascimento na Inglaterra e na França, onde as mulheres usavam a teoria retórica clássica para si. Ela revisou o discurso para ser modelado na conversa em vez de falar em público, favorecendo que, como um meio de retórica, o orador no salão construiu sobre as ideias do orador antes delas, optando pelo consenso em vez do argumento. Ela é uma das figuras centrais associadas à conversa de "salão" e à escrita de cartas.[4]

Referências

  1. a b c d Conley, John (2019). Zalta, Edward N., ed. «Madeleine de Scudéry». Metaphysics Research Lab, Stanford University. Consultado em 2 de junho de 2021 
  2. Griffin, Danielle (1 de novembro de 2019). «Shaping the Conversation: Madeleine de Scudéry's Use of Genre in Her Rhetorical Dialogues». Rhetorica (em inglês) (4): 402–421. ISSN 0734-8584. doi:10.1525/rh.2019.37.4.402. Consultado em 2 de junho de 2021 
  3. «Madeleine de Scudéry | French novelist». Encyclopædia Britannica (em inglês). Consultado em 2 de junho de 2021 
  4. Donawerth, Jane (1998). «Conversation and the Boundaries of Public Discourse in Rhetorical Theory by Renaissance Women». Rhetorica (2): 181–199. ISSN 1533-8541. doi:10.1525/rh.1998.16.2.181. Consultado em 2 de junho de 2024 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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