Simaroubaceae: diferenças entre revisões
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inteira ou serreada. A venação é peninérvea. Apresentam<span class="apple-converted-space"> </span>[https://pt.m.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula células]<span class="apple-converted-space"> </span>secretoras esparsas |
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frequentemente nas folhas e casca. Geralmente com tricomas simples na |
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estigmas longos e divergentes, Principais |
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em estudos de diversidade genética. Ainda, algumas espécies são usadas no ramo ornamental: |
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==Referências== |
==Referências== |
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CRONQUIST, ARTHUR. Studies in the |
CRONQUIST, ARTHUR. Studies in the |
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Simaroubaceae-II. The Genus Simarouba. ''Bulletin of the Torrey Botanical Club.''Vol. 71, No. 3, pp. 226-234. Mai 1944. |
Simaroubaceae-II. The Genus Simarouba. ''Bulletin of the Torrey Botanical Club.''Vol. 71, No. 3, pp. 226-234. Mai 1944. |
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GUARIM NETO, G.; MORAIS, R. G. Medicinal plants resources in the Cerrado of Mato Grosso state Brazil: a review. Acta Bot. Bras., v. 17, n. 4, p. 561-584, 2003. |
GUARIM NETO, G.; MORAIS, R. G. Medicinal plants resources in the Cerrado of Mato Grosso state Brazil: a review. Acta Bot. Bras., v. 17, n. 4, p. 561-584, 2003. |
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Antioxidant and Antiproliferative Activities of Flavonoids from Ailanthus |
Antioxidant and Antiproliferative Activities of Flavonoids from Ailanthus |
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excelsa (Roxb.) (Simaroubaceae) Leaves. Z. Naturforsch. 65 c, 180 – 186. |
excelsa (Roxb.) (Simaroubaceae) Leaves. Z. Naturforsch. 65 c, 180 – 186. |
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2010. |
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SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática. Guia ilustrado para identificação de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2005. |
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática. Guia ilustrado para identificação de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2005. |
Revisão das 12h09min de 30 de novembro de 2015
Simaroubaceae | |||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||
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Géneros | |||||||||||
Ver texto |
Simaroubaceae é uma família de plantas angiospérmicas (plantas com flor – divisão Magnoliophyta), pertencente à ordem Sapindales. As sapindales, por sua vez, são um grupo monofilético, com sinapomorfias como folhas pinado-compostas e flores apresentando disco nectarífero evidente, geralmente pequenas; são plantas lenhosas com folhas alternas espiraladas, desprovidas de estípula. O táxon consiste em 9 famílias e cerca de 5.800 espécies, dentre elas a Simaroubaceae é uma das principais. Essa ordem está incluída nas Malvídeas (Eurosídeas II), segundo o atual sistema de classificação APG II (o mais atual para angiospermas).
São plantas ditas eudicotiledônias, desenvolvendo portanto embriões com dois ou mais cotilédones e possuindo geralmente grão de pólen tricolporado.
Habitat
No Brasil, ocorrem 6 gêneros e 20 espécies distribuídas pantropicalmente, encontrada em regiões tropicais ou sub-tropicais. Sua distribuição global se dá nas regiões tropicais das América, se estendendo até África, Madagascar e regiões da Austrália banhadas pelo Oceano Pacífico, ocorrendo poucos gêneros em regiões temperadas.
Relações Ecológicas
De acordo com a literatura, suas flores são polinizadas por diversos insetos, principalmente abelhas e outros animais como aves (geralmente quando drupa); contudo, alguns gêneros são polinizados pelo vento (quando fruto é tipo sâmara), como em Leitneria.
Fórmula floral
Flor estaminada: *, K (4-5), C5, A5+5, G (5)•
Flor carpelada: *, K (4-5), C5, A5+5•, G (5); agregado de sâmaras ou drupas
Informações botânicas
São arbustos ou árvores, ocasionalmente armados como no caso da Castela; apresentam compostos triterpenóides amargos do tipo quassinóide.
Flor
IInflorescência geralmente cismosa, determinada, terminal o axilar; flores pouco vistosas, unissexuadas (plantas monoicas ou raramente dióicas) ou raramente bissexuadas, com estaminódios e pistilódios bem desenvolvidos frequentemente; actinomorfas, diclamídeas ou raramente monoclamídeas; cálice 4-5 mero, geralmente livres a ligeiramente conatas, prefloração valvar ou imbricada; corola 3-5(-8-)-mera, geralmente dialipétala, também imbricadas ou valvares; estames em número duplo ao das sépalas, raramente em número igual ou numeroso, livres entre si, com frequência basalmente apendiculados, anteras rimosas; grão de pólen tricolporado. disco nectarífero geralmente presente (intraestaminal); gineceu dialicarpelar ou gamocarpelar, 1-5(-8-)-carpelar, unidos apenas pelos estiletes; estigma capitado a fortemente lobado; ovário súpero, 1-5(-8-)-loculos, placentação geralmente axial, lóculos unidos ou raramente biovulados (separando-se em carpelos individuais à medida que os frutos se desenvolvem). Flores ausentes em ''Leitneria''.
Fruto
Apresenta fruto agregado de sâmaras ou de drupas carnosas à secas; o endosperma pode estar ausente.
Folhas
Filotaxia é alterna (geralmente espiralada) ou raramente opostas, podendo apresentar folhas compostas pinadas e ocasionalmente folhas simples, ausência de estípulas, com folículos inteira ou serreada. A venação é peninérvea. Apresentam células secretoras esparsas frequentemente nas folhas e casca. Geralmente com tricomas simples na superfície.
Gêneros
Compreende 20 gêneros , incluindo os nativos brasileiros (6 gêneros) tais como Castela, Picrasma, Picrolemma, Quassia,Simaba e Simarouba. O gênero Simarouba foi fundado em 1775 por Aublet, e esse se difere dos taxa Quassia L. e Simaba Aubl. principalmente por possuir flores unissexuais com estigmas longos e divergentes, Principais gêneros da família Simaroubaceae:
Alvaradoa
Ailanthus com 15 spp;
Brucea
Castela com 12 spp.
Eurycoma
Holacantha
Leitneria
Picramnia
Picrasma
Quassia
Simarouba
Simaba com, aproximadamente, 30 spp;
Principais espécies
Todas as espécies de Simaba são utilizadas para medicina popular como antifebrífugo, antidiarreico, anti-reumático e contra hidropisia, além de possuirem compostos de caráter terapêutico e antimalária (Eurycoma longifolia). Espécies do gênero Simaba:
Simaba multiflora
Simaba orinocensis
Simaba guianensis
Simaba cuspidata Spruce
Simaba cedron Planchon
Simaba polyphylla Caval.
Simaba subcymosa
Simaba ferruginea
Importância
Uso medicinal de algumas espécies que possuem compostos amargos como no caso de alguma das espécies dos gêneros Quassia e Picrasma; e no uso da madeira do marupá (Simarouba amara). Provavelmente tais substâncias amargas conferem propriedades medicinais à estas plantas. A presença das substâncias denominadas quassinóides é exclusiva dessa familia. Pesquisas recentes demonstram que o potencial anti-malária do quissanóide (orinocinolide) é presente na Simaba orinocensis, uma vez que possuem compostos de caráter terapêutico ([https://pt.m.wikipedia.org/w/index.php?title=Eurycoma_longifolia&action=edit&redlink=1 Eurycoma longifolia]). Todas as espécies de Simaba são utilizadas para medicina popular como antifebrífugo, antidiarreico, anti-reumático e contrahidropisia. Também existem estudos que incentivam a pesquisa aprofundada dos compostos químicos de certas espécies, uma vez que extratos de A. excelsa demonstraram um significante poder de atuação antioxidante e atiproliferativo, que pode ser aplicado para inibir processos de carcinogênese, como iniciação, promoção e progressão de um tumor. Na biotecnologia, espécies dessa família também apresentam utilidade como marcadores de microssatélite (totalizando 18 marcadores), obtidos a partir da espécie Eurycoma longifolia, para a criação de perfis de DNA em estudos de diversidade genética. Ainda, algumas espécies são usadas no ramo ornamental: a árvore-do-paraíso do gênero Ailanthuse o marupá (Simarouba).
Referências
CRONQUIST, ARTHUR. Studies in the Simaroubaceae-II. The Genus Simarouba. Bulletin of the Torrey Botanical Club.Vol. 71, No. 3, pp. 226-234. Mai 1944.
GUARIM NETO, G.; MORAIS, R. G. Medicinal plants resources in the Cerrado of Mato Grosso state Brazil: a review. Acta Bot. Bras., v. 17, n. 4, p. 561-584, 2003.
JUDD, W. S., CAMPBELL, C. S., KELLOGG, E. A., STEVENS, P. F., DONOGHUE, M. J. Sistemática Vegetal: Um Enfoque FilogenÈtico. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, p.435. 2009.
MARCELLO, C. M. Avaliação da Atividade Antiúlcera de Frações de Simaba ferruginea St. Hil. (Simaroubaceae). In: XVII Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, 2002, Cuiabá. XVII Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, 2002.
MUHAMMAD, I.; BEDIR, E.; KHAN, S. I.; TEKWANI, B. L.; KHAN, I. A.; TAKAMATSU, S.; PELLETIER, J.; WALKER, L. A.; J. NAT. A newantimalarial quassinoid from Simaba orinocensis. J. Nat. Prod., 62. pp. 772–777. 2004.
NOLDI, F. V. Estudo fitoquímico das folhas e rizomas de Simaba ferruginea St. Hil. e avaliação da atividade antiúlcera e antinociceptiva dos extratos e compostos isolados. Universidade do vale do Itajaí, Brasil Itajaí. 2005.
SAID, ATAA; TUNDIS, ROSA; HAWAS, USAMA W.; EL-KOUSY, SALAH M.; RASHED, KHALED; MENICHINI, FEDERICA; BONESI, MARCO; HUEFNER, ANTJE; LOIZZO, MONICA ROSA; MENICHINI, FRANCESCO. In vitro Antioxidant and Antiproliferative Activities of Flavonoids from Ailanthus excelsa (Roxb.) (Simaroubaceae) Leaves. Z. Naturforsch. 65 c, 180 – 186. 2010.
SOUZA, V. C.; LORENZI, H. Botânica Sistemática. Guia ilustrado para identificação de Angiospermas da flora brasileira, baseado em APG II. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2005.
THOMAS, W. W. Os gêneros americanos de Simaroubaceae e sua distribuição. Acta Bot. Bras. [online], vol.4, n.1, pp. 11-18. ISSN 0102-3306. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33061990000100002. 1990.
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