Atentado de Sousse
Atentado terrorista de Sousse | |
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Hotel RIU Imperial Marhaba, na Tunísia | |
Local | Porto de El-Kantaoui próximo de Sousse Tunísia |
Data | 26 de junho de 2015 |
Tipo de ataque | tiroteio |
Alvo(s) | Hotel RIU Imperial Marhaba |
Arma(s) | Kalachnikov |
Mortes | 39 |
Feridos | 36 |
Responsável(is) | Estado Islâmico |
Suspeito(s) | Seifeddine Rezgui |
O atentado de Sousse é um atentado terrorista que ocorreu no dia 26 de Junho de 2015 em Sousse, na Tunísia, causando a morte de 39 pessoas. Um homem conhecido como Seifeddine Rezgui[1][2] (23 anos) abriu fogo com uma Kalachnikov na praia de um hotel de luxo repleto de turistas estrangeiros; ele foi abatido.[3]
Ataque
[editar | editar código-fonte]Em 26 de junho de 2015, o Riu Imperial Marhaba Hotel, um complexo turístico de cinco estrelas, de propriedade espanhola, localizado em Port El Kantaoui, na costa do Mediterrâneo, a cerca de dez quilômetros ao norte de Sousse, Tunísia, estava hospedando 565 pessoas, principalmente da Europa Ocidental, ou 77% de sua capacidade.[4] Os turistas do hotel, bem como do Hotel Soviva, localizado nas proximidades, estavam na praia para nadar e tomar sol.[5]
Por volta do meio-dia, Seifeddine Rezgui Yacoubi, 23 anos, também conhecido como Abu Yahya al-Qayrawani,[6] nascido em Gaafour[7] e ex-estudante de aviação da Universidade de Cairuão,[8] estava disfarçado como um turista,[9] quando começou a socializar com os outros e, em seguida, pegou um rifle de assalto Kalashnikov que estava escondido em um guarda-sol e disparou contra os turistas na praia. Ele entrou no hotel, atirando em todas pessoas que via na sua frente.[4] O terrorista foi morto por forças de segurança durante uma troca de tiros.[4][10][11] Todas as balas encontrados foram disparadas da mesma arma; o indivíduo tinha quatro cartuchos de munição. Rezgui tinha falado com seu pai em um telefone celular que ele então jogou no mar pouco antes do ataque; o aparelho foi recuperado.[12]
Um porta-voz do Ministério do Interior disse que eles tinham certeza de que outras pessoas ajudaram o rapaz, mas sem participação direta, proporcionando a Kalashnikov e ajudando Rezgui no local do massacre.[12]
Vítimas
[editar | editar código-fonte]Nacionalidade | Mortes | Feridos | Total | Ref. |
---|---|---|---|---|
Reino Unido | 30 | 24 | 54 | [13] |
Irlanda | 3 | 0 | 3 | [13] |
Tunísia | 1 (terrorista) | 7 | 8 | |
Bélgica | 1 | 3 | 4 | |
Alemanha | 1 | 0 | 1 | |
Brasil/ Portugal | 1 | 0 | 1 | [14][15] |
Rússia | 0 | 1 | 1 | |
Ucrânia | 0 | 1 | 1 | [16] |
nacionalidades desconhecidas | 2 | 3 | 5 | |
Total | 39 | 39 | 78 |
A maior parte das vítimas do atentado de Sexta-feira num hotel na estância turística de Sousse, na Tunísia, reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, são britânicas, anunciou o primeiro-ministro tunisino, Habib Essid. No que diz respeito "às nacionalidades dos mortos (…), a maior parte é britânica. Depois há alemães, belgas e franceses", disse Essid em conferência de imprensa.[17]
O primeiro-ministro tunisino baixou para 38 o número de vítimas do atentado, precisando que os 39 mortos anteriormente reportados pelo Ministério da Saúde incluíam o atirador, abatido pelas forças de segurança.
Uma turista luso-brasileira de 76 anos morreu também no ataque perpetrado, informou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Cesário.[18] “A embaixada portuguesa em Tunes acabou de nos confirmar, infelizmente, que há uma cidadã nacional entre as pessoas que foram mortas ontem em Sousse.".[19] Mais tarde o Itamaraty confirmou[15] que esta mesma vítima também tinha nacionalidade brasileira. De nome Maria da Glória Moreira, tornou-se a primeira portuguesa/brasileira vítima de um ataque reivindicado pelo Estado Islâmico.
Reação
[editar | editar código-fonte]Doméstica
[editar | editar código-fonte]O presidente Beji Caid Essebsi pediu por uma estratégia global contra o terrorismo[20] e visitou Sousse ao lado do primeiro-ministro Habib Essid, que prometeu fechar 80 mesquitas radicalizadas dentro de uma semana.[21] O governo também planeja acabar com o financiamento de certas associações como uma contramedida contra outro possível ataque.[22] Essid anunciou novas medidas antiterrorismo, incluindo o envio de tropas de reserva para reforçar a segurança em locais considerados "sensíveis", como áreas frequentadas por turistas.[23]
Beji Caid Essebsi também classificou os ataques "covardes", prometendo "medidas dolorosas, mas necessárias" para lutar contra o extremismo no país. Ele pediu uma resposta firme: "Nenhum país está a salvo de terrorismo e precisamos de uma estratégia global de todos os países democráticos."[23]
Internacional
[editar | editar código-fonte]Condenações e condolências foram dadas por representantes de vários países, como Alemanha, Egito, Índia, Irã, Israel, Malásia, Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica, Rússia, Brasil, Portugal, entre outros.[24]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ CHAABANE Maher (29 de Junho de 2015). «Attentat de Sousse : Seifeddine Rezgui avait au moins un complice, selon le MI». Webdo.tn. Consultado em 29 de Junho de 2015
- ↑ AFP (29 de Junho de 2015). «A deriva do assassino de Sousse para o jihadismo». O Público. Consultado em 29 de Junho de 2015
- ↑ «Ataque a hotel na Tunísia mata 27 pessoas». O Público. 26 de junho de 2015. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ a b c Siddique, Haroon; Jalabi, Raya (26 de junho de 2015). «Terror attacks: deadly gun assault on Tunisia tourist beach – live updates». The Guardian. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ Elgot, Jessica (26 de junho de 2015). «Deadly attack on Tunisia tourist hotel in Sousse resort». The Guardian. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ «Seifeddine Regui alias Abu Yahya al-Qayrawani has been named by Islamic State as the gunman». Express.co.uk. 26 de junho de 2015. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ «L'attaque terroriste contre un hôtel à Sousse: Ce qu'il faut savoir sur son auteur» (em francês). Mosaique FM. 26 de junho de 2015. Consultado em 27 de junho de 2015
- ↑ «Tunisia massacre gunman identified». The Irish Times. 28 de junho de 2015. Consultado em 28 de junho de 2015
- ↑ Amara, Tarek (26 de junho de 2015). «Gun attack kills at least 28, including Europeans, at Tunisian beachside hotel». Reuters. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ «Deadly attack on Tunisia tourist hotel in resort of Sousse». The Guardian. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ «Tunisia attack on Sousse hotels 'kills 37'». BBC News. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ a b «Tunisia hotel shooting video: Dramatic footage appears to show gunman Seifeddine Rezgui running on Sousse beach». The Independent. Consultado em 29 de junho de 2015
- ↑ a b ELGOT Jessica; WALKER Peter; DAVIES Caroline e MCDONALD Henry (28 de Junho de 2015). «Tunisia beach attack: the victims». the Guardian
- ↑ «Uma portuguesa entre as vítimas do atentado na Tunísia - Portugal - DN». DN
- ↑ a b «Mulher com cidadania brasileira está entre vítimas de atentado na Tunísia». Consultado em 30 de junho de 2015
- ↑ Ukrainian woman injured in attack on Tunisia resort, life not in danger - Foreign Ministry
- ↑ Maioria das vítimas são turistas britânicos Portugal RTP
- ↑ WONG Bárbara Wong e RIBEIRO Félix (27 de Junho de 2015). «Portuguesa entre as vítimas do atentado na Tunísia». O Público. Consultado em 29 de Junho de 2015
- ↑ Portuguesa morta nos ataques em Sousse Portugal TVI24http
- ↑ Ensor, Josie; Henderson, Barney (26 de junho de 2015). «Tunisia attack: deadly shooting in front of tourist beach hotel in Sousse – latest». The Daily Telegraph. Consultado em 26 de junho de 2015
- ↑ yahoo.com: "Tunisia government says to close 80 mosques for inciting violence, after hotel attack", 26 de junho de 2015
- ↑ dw.com: "Tunisia to close 80 mosques following terror attack", 27 de junho de 2015
- ↑ a b ibtimes.com: "Tunisia Hotel Attack: Prime Minister Vows To Close 80 Mosques Spreading 'Venom' In The Country", 27 de junho de 2015
- ↑ «Tunisia attack: National minute's silence for UK victims». BBC News. Consultado em 29 de junho de 2015