Bartolomeu Colleoni
Bartolomeu Colleoni | |
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Busto provável de Bartolomeo Colleoni conservado na biblioteca Angelo Mai em Bérgamo | |
Nome completo | Bartolomeu Colleoni |
Nascimento | 1400 Solza |
Morte | 2 de novembro de 1475 (75 anos) Castelo de Malpaga |
Bartolomeu Colleoni (Solza, 1400 – Malpaga, 2 de novembro de 1475) foi um condottiero vêneto do século XV.
Nascimento
[editar | editar código-fonte]Bartolomeo Colleoni nasceu em Solza, uma cidadezinha da margem bergamasca do rio Adda. A data exata de seu nascimento não é certa, mas uma placa de bronze colocada em sua sepultura em 21 de novembro de 1969[1] indica, juntamente com a data de sua morte, a idade de 80 anos, de onde se pode inferir que Bartolomeo Colleoni tenha nascido no ano de 1395.[2] Contrariando essa informação, existe a biografia tida como oficial, uma vez que foi o próprio Colleoni que sugeriu que seu contemporâneo Antonio Cornazzano[3] a escrevesse.[4]
Cornazzano indicava como data de nascimento o ano de 1400[5] em contradição com a referida placa de bronze. Se poderia pensar que Colleoni quisesse parecer mais jovem, mas o ano de 1400 era considerado, erroneamente, como um ano de jubileu e, consequentemente, importante para a cristandade a ponto de permanecer impresso na consciência dos fiéis e, no mesmo ano, o movimento dos Bianchi assume uma grande reputação.
Não impressiona o fato de que Colleoni tenha escolhido como data de nascimento um ano conhecido por todos, quase com uma fé milenar, como o início de uma transformação renovatória.[6] O ano de 1400 era considerado um ano excepcional, repleto de valores simbólicos que se acrescentava à biografia heroica de um grande condottiero.
Não faltam, por outro lado, testemunhos contemporâneos que, indiretamente, mencionam seu nascimento antes de 1400.
A família
[editar | editar código-fonte]De origem lombarda,[7] filho de Paolo e Ricadonna Saiguini de' Valvassori de Medolago, pertencia à nobreza[8] da cidade, como mostra o seu brasão de armas, que é do tipo falante, isto é, que representa graficamente seu sobrenome. Tem-se notícias da sua família desde a segunda metade do século XI, com Gisalbertus Attonis, filho de Attone, pertencente àquela que seria a gens nova que começava a se impor sobre a sociedade feudal em declínio.
Eram juízes e notários, de indubitável fé gibelina por quase todo o século XIII, mas, posteriormente, suas inclinações políticas se tornaram incertas, pois apoiavam uma ou outra parte conforme as próprias conveniências do momento.[7]
Esse Gisalbertus, que pode ser considerado o progenitor da família Colleoni, vem chamado, pela primeira vez, com o nome da família Colione. Ele surge já bem inserido em uma Bérgamo, que como todas as comunidades da época, participava, entre os séculos XI e XII, do movimento sócio-político que viu prevalecer a cidade sobre o feudo, a prevalência da nova sociedade, a burguesia, sobre a sociedade feudal.
Referências
- ↑ Umberto Zanetti, ex AA. VV, Bartolomeo Colleoni..., p. 344, op. cit. in bibliografia.
- ↑ Giuliana Crevatin, Vita di Bartolomeo Colleoni, op. cit. in bibliografia.
- ↑ Antonio Cornazzano, op. cit. in bibliografia.
- ↑ Giuliana Crevatin, op. cit. p. XVII.
- ↑ A. Cornazzano, op. cit., p. 11.
- ↑ G. Crevatin, op. cit., p. 125.
- ↑ a b G. Crevatin, op. cit., p. 123.
- ↑ Michael Mallet, Signori e mercenari. La guerra nell'Italia del Rinascimento, p. 221, op. cit. in bibliografia.
- ↑ Estátua feita por Leonardo Siry e Sisto de Nuremberg, depois de 1493.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Fontes primárias
- Bortolo Belotti. La vita di Bartolomeo Colleoni. Bergamo, Istituto Italiano d'Arti Grafiche, 1951 - SBN LO10382637.
- Bernardino Corio. Storia di Milano. 1856.
- Antonio Cornazzano. Vita di Bartolomeo Colleoni, a cura di Giuliana Crevatin. Manziana, Vecchiarelli ed., 1990. ISBN 88-85316-16-6.
- Pietro Spino. Historia della vita et fatti dell'eccellentissimo capitano di guerra Bartholomeo Coglione. Venezia, 1569.
- Fontes secondárias e aprofundamentos
- AA. VV. Bartolomeo Colleoni. I luoghi del condottiero. Bergamo, Flash, 2000.
- Bortolo Belotti. Bergamo, la Cappella Colleoni. Bergamo, Conti, 1953.
- Bortolo Belotti. Storia di Bergamo e dei bergamaschi. Bergamo, Bolis, 1989.
- Peter Burke. Cultura e società nell'Italia del Rinascimento. Bologna. Il Mulino. ISBN 88-15-08110-0.
- Peter Burke. Il Rinascimento. Bologna, Il Mulino, 2001. ISBN 88-15-08397-9.
- Gabriele D'Annunzio. Poesie. Milano, Garzanti, 1994. ISBN 88-11-30247-1.
- G. Finazzi. Castello Castelli: I Guelfi e Ghibellini in Bergamo. Bergamo, 1870.
- Eugenio Garin. Medioevo e Rinascimento. Bari, Laterza, 2005. ISBN 88-420-7669-4.
- Eugenio Garin (a cura di). L'uomo del Rinascimento. Bari, Laterza, 2000. ISBN 88-420-4794-5.
- Mario Granata. Il generale della Serenissima: (Bartolomeo Colleoni). Torino, S.A.I.E, 1955. SBN CUB0322534.
- Johan Huizinga. L'autunno del Medioevo. Roma, Newton, 1997. ISBN 88-8183-898-2.
- Jorg Jarnut. Bergamo 568-1098. Archivio Bergamasco, 1980. SBN MIL0010412.
- Edward Michael Mallet. Signori e mercenari. La guerra nell'Italia del Rinascimento. Bologna, Il Mulino, 1983. ISBN 88-15-00294-4.
- Piero Operti. Bartolomeo Colleoni. Torino, S. E. I. 1964. SBN SBL0421295.
- Pietro Pesenti. La Cappella Colleoni nel gruppo monumentale di Bergamo Alta. Bergamo, Bolis, 1955. BNI 195510174.
- Adolfo Ragioneri, Antonio Martinelli. Bartolomeo Colleoni dall'Isola all'Europa. Bergamo, Consorzio intercomunale dell'Isola, 1990. SBN CFI02003337.
- Alberto Tenenti. L'età moderna. Bologna, il Mulino, 2005. ISBN 88-15-10866-1.