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Bartolomeu Colleoni

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bartolomeu Colleoni
Bartolomeu Colleoni
Busto provável de Bartolomeo Colleoni conservado na biblioteca Angelo Mai em Bérgamo
Nome completo Bartolomeu Colleoni
Nascimento 1400
Solza
Morte 2 de novembro de 1475 (75 anos)
Castelo de Malpaga

Bartolomeu Colleoni (Solza, 1400Malpaga, 2 de novembro de 1475) foi um condottiero vêneto do século XV.

Monumento equestre a Bartolomeo Colleoni, de Andrea del Verocchio, localizado em Campo Santi Giovanni e Paolo, Veneza.

Bartolomeo Colleoni nasceu em Solza, uma cidadezinha da margem bergamasca do rio Adda. A data exata de seu nascimento não é certa, mas uma placa de bronze colocada em sua sepultura em 21 de novembro de 1969[1] indica, juntamente com a data de sua morte, a idade de 80 anos, de onde se pode inferir que Bartolomeo Colleoni tenha nascido no ano de 1395.[2] Contrariando essa informação, existe a biografia tida como oficial, uma vez que foi o próprio Colleoni que sugeriu que seu contemporâneo Antonio Cornazzano[3] a escrevesse.[4]

Cornazzano indicava como data de nascimento o ano de 1400[5] em contradição com a referida placa de bronze. Se poderia pensar que Colleoni quisesse parecer mais jovem, mas o ano de 1400 era considerado, erroneamente, como um ano de jubileu e, consequentemente, importante para a cristandade a ponto de permanecer impresso na consciência dos fiéis e, no mesmo ano, o movimento dos Bianchi assume uma grande reputação.

Não impressiona o fato de que Colleoni tenha escolhido como data de nascimento um ano conhecido por todos, quase com uma fé milenar, como o início de uma transformação renovatória.[6] O ano de 1400 era considerado um ano excepcional, repleto de valores simbólicos que se acrescentava à biografia heroica de um grande condottiero.

Não faltam, por outro lado, testemunhos contemporâneos que, indiretamente, mencionam seu nascimento antes de 1400.

De origem lombarda,[7] filho de Paolo e Ricadonna Saiguini de' Valvassori de Medolago, pertencia à nobreza[8] da cidade, como mostra o seu brasão de armas, que é do tipo falante, isto é, que representa graficamente seu sobrenome. Tem-se notícias da sua família desde a segunda metade do século XI, com Gisalbertus Attonis, filho de Attone, pertencente àquela que seria a gens nova que começava a se impor sobre a sociedade feudal em declínio.

Eram juízes e notários, de indubitável fé gibelina por quase todo o século XIII, mas, posteriormente, suas inclinações políticas se tornaram incertas, pois apoiavam uma ou outra parte conforme as próprias conveniências do momento.[7]

Esse Gisalbertus, que pode ser considerado o progenitor da família Colleoni, vem chamado, pela primeira vez, com o nome da família Colione. Ele surge já bem inserido em uma Bérgamo, que como todas as comunidades da época, participava, entre os séculos XI e XII, do movimento sócio-político que viu prevalecer a cidade sobre o feudo, a prevalência da nova sociedade, a burguesia, sobre a sociedade feudal.

Referências

  1. Umberto Zanetti, ex AA. VV, Bartolomeo Colleoni..., p. 344, op. cit. in bibliografia.
  2. Giuliana Crevatin, Vita di Bartolomeo Colleoni, op. cit. in bibliografia.
  3. Antonio Cornazzano, op. cit. in bibliografia.
  4. Giuliana Crevatin, op. cit. p. XVII.
  5. A. Cornazzano, op. cit., p. 11.
  6. G. Crevatin, op. cit., p. 125.
  7. a b G. Crevatin, op. cit., p. 123.
  8. Michael Mallet, Signori e mercenari. La guerra nell'Italia del Rinascimento, p. 221, op. cit. in bibliografia.
  9. Estátua feita por Leonardo Siry e Sisto de Nuremberg, depois de 1493.
Fontes primárias
  • Bortolo Belotti. La vita di Bartolomeo Colleoni. Bergamo, Istituto Italiano d'Arti Grafiche, 1951 - SBN LO10382637.
  • Bernardino Corio. Storia di Milano. 1856.
  • Antonio Cornazzano. Vita di Bartolomeo Colleoni, a cura di Giuliana Crevatin. Manziana, Vecchiarelli ed., 1990. ISBN 88-85316-16-6.
  • Pietro Spino. Historia della vita et fatti dell'eccellentissimo capitano di guerra Bartholomeo Coglione. Venezia, 1569.
Fontes secondárias e aprofundamentos
  • AA. VV. Bartolomeo Colleoni. I luoghi del condottiero. Bergamo, Flash, 2000.
  • Bortolo Belotti. Bergamo, la Cappella Colleoni. Bergamo, Conti, 1953.
  • Bortolo Belotti. Storia di Bergamo e dei bergamaschi. Bergamo, Bolis, 1989.
  • Peter Burke. Cultura e società nell'Italia del Rinascimento. Bologna. Il Mulino. ISBN 88-15-08110-0.
  • Peter Burke. Il Rinascimento. Bologna, Il Mulino, 2001. ISBN 88-15-08397-9.
  • Gabriele D'Annunzio. Poesie. Milano, Garzanti, 1994. ISBN 88-11-30247-1.
  • G. Finazzi. Castello Castelli: I Guelfi e Ghibellini in Bergamo. Bergamo, 1870.
  • Eugenio Garin. Medioevo e Rinascimento. Bari, Laterza, 2005. ISBN 88-420-7669-4.
  • Eugenio Garin (a cura di). L'uomo del Rinascimento. Bari, Laterza, 2000. ISBN 88-420-4794-5.
  • Mario Granata. Il generale della Serenissima: (Bartolomeo Colleoni). Torino, S.A.I.E, 1955. SBN CUB0322534.
  • Johan Huizinga. L'autunno del Medioevo. Roma, Newton, 1997. ISBN 88-8183-898-2.
  • Jorg Jarnut. Bergamo 568-1098. Archivio Bergamasco, 1980. SBN MIL0010412.
  • Edward Michael Mallet. Signori e mercenari. La guerra nell'Italia del Rinascimento. Bologna, Il Mulino, 1983. ISBN 88-15-00294-4.
  • Piero Operti. Bartolomeo Colleoni. Torino, S. E. I. 1964. SBN SBL0421295.
  • Pietro Pesenti. La Cappella Colleoni nel gruppo monumentale di Bergamo Alta. Bergamo, Bolis, 1955. BNI 195510174.
  • Adolfo Ragioneri, Antonio Martinelli. Bartolomeo Colleoni dall'Isola all'Europa. Bergamo, Consorzio intercomunale dell'Isola, 1990. SBN CFI02003337.
  • Alberto Tenenti. L'età moderna. Bologna, il Mulino, 2005. ISBN 88-15-10866-1.