César do Rego Monteiro
César do Rego Monteiro | |
---|---|
Presidente do Amazonas | |
Período | 1º de janeiro de 1921 até 30 de outubro de 1924 |
Antecessor(a) | Pedro Bacelar |
Sucessor(a) | Raimundo Rodrigues Barbosa |
Dados pessoais | |
Nascimento | 17 de abril de 1863 União, Império do Brasil |
Morte | 28 de novembro de 1933 Rio de Janeiro, Brasil |
Cônjuge | Elisa Rezende do Rego Monteiro |
César do Rego Monteiro (União, 17 de abril de 1863 — Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1933) foi um advogado e político brasileiro. Foi senador da República de 1916 a 1920, representando o estado do Amazonas e governador do Amazonas, de 1 de janeiro de 1921 a 23 de julho de 1924[1] quando foi deposto por um levante militar.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascido na cidade de União, no Piauí, era neto de João do Rego Monteiro, o Barão de Gurgueia,[2] importante membro da sociedade piauiense. César do Rego Monteiro ingressou na Faculdade de Direito Recife em 1881, onde fez parte do Centro Acadêmico Republicano e colaborou no Folha do Norte de José Isidoro Martins Júnior, com quem escreveu um pequeno romance intitulado Um Crime de Infanticídio. Também escreveu um folheto denominado Micrographo com a colaboração de Anísio Auto de Abreu. Formando-se em 1885, retornou ao Piauí onde exerceu diversos cargos públicos, como promotor público em Amarante e juiz municipal em Teresina. Em 1891 transferiu-se com a família de seu sogro Simplício Rezende para o Amazonas, onde foi nomeado juiz de direito em Tefé, tornando-se pouco tempo depois desembargador do Superior Tribunal de Justiça do Amazonas, instituição na qual foi presidente de 1899 até 1901.[3]
Aposentando-se como desembargador em 1903, Rego Monteiro se transferiu para o Rio de Janeiro, onde colaborou na Revista do Direito, escrevendo trabalhos de polêmica com o advogado Astolpho Rezende. Em 1908, foi escolhido como delegado do estado do Piauí no primeiro Congresso Jurídico Nacional, onde apresentou três teses jurídicas notáveis e que mereceram o destaque de autores como Viveiros de Castro e Carvalho Mendonça. [4]
Retornando ao Amazonas, Rego Monteiro foi eleito sucessivamente Senador Estadual, Deputado Estadual, Senador Federal em 1916 [4] e Governador do Amazonas em 1920, após conturbada eleição. Seu governo foi marcado pelo nepotismo e por denúncias de corrupção, além dos atrasos constantes nas remunerações do funcionalismo público. [5] Em 9 de junho de 1924, o governador Rego Monteiro se licenciou do cargo e viajou para a Europa, assumindo o poder seu genro e Presidente da Assembleia Legislativa, Dr. Turiano Chaves Meira. Em 23 de julho ocorre um levante militar capitaneado pelo tenente Ribeiro Júnior que depõe a oligarquia Rego Monteiro e institui um governo militar em um episódio conhecido como Comuna de Manaus.
Rego Monteiro era casado com Elisa Rezende do Rego Monteiro e faleceu em 28 de novembro de 1933 no Rio de Janeiro. [6]. Ao longo de sua vida publicou os seguintes trabalhos: Micrógrafo (1881) em colaboração com Anísio de Abreu; Um Crime de Infanticídio, em parceria com Clóvis Beviláqua, Anísio de Abreu, Pereira Simões, Faelante da Câmara e Martins Júnior; Teoria Darwinica; Estudos Jurídicos e Sociais e Papéis Invertidos (no Templo de Themis) em 1929. [1]
Referências
- ↑ a b Bastos 1994, p. 484.
- ↑ Ferreira 1937-, p. 52.
- ↑ Abranches 1918, p. 430.
- ↑ a b Abranches 1918, p. 431.
- ↑ Bittencourt 1973, p. 432.
- ↑ Jornal do Brasil 30 de novembro de 1933, p. 08.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]Bastos, Cláudio de Albuquerque. Dicionário Histórico e Geográfico do Estado do Piauí. Teresina: Fundação Cultural Monsenhor Chaves-PMT, 1994. p. 600
Ferreira, Edgardo Pires, 1937 – A mística do parentesco: uma genealogia inacabada: Os Castello Branco / Edgardo Pires Ferreira. Volume 5 – 1. ed. – Garulhos, sp : abc Editorial, 2011.
ABRANCHES, Dunshee. Governos e Congressos da República dos Estados Unidos do Brasil. São Paulo: [s.n], 1918. vol.2.
Bittencourt, Agnello. Dicionário Amazonense de biografias: vultos do passado. Rio de Janeiro, Conquista, 1973. Páginas 432\433.
Jornal do Brasil, edição de 30 de novembro de 1933, p. 32.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]
Precedido por Pedro Bacelar |
Governador do Amazonas 1921 — 1924 |
Sucedido por Raimundo Rodrigues Barbosa |