Coruja-do-nabal
Coruja-do-nabal | |||||||||||||||
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Estado de conservação | |||||||||||||||
Pouco preocupante (IUCN 3.1) | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Asio flammeus (Pontoppidan, 1763) | |||||||||||||||
Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
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Coruja-do-nabal[1][2] (Asio flammeus), também conhecida como coruja-dos-campos, coruja-do-banhado ou mocho-dos-banhados (Asio flammeus), é uma espécie de ave estrigiforme pertencente à família Strigidae.
Medindo 37 cm, migratória, veio da América do Norte, atravessando os Andes até a Terra do Fogo. Vive em amplos banhados e caça durante o dia. No Brasil, ocorre de Minas Gerais e São Paulo até o Rio Grande do Sul.
É comum nas regiões setentrionais da Europa e da Ásia.
A população de coruja-do-nabal tem sofrido um decréscimo drástico ao longo das últimas décadas na Europa Ocidental e Central devido ao desaparecimento de zonas húmidas. O mesmo ocorreu na Rússia de onde grande parte dos indivíduos invernantes ou em migração provêm.A população é estimada em 50.000 a 150.000 casais, sendo que as maiores populações ocorrem na Escandinávia, Grã-Bretanha, Ucrânia e Bielo-Rússia. Populações mais pequenas ocorrem noutros países europeus.[3]
Em Portugal é um visitante de Inverno que ocorre nas principais zonas húmidas do centro e sul do território.
A coruja-do-nabal habita terrenos abertos com vegetação baixa mas que seja suficiente para providenciar algum nível de cobertura. É principalmente encontrada em zonas húmidas baixas como planícies pantanosas ou de turfa, mas também pode ser encontrada em paisagens de dunas com charcos ao longo das costas. Foram também ocasionalmente encontrados casos de nidificação pastagens ou estepes. A sua alimentação é constituída em mais de 90% de roedores de espécies de Rato-do-mato como o Rato silvestre e o Rato-do-campo-de-rabo-curto. À falta destes pode também caçar pequenos mamíferos ou aves canoras.[4]
Taxonomia
[editar | editar código-fonte]O mocho-do-banhado foi formalmente descrito em 1763 pelo bispo luterano Erik Pontoppidan sob o nome binomial Strix flammea.[5] O epíteto específico vem do latim flammeus, que significa "flamulado" ou "cor de chama".[6] Esta coruja é agora colocada com sete outras espécies no gênero Asio, que foi introduzido pelo zoólogo francês Mathurin Jacques Brisson em 1760.[7][8]
Onze subespécies são reconhecidas:[8]
- A. f. flammeus - ( Pontoppidan, 1763) : a subespécie nomeada, encontrada na América do Norte, Europa, Norte da África e norte da Ásia
- A. f. cubensis - Garrido, 2007 : encontrado em Cuba
- A. f. domingensis - ( Statius Müller, 1776): encontrada na Ilha de São Domingos
- A. f. portoricensis - Ridgway, 1882: encontrada em Porto Rico
- A. f. bogotensis - Chapman, 1915: encontrada na Colômbia, Equador e noroeste do Peru
- A. f. galapagoensis - ( Gould, 1837) : encontrada nas Ilhas Galápagos
- A. f. pallidicaudus - Friedmann, 1949 : encontrada na Venezuela, Guiana e Suriname
- A. f. suinda - ( Vieillot, 1817) : encontrada desde o sul do Peru e sul do Brasil até a Terra do Fogo
- A. f. sanfordi - Bangs, 1919 : encontrada nas Ilhas Malvinas
- A. f. sandwichensis - ( A. Bloxam, 1827) : Mocho-do-banhado havaiano - encontrada nas ilhas havaianas
- A. f. ponapensis - Mayr, 1933 : encontrada no leste da Ilha Caroline
Distribuição e habitat
[editar | editar código-fonte]O mocho-dos-banhados ocorre em todos os continentes, exceto na Antártica e na Austrália ; portanto, tem uma das distribuições mais difundidas de qualquer ave. A A. flammeus se reproduz na Europa, Ásia, América do Norte América do Sul, Caribe, Havaí e Ilhas Galápagos . É parcialmente migratório, movendo-se para o sul no inverno a partir das partes do norte de sua distribuição. O mocho-dos-banhados costuma realocar-se em áreas com populações maiores de roedores.[9]
Galeria
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Asio flammeus galapagoensis nas Ilhas Galápagos, Equador
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Asio flammeus flammeus do Santuário de Vida Selvagem de Pangolakha
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Asio flammeus sandwichensis em Maui
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Asio flammeus flammeus na Alemanha
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Asio flammeus flammeus - MHNT
Referências
- ↑ «Strigidae». Aves do Mundo. 26 de dezembro de 2021. Consultado em 5 de abril de 2024
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 5 de abril de 2024. Cópia arquivada (PDF) em 23 de abril de 2022
- ↑ Mens&Vogel Magazine, nr.4 2014, p.6-7
- ↑ Mens&Vogel Magazine, nr.4 2014, p.8-9
- ↑ Pontoppidan, Erik (1763). Den danske atlas eller konge-riget Dannemark (em dinamarquês). Tomus 1. Copenhagen: Godiche
- ↑ Jobling, James A. (2010). The Helm Dictionary of Scientific Bird Names. London: Christopher Helm. ISBN 978-1-4081-2501-4
- ↑ Brisson, Mathurin Jacques (1760). Ornithologie, ou, Méthode contenant la division des oiseaux en ordres, sections, genres, especes & leurs variétés (em francês e latim). Volume 1. [S.l.]: Jean-Baptiste Bauche
- ↑ a b Gill; Donsker; Rasmussen, eds. (janeiro de 2021). «Owls». IOC World Bird List Version 11.1. International Ornithologists' Union. Consultado em 27 de maio de 2021
- ↑ Ehrlich, Paul R.; Dobkin, David S.; Wheye, Darryl (1988). The Birder's Handbook: A Field Guide to the Natural History of North American Birds. New York, NY: Simon & Schuster Inc.
- ↑ BirdLife International (2012). "Asio flammeus". IUCN Red List of Threatened Species. 2012. Retrieved 26 November 2013.