(Translated by https://www.hiragana.jp/)
EterSec – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

EterSec

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
EterSec
Eter Security

Logotipo utilizado pelo coletivo
Tipo Hacktivismo
Filiação Anonymous
Sítio oficial Website oficial

EterSec, ou Eter Security, é um coletivo hacktivista brasileiro, atuante como célula do movimento Anonymous, conhecida pelo vazamento de documentos sobre o FIB Bank, utilizados durante a CPI da COVID-19, e pela invasão de sites da Prefeitura de Brumadinho.[1][2]

Atuam em ações políticas orquestradas, como revelação e exposição de dados. Seus ataques mais recentes contam com vazamentos de diversos nomes relacionados, direta e indiretamente, ao atentado dos prédios dos Três Poderes.[3][4] Declararam guerra e realizaram exposições de diversos políticos e figuras públicas próximas ao ex-presidente Jair Bolsonaro,[5] como, por exemplo, Carla Zambelli,[6] Augusto Heleno, Silas Malafaia[7] e Marco Feliciano.[8]

Participação em ataques ao governo da Colombia

[editar | editar código-fonte]

A EterSec teve participação nos ataques ao governo colombiano durante os protestos em 2021. Ao Global Voices, o coletivo posicionou-se contrário a repressão e ação agressiva as manifestações populares.[9]

Exposição de documentos da FIB Bank e manifestações contrárias a Jair Bolsonaro

[editar | editar código-fonte]

Em agosto de 2021, a EterSec invadiu o site da instituição FIB Bank e convocou manifestações contra o ex-presidente Bolsonaro.[10] O documento exposto foi utilizado pela CPI da COVID-19, onde investigou o possível sócio da instituição, Marcos Tolentino.[11][2]

Divulgação de dados de diretora e de ex-coordenador do Centro Integrado de Operações Aéreas

[editar | editar código-fonte]

Em setembro de 2021, o grupo divulgou dados pessoais de envolvidos em um sobrevoo ao Colégio Notre Dame de Lourdes. Na mesma semana, houve uma determinação judicial para que a Google apagasse as páginas da EterSec.[12]

Ataque ao site da Assembleia Legislativa do Amapá

[editar | editar código-fonte]

Em novembro de 2021, uma invasão ao site da Assembleia Legislativa do Amapá foi realizada pelo grupo, citando práticas de Rachadinha.[13]

Ataque ao site de Brumadinho

[editar | editar código-fonte]

Em 2022, o coletivo realizou uma invasão ao site da prefeitura de Brumadinho. Foi publicado um vídeo e texto com críticas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, defendendo o fim de seu governo e anunciando a abertura de uma operação chamada "Casa de Vidro".[14][15][16]

Divulgação de lista de supostos financiadores dos ataques de 8 de janeiro

[editar | editar código-fonte]

A EterSec divulgou duas listas de responsáveis pelo atentado aos prédios dos Três Poderes no início de janeiro de 2023. A primeira lista contém 50 nomes de financiadores e organizadores dos atos, como Magno Malta e Luciano Zucco. Na listagem, é possível identificar, também, nomes de empresários e figuras públicas. Segundo a célula, estes foram responsáveis por gerenciar, financiar e permitir os atos antidemocráticos através de ações como o custear ônibus e viagens à Brasília.[17][18]

A segunda listagem contém 110 empresas da cidade de Rio Verde, supostamente responsáveis por financiar os atos, além de expor informações de empresários do agronegócio que financiaram a campanha de eleição do ex-presidente Bolsonaro. De acordo com a célula, nem todos os nomes citados estariam ligados ao financiamento direto, mas construíram o ambiente propício através da reeleição de membros de mesma ideologia e de reuniões ministeriais.[19]

Vazamento de dados de Carla Zambelli e a ligação com Walter Delgatti

[editar | editar código-fonte]

Em fevereiro de 2023, a EterSec divulgou uma série de informações pessoais da Deputada Federal Carla Zambelli. A operação foi direcionada para expor sua suposta estadia em um spa, durante as tragédias no litoral de São Paulo, além de sua ligação com o hacker da Vaza Jato, Walter Delgatti. [6][20]

Fim da célula

[editar | editar código-fonte]

No dia 3 de junho de 2024, a célula comunicou, em seu canal oficial no Telegram, o encerramento das atividades, por causa de conflitos internos e a insatisfação de alguns membros. No entanto, esses detalhes não foram destacados no anúncio oficial.

Os deuses do Olimpo expuseram o líder que aplicava golpes nos membros da célula, deixando-o sozinho e sem outra escolha a não ser encerrar suas atividades. [21]

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
  1. «Site da Prefeitura de Brumadinho é invadido e hackers deixam mensagens contra Bolsonaro». G1. 28 de outubro de 2022. Consultado em 5 de julho de 2023 
  2. a b Foco, Congresso em (10 de outubro de 2021). «Exclusivo: as digitais de Marcos Tolentino no FIB Bank». Congresso em Foco. Consultado em 5 de julho de 2023 
  3. Andrion, Roseli (12 de janeiro de 2023). «Anonymous divulga lista de financiadores de vandalismo em Brasília». Rádio Itatiaia. Consultado em 5 de julho de 2023 
  4. «Anonymous divulga lista com supostos financiadores de ataques em Brasília; confira». Terra. Consultado em 5 de julho de 2023 
  5. «Com declaração de guerra a Bolsonaro, Anonymous hackeia Fib Bank». www.folhape.com.br. Consultado em 5 de julho de 2023 
  6. a b Minas, Estado de (22 de fevereiro de 2023). «Deputada Carla Zambelli assina site pornográfico, dizem hackers». Estado de Minas. Consultado em 5 de julho de 2023 
  7. «#OpUsurpadoresDaFe- Os Malafaias». EterSec. 11 de dezembro de 2022. Consultado em 5 de julho de 2023 
  8. «Anonymous ao TecMundo: 'Não temos medo das consequências'». www.tecmundo.com.br. 16 de janeiro de 2023. Consultado em 5 de julho de 2023 
  9. «Hacker group Anonymous leaks Colombia's police and army files amid protest crackdown». Global Voices (em inglês). 24 de maio de 2021. Consultado em 5 de julho de 2023 
  10. PODER360 (4 de setembro de 2021). «Anonymous convoca população para ato contra Bolsonaro no 7 de Setembro». Poder360. Consultado em 6 de julho de 2023 
  11. «Documentos mostram a extensão das tratativas entre Fib Bank, Precisa, Global e Ministério da Saúde». CartaCapital. 14 de setembro de 2021. Consultado em 6 de julho de 2023 
  12. «Juiz manda Google apagar de site hacker dados de diretora e de coronel responsáveis por sobrevoo em escola que puniu professora». G1. 10 de setembro de 2021. Consultado em 7 de julho de 2023 
  13. «Site da Assembleia Legislativa do Amapá é alvo de ataque hacker». G1. 30 de novembro de 2021. Consultado em 6 de julho de 2023 
  14. Redação, Da (22 de dezembro de 2021). «Site da Prefeitura de Brumadinho é invadido e hackers publicam vídeo atacando a mineradora Vale». Hoje em Dia. Consultado em 6 de julho de 2023 
  15. Redação (22 de dezembro de 2021). «Site da Prefeitura de Brumadinho sofre ataque hacker com ameaças à Vale». Rádio Itatiaia. Consultado em 6 de julho de 2023 
  16. «VÍDEO: Site de Brumadinho é hackeado com texto de supostas ligações entre Bolsonaro, GSI e terrorismo». Revista Fórum. 30 de dezembro de 2022. Consultado em 6 de julho de 2023 
  17. Digital, Olhar; Schendes, William (12 de janeiro de 2023). «Anonymous divulga lista de responsáveis por financiar atos terroristas». Olhar Digital. Consultado em 8 de julho de 2023 
  18. «Financiadores do Caos - Terroristas Patriotários». EterSec. 11 de janeiro de 2023. Consultado em 8 de julho de 2023 
  19. Digital, Olhar; Schendes, William (23 de janeiro de 2023). «Anonymous divulga nova lista com 110 empresas suspeitas de financiar ataques terroristas». Olhar Digital. Consultado em 8 de julho de 2023 
  20. «Hackers que expuseram dados de Carla Zambelli pedem foco em denúncias». Metrópoles. Consultado em 8 de julho de 2023 
  21. https://www.tecmundo.com.br/seguranca/288140-anonymous-derruba-dois-sites-pedofilia-deep-web.htm