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Felice Borel

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Felice Borel II
Felice Borel II
Borel II pela Juventus
Informações pessoais
Nome completo Felice Placido Borel
Data de nasc. 5 de abril de 1914
Local de nasc. Nice, França
Morto em 21 de janeiro de 1993 (78 anos)
Local da morte Turim, Itália
Informações profissionais
Posição Atacante
Clubes de juventude
Torino
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos (golos)
1932-1941
1941-1942
1942-1946
1946-1947
1948-1949
Juventus
Torino
Juventus
Alessandria
Napoli
206 (118)
25 (7)
(27 (10)
1 (0)
1 (0)
Seleção nacional
Itália 3 (1)
Times/clubes que treinou
1942-1946
1946-1947
1948-1949
Juventus
Alessandria
Napoli

Felice Placido Borel, conhecido também como Borel II (Nice, 5 de abril de 1914 - Turim, 21 de janeiro de 1993), foi um futebolista e treinador de futebol italiano. Nasceu na França, país onde na época trabalhava seu pai, o também futebolista Ernesto Borel. Um irmão mais velho, Aldo Borel, também foi futebolista, e para distingui-los a imprensa referia-se a este como Borel I e a Felice, como Borel II. Venceu como reserva a Copa do Mundo FIFA de 1934 e é o sexto maior artilheiro da Juventus, a despeito de uma lesão no joelho quando ainda tinha 21 anos ter diminuído a frequência de gols que conseguia até então. Era apelidado de Farfallino ("Borboletinha").[1]

Seu pai já havia defendido a Juventus, mas foi no rival Torino que Borel começou no futebol. Seu irmão Aldo, mais velho, profissionalizou-se na equipe grená, ainda que posteriormente tenha defendido a Juve - que, por sua vez, buscou Felice ainda nos juvenis do Toro. Borel causaria impacto imediato;[1] na primeira temporada da carreira, com 18 anos de idade, marcou 29 gols em 28 jogos no campeonato italiano, estabelecendo um recorde que durou setenta anos - o de melhor média de gols em uma temporada no torneio. A marca seria superada por Christian Vieri,[2] curiosamente outro ex-jogador de Torino e Juventus. A partir dessa temporada, inclusive, Borel marcaria em seis clássicos seguidos contra os vizinhos.[1]

Borel estreou em 1932,[1] e ao longo da temporada 1932-33 marcou no próprio clássico com o Torino, fora de casa (único gol da partida), duas vezes em 4-0 na Lazio, três vezes no 6-1 sobre a Triestina, no 1-1 fora de casa com o Milan, no 1-0 fora de casa sobre a Roma, o da vitória de virada no dérbi com o Torino por 2-1 no returno, três vezes em 5-0 sobre a Fiorentina, dois em 3-0 sobre o Milan no returno e três em 5-0 sobre o Palermo na rodada final. Seu clube foi campeão e ele, artilheiro do campeonato.[carece de fontes?]

Na temporada seguinte, a de 1933-34, Borel conseguiu novo título italiano com a Juventus e nova artilharia, elevando-se para 31 gols - incluindo os três de vitória por 3-2 fora de casa sobre a Roma; um em 4-0 no clássico com o Torino; dois em 5-0 na Fiorentina; dois em 8-1 no Genoa, na época ainda o clube mais vezes campeão nacional;[carece de fontes?] três em 5-1 no Brescia; o que abriu a vitória de 2-1 em novo clássico com o Torino, pelo returno; um em 4-0 sobre o Milan e o segundo no 2-0 fora de casa sobre a Lazio, na rodada final. Nesse jogo, a Juventus foi campeã.[carece de fontes?] Foi o quarto título seguido, algo inédito para qualquer time italiano na época.[carece de fontes?] Foi em meio a essa temporada que ele fez seus únicos três jogos pela seleção italiana.[3]

O tetracampeonato seguido, já inédito, virou um pentacampeonato na temporada posterior. A marca só seria superada na década de 2010, pela própria Juventus, e igualada somente pelo Grande Torino da década de 1940 e pela Internazionale da década de 2000.[carece de fontes?] Borel, dessa vez, marcou quatorze gols, incluindo o do empate em 1-1 com o Torino; o último de 4-1 fora de casa sobre a Lazio; os dois da vitória de virada por 2-1 fora de casa sobre a Roma; o único do duelo contra o Milan; o que abriu triunfo de 3-1 com o Torino pelo returno; e os dois de novo 2-1 obtido pela Roma, também no returno.[carece de fontes?] Uma lesão no joelho foi a responsável por diminuir drasticamente os números de Borel, que ainda tinha 21 anos mas viu o restante da carreira ser condicionado a esse infortúnio.[1]

Declínio também precoce

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Após o pentacampeonato, a Juventus só voltaria a ser campeã na temporada 1949-50, no maior jejum do clube na Serie A.[carece de fontes?] Na temporada 1934-35, Borel II só marcou três gols, menos que o irmão Borel I,[carece de fontes?] que se tornara seu colega de clube e era considerado menos talentoso.[1] Ambos chegaram a marcar juntos os gols de vitória por 2-1 sobre a Lazio naquela temporada, em que a Juve terminou no quinto lugar.[carece de fontes?]

Na temporada 1936-37, Borel II reuniu dezesseis gols que lhe deram o terceiro lugar na artilharia geral. Apesar disso e de seu colega Guglielmo Gabetto ter somado um gol a mais, a Juventus novamente ficou em quinto. Sete dos gols de Borel, por outro lado, vieram em apenas duas partidas, ao marcar três em triunfo de 4-3 sobre o Milan e quatro em 6-2 sobre a Sampierdarenese, ambos fora de casa. Na temporada seguinte, foram sete gols, incluindo sobre Milan (2-0) e no clássico com o Torino (3-0). A Juventus foi vice-campeã na Serie A por dois pontos, mas com três jogadores marcando mais gols que Borel. O time em paralelo venceu pela primeira vez a Copa da Itália, justamente em final contra o Torino. Mas o Borel que atuou foi o I e não o II.[carece de fontes?]

Na de 1938-39, o clube ficou em nono e Borel II marcou um único gol. Na de 1939-40, ele fez cinco gols na campanha do terceiro lugar. Na seguinte, foram oito gols, metade deles em duas partidas específicas - em 3-1 sobre a Roma e em 2-2 com o Venezia, empatando no penúltimo minuto. A Juve terminou em quinto.[carece de fontes?]

Para a temporada 1941-42, Borel mudou-se brevemente para o Torino.[1] Germinando o chamado Grande Torino daquela década, o rival ficou no vice-campeonato com Borel marcando sete gols como grená, ainda que três deles tenham vindo apenas em uma só partida, em 9-1 contra a Atalanta. Destacou-se também em cada jogo contra a Ambrosiana, nome da Internazionale na época; empatou a partida em 1-1 no primeiro turno e fez o gol da vitória por 3-2, fora de casa e a nove minutos do fim, no returno.[carece de fontes?] Borel ficou apenas aquela temporada no Toro e sua maior contribuição foi nos bastidores; aproximou-se do presidente do clube e influenciou na formação do Grande Torino ao convencer o dirigente a contratar técnicos que adotassem o sistema tático chamado sistema ao invés daqueles que aplicassem o denominado metodo.[1] Embora dominante no decorrer daquela década, o Torino ao longo daquele período dourado usou diversos técnicos.[4]

Após sua temporada pelo Torino, Borel retornou à Juventus para acumular as funções de técnico e jogador, atuando em nível razoável até despedir-se do clube em 1946.[1] Marcou sete gols pelo time terceiro colocado na temporada 1942-43,[carece de fontes?] no que foi o último campeonato italiano regularmente travado em meio à Segunda Guerra Mundial.[carece de fontes?] O torneio foi retomado precisamente na temporada 1945-46, excepcionalmente com fase de grupos. Borel marcou dez vezes, sete na fase de grupos (incluindo um em 2-2 com a Internazionale em Milão e dois em 4-1 no Genoa) e três no octogonal final. A Juve esteve muito próxima do troféu, começando a rodada derradeira do octogonal na liderança, mas o empate fora de casa com o Napoli propiciou que os alvinegros fossem ultrapassados pelo Torino, que assim foi campeão.[carece de fontes?]

O domínio da Juventus no campeonato italiano na primeira metade da década de 1930 fez com que os jogadores do clube naturalmente compusessem a base da seleção italiana na época.[5] Borel estreou pela Azzurra em 22 de outubro de 1933, marcando o único gol da partida contra a Hungria, dentro de Budapeste. Foi convocado à Copa do Mundo FIFA de 1934,[carece de fontes?] na qual cinco jogadores da Juve eram titulares. Mas não foi o caso dele.[6]

Borel foi um exemplo de campeão de Copa do Mundo FIFA com consagração no futebol mas sem exatamente brilhar no torneio, como Pepe (1958 e 1962), Günter Netzer (1974), Franco Baresi (1982), Ricardo Bochini (1986), Raí (1994), Kaká (2002), Francesco Totti (2006) ou Fernando Torres (2010).[7]

Borel jogou apenas três vezes pela Itália. Após a estreia, esteve na vitória por 5-2 sobre a Suíça em 3 de dezembro de 1933 em Florença; e, em sua única participação na Copa, apareceu na vitória por 1-0 sobre a Espanha, também em Florença.[carece de fontes?] Essa partida ocorreu logo no dia seguinte a outro embate entre as duas seleções, empatado em 1-1 ao fim da prorrogação de uma partida que extenuou fisicamente alguns jogadores.[8] Repôs a ausência de Angelo Schiavio,[carece de fontes?] o artilheiro dos italianos no torneio.[9] Além da concorrência com Schiavio, também sofria outra, com Giuseppe Meazza. Isso e sua lesão precoce impediram que atuasse mais vezes pela Itália.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j OLIVEIRA, Nelson (15 de dezembro de 2018). «Corações ingratos: os jogadores que defenderam os rivais Juventus e Torino». Calciopédia. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  2. ANTONELLI, Rodrigo (novembro de 2012). «Dérbis: Juventus x Torino». Calciopédia. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  3. «Felice Placido Borel». 11v11. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  4. OLIVEIRA, Nelson (setembro de 2016). «Os 5 maiores técnicos da história do Torino». Calciopédia. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  5. GEHRINGER, Max (outubro de 2005). E la nave va. Placar: A Saga da Jules Rimet, fascículo 2 - 1934 Itália. Editora Abril, p. 26
  6. GEHRINGER, Max (outubro de 2005). Os campeões. Placar: A Saga da Jules Rimet, fascículo 2 - 1934 Itália. Editora Abril, pp. 40-41
  7. BRANDÃO, Caio (25 de junho de 2016). «30 anos dos únicos minutos da lenda Ricardo Bochini em Copas do Mundo». Futebol Portenho. Consultado em 16 de fevereiro de 2018 
  8. GEHRINGER, Max (out. 2005). Equilíbrio total. Placar Especial "A Saga da Jules Rimet fascículo 2 - 1934 Itália". São Paulo: Editora Abril, p. 35
  9. Itália, três vezes campeã (4 fev. 1983). Placar n. 663. São Paulo: Editora Abril, p. 57

Ligações externas

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