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Grande Prêmio da Austrália de 1988 – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Grande Prêmio da Austrália de 1988

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Grande Prêmio da Austrália
de Fórmula 1 de 1988

Quarto GP da Austrália em Adelaide
Detalhes da corrida
Categoria Fórmula 1
Data 13 de novembro de 1988
Nome oficial LIII Foster's Australian Grand Prix[1]
Local Circuito de Rua de Adelaide, Adelaide, Austrália Meridional, Austrália
Percurso 3.780 km
Total 82 voltas / 309.960 km
Condições do tempo Nublado, quente
Pole
Piloto
Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda
Tempo 1:17.748
Volta mais rápida
Piloto
França Alain Prost McLaren-Honda
Tempo 1:21.216 (na volta 59)
Pódio
Primeiro
França Alain Prost McLaren-Honda
Segundo
Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda
Terceiro
Brasil Nelson Piquet Lotus-Honda

Resultados do Grande Prêmio da Austrália de Fórmula 1 realizado em Adelaide em 13 de novembro de 1988. Décima sexta etapa do campeonato, foi vencido pelo francês Alain Prost, que subiu ao pódio junto a Ayrton Senna numa dobradinha da McLaren-Honda, com Nelson Piquet em terceiro pela Lotus-Honda.[2][3]

Termina a primeira "era turbo"

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Ayrton Senna comemorou o título mundial numa viagem a Bali e lá permitiu-se bancar o goleiro ao jogar futebol com os amigos numa travessura que acabou por lesionar sua mão direita. Ao chegar na Austrália, ele afastou os rumores a respeito de sua participação na corrida, onde Emanuele Pirro, piloto de testes da McLaren, o substituiria. "Não existe nenhuma chance de eu não correr por causa disso".[4] Discreto, ele evitou o público e a imprensa o máximo que pôde, mas ao chegar nos boxes de sua equipe, o assédio de torcedores e funcionários de outros times foi inevitável,[5] mas nada que alguns apertos de mão e um punhado de autógrafos não resolvesse. "Pela primeira vez na vida, não me preocupei em traçar uma estratégia de corrida. Parece que tirei um peso enorme das costas",[5] disse ao comentar a importância do título conquistado alguns dias antes no Japão.[6]

"Para ser um verdadeiro campeão não basta ter talento e dedicação, como Senna tem. É preciso ter também um senso ético e uma humanidade que ele não tem",[7] declarou o tricampeão Jackie Stewart ao Jornal do Brasil dias antes da etapa japonesa. Naquela ocasião, o ex-piloto britânico desfiou um rosário de críticas ao brasileiro, citando a fechada que Ayrton Senna deu em Alain Prost em Portugal[8] como prova de suas arguições. Ao encontrar Senna em Adelaide, Stewart o cumprimentou com um sorriso no rosto, gesto correspondido pelo piloto da McLaren. Apesar de tanta civilidade, as críticas de Stewart não foram esquecidas, razão pela qual Senna negou uma entrevista exclusiva ao vetusto interlocutor, preferindo atendê-lo durante a coletiva organizada pela Marlboro.[4] "Ele tem que me engolir. A resposta que eu deveria dar foi dada na pista, no Japão. Não preciso dizer mais nada",[4] declarou o piloto à imprensa brasileira.

Também avesso a críticas, Ron Dennis exigiu um pedido de desculpas de Jean-Marie Balestre após do boquirroto presidente da FISA insinuar que a McLaren favoreceu Ayrton Senna na decisão do título mundial,[9] aleivosia rechaçada com vigor pela equipe de Woking. Birrento, o cartola francês exigiu que os comissários da FISA esquadrinhassem a McLaren afim de confirmar sua insana teoria de boicote a Alain Prost, mas ao final descobriu-se que uma "marcha empenada" foi a responsável pelo mau funcionamento do câmbio de Prost.[10] Furioso com essa inspeção irregular, Ron Dennis não citou nomes, embora suas declarações tivessem um destino evidente. "O que aconteceu no Japão foi um precedente extremamente perigoso e, por isso, não permitiremos que ele volte a ocorrer. É preciso estabelecer um limite de até aonde podem chegar os comissários de corridas. Não podemos dar acesso completo ao nosso carro, porque isso significaria abrir os segredos de nossa superioridade tecnológica".[11]

Em meio a tantos egos sensíveis, convém lembrar que o ano de 1988 encerra o fim da primeira "era turbo" na Fórmula 1, iniciada quando o francês Jean-Pierre Jabouille classificou sua Renault em vigésimo primeiro lugar no Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1977.[12] Aliás, o próprio Jabouille foi o primeiro a vencer usando o potente motor ao triunfar no Grande Prêmio da França de 1979.[13] Ao todo, seis pilotos foram campeões mundiais com motores turbo, linhagem iniciada com Nelson Piquet ao volante de uma Brabham-BMW no Grande Prêmio da África do Sul de 1983.[14][15]

McLaren na primeira fila

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"A dor não é forte, mas é suficiente para me atrapalhar a concentração, principalmente nas reduzidas. Espero que melhore até a corrida, do contrário pode ser um incômodo numa corrida tão longa", comentou Ayrton Senna sobre seu desempenho nos treinos na manhã de sexta-feira. Horas mais tarde, o piloto começou o primeiro treino de classificação utilizando ataduras, mas removeu-as no decorrer da sessão. Em sua única volta onde não encontrou tráfego, ele errou numa curva prejudicando o seu desempenho. Durante quase todo o tempo, Alain Prost liderou a tabela de classificação antes que Senna ocupasse a referida posição até a última volta do treino, quando o francês deu o troco superando o seu adversário por míseros (mas suficientes) cento e cinquenta e três milésimos de segundo.[16] A seguir vieram as Williams de Nigel Mansell e Riccardo Patrese, cujos motores aspirados beneficiaram-se da baixa velocidade exigida no circuito australiano, apesar da pouca aderência do asfalto.[17] Em quinto lugar, Gerhard Berger deu algum alento à Ferrari após errar uma freada, perder o aerofólio e bater no muro logo no começo do treino. Por outro lado, a Arrows de Derek Warwick foi a surpresa do dia com o sexto lugar. Mas, como nem tudo são flores, a Ligier de Stefan Johansson saiu dos boxes e trafegava lentamente pela pista quando foi abalroado pela Minardi do espanhol Luis Perez Sala.[17]

O sábado terminou sem que ninguém tomasse a primeira fila da McLaren, mas Ayrton Senna capturou a pole position deixando Alain Prost em segundo lugar. Nigel Mansell permaneceu em terceiro, mas ao seu lado estava Gerhard Berger, futuro companheiro do "leão" na Ferrari.[9] Valendo-se da experiência, Nelson Piquet pôs a Lotus em quinto lugar dividindo a fila com a Williams de Riccardo Patrese, o qual igualou o recorde de 176 provas disputados na Fórmula 1, marca estabelecida por Jacques Laffite no Grande Prêmio da Grã-Bretanha de 1986.[9][18] Em décimo segundo lugar, Michele Alboreto deu tons de frustração ao vermelho de sua Ferrari enquanto Satoru Nakajima, décimo terceiro no grid comemorava a renovação de seu contrato com a Lotus. Estreante do dia, o francês Pierre-Henri Raphanel, contratado pela Larrousse (sob o chassis Lola) para substituir Aguri Suzuki, sofreu uma avaria no câmbio e não se classificou para a última etapa do campeonato.[19][nota 1] Foi a 40ª (quadragésima) pole position da equipe fundada por Bruce McLaren, que em 1988 somou quinze poles em dezesseis possíveis, treze das quais com Ayrton Senna.[nota 2]

Pódio exclusivo dos campeões

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Mesmo sob o dever de competir, Ayrton Senna estava tranquilo a ponto de prometer "uma surpresa" aos seus fãs durante a corrida. No momento da largada, entretanto, deu-se o inversoː Alain Prost tomou a liderança na hora da largada e o brasileiro sofreu com o cerco de Gerhard Berger, que o ultrapassaria ao final da reta na terceira volta. Em quarto lugar, a Lotus de Nelson Piquet mantinha-se adiante das Williams de Riccardo Patrese e Nigel Mansell, sendo esta a feição inicial da prova. Ignorando o risco de ficar sem combustível, o austríaco da Ferrari acelerou tudo o que podia e ultrapassou Prost na décima quarta volta. Deste momento em diante, o piloto de Maranello aumentou sua diferença em relação a Prost, mas o francês ignorou as estripulias do rival pois sabia, ao entreouvir uma conversa de um membro da Ferrari durante o café da manhã, que o ritmo alucinado de Berger resultaria numa pane seca.[20]

Relegado ao terceiro lugar, Ayrton Senna sofria com a potência irregular de seu turbo e problemas de câmbio, razão pela qual sua vantagem sobre Nelson Piquet caiu de quarenta para dezoito segundos.[21][22] Mesmo com os dois brasileiros relativamente próximos, não houve duelo, afinal Senna estabilizou a diferença em relação a Piquet tanto quanto este conseguia acelerar nas retas e contornar bem as curvas para manter Patrese e Mansell atrás de si.[22] Quem não soube lidar com os obstáculos foi Gerhard Berger, pois ao final de vinte e cinco voltas ele forçou a ultrapassagem sobre o retardatário René Arnoux na reta Brabham, todavia, como os freios do bólido carmim estavam gastos àquela altura, Berger acertou a Ligier, resvalou na zebra e abandonou a contenda.[3][23] Fim de ano desastroso para a Ferrari, pois Michele Alboreto despediu-se da equipe nos primeiros metros da corrida ao ser atingido pela Dallara de Alex Caffi.[9]

Novamente líder da prova, Alain Prost não precisou forçar o ritmo para distanciar-se de Ayrton Senna, cujo esforço ao manusear um câmbio defeituoso agravou as dores em seu pulso machucado, impedindo uma perseguição efetiva ao condutor francês,[24] além disso, a posição vulnerável de Senna o fez acelerar e consumir mais gasolina a fim de evitar uma aproximação de Nelson Piquet. Em quarto e quinto lugares, as Williams lutavam entre si com Riccardo Patrese em vantagem até derrapar na volta cinquenta e dois, cedendo a posição para Nigel Mansell. O britânico, entretanto, ficou pelo caminho após a volta sessenta e cinco, também por falta de breque, e encerrou seu contrato com o time de Grove ao atingir a barreira de pneus.[25] Andrea de Cesaris ascendeu ao quinto lugar com sua Rial tendo Thierry Boutsen atrás de si pela Benetton.

Quatro pilotos ficarem pelo caminho entre as voltas setenta e três e setenta e sete, afastando o marasmo da corrida australiana em seus giros finais. Entretanto, a McLaren venceu com Alain Prost em dobradinha com Ayrton Senna, deixando Nelson Piquet em terceiro a bordo da Lotus, garantindo um pódio exclusivo da Honda.[3] Único a terminar na mesma volta dos líderes, Riccardo Patrese levou sua Williams ao quarto lugar, Thierry Boutsen despediu-se da Benetton em quinto e Ivan Capelli terminou em sexto com a March[9] ante a pane seca na Rial de Andrea de Cesaris. Por fim, a Minardi de Pierluigi Martini foi o último carro a cruzar a linha de chegada na etapa australiana, aliás, a última corrida de Philippe Streiff, piloto da AGS, vítima de um grave acidente nos testes de pré-temporada de 1989 em Jacarepaguá.[26][27].

Alain Prost cruzou a linha de chegada com o braço direito erguido e comemorou a trigésima quinta vitória de sua carreira na cerimônia do pódio enquanto Ayrton Senna esfregava o pulso, em sinal de dor.[21] O brasileiro atribuiu seu resultado a uma largada ruim, falta de potência no motor e defeitos no câmbio, reconhecendo, porém, a superioridade de Prost durante a corrida. Em terceiro lugar, Nelson Piquet viveu o melhor encerramento possível para um campeonato abaixo das expectativas.[28] Nem mesmo a presença de Bob Hawke, primeiro-ministro australiano, inibiu os pilotos, que logo começaram o tradicional banho de champanhe e nele tanto Hawke quanto Ron Dennis foram contemplados.[28][29] Todavia, para o chefão da McLaren a satisfação era maior, pois sob o seu controle estava a melhor equipe da Fórmula 1, profícua em números superlativosː Ayrton Senna foi campeão com 90 pontos e Alain Prost vice com 87 pontos, enquanto a McLaren venceu o mundial de construtores com 199 pontos.[nota 3] Dentre os recordes estabelecidos pelo time de Woking, o percentual de vitórias num mesmo ano (93,75%, resultado de 15 vitórias em 16 possíveis) ainda vigora em 2022.[30][31][32][nota 2]

Esta prova entrou para a história como a primeira a ter um pódio formado por campeões mundiais desde Emerson Fittipaldi, Jackie Stewart e Denny Hulme no Grande Prêmio do Brasil de 1973.[33][34][nota 4] Esta foi também a última corrida dos motores turbo na Fórmula 1 até o Grande Prêmio da Austrália de 2014.[35]

Classificação

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Pré-classificação

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Pos. N.º Piloto Construtor Tempo Dif.
1 36 Itália Alex Caffi Dallara-Ford 1:21.519
2 33 Itália Stefano Modena EuroBrun-Ford 1:21.901 + 0.382
3 31 Itália Gabriele Tarquini Coloni-Ford 1:22.022 + 0.503
4 32 Argentina Oscar Larrauri EuroBrun-Ford 1:24.634 + 3.115
DNPQ 21 Itália Nicola Larini Osella 1:28.440 + 6.921

Treinos classificatórios

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Pos. N.º Piloto Construtor Q1 Q2 Grid
1 12 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda 1:18.332 1:17.748
2 11 França Alain Prost McLaren-Honda 1:18.179 1:17.880 + 0.132
3 5 Reino Unido Nigel Mansell Williams-Judd 1:19.427 1:19.508 + 1.760
4 28 Áustria Gerhard Berger Ferrari 1:20.019 1:19.517 + 1.769
5 1 Brasil Nelson Piquet Lotus-Honda 1:20.477 1:19.535 + 1.787
6 6 Itália Riccardo Patrese Williams-Judd 1:19.925 1:19.998 + 2.177
7 17 Reino Unido Derek Warwick Arrows-Megatron 1:20.086 1:20.495 + 2.338
8 19 Itália Alessandro Nannini Benetton-Ford 1:20.331 1:20.182 + 2.434
9 16 Itália Ivan Capelli March-Judd 1:21.136 1:20.459 + 2.711
10 20 Bélgica Thierry Boutsen Benetton-Ford 1:21.114 1:20.486 + 2.738
11 36 Itália Alex Caffi Dallara-Ford 1:20.781 1:20.881 + 3.033
12 27 Itália Michele Alboreto Ferrari 1:20.844 1:20.964 + 3.096
13 2 Japão Satoru Nakajima Lotus-Honda 1:21.542 1:20.852 + 3.104
14 23 Itália Pierluigi Martini Minardi-Ford 1:21.905 1:21.133 + 3.385
15 22 Itália Andrea de Cesaris Rial-Ford 1:21.944 1:21.164 + 3.416
16 14 França Philippe Streiff AGS-Ford 1:22.170 1:21.262 + 3.514
17 3 Reino Unido Jonathan Palmer Tyrrell-Ford 1:21.959 1:21.307 + 3.559
18 18 Estados Unidos Eddie Cheever Arrows-Megatron 1:21.393 1:21.514 + 3.645
19 15 Brasil Maurício Gugelmin March-Judd 1:21.871 1:21.554 + 3.806
20 33 Itália Stefano Modena EuroBrun-Ford 1:21.972 1:21.856 + 4.108
21 24 Espanha Luis Pérez-Sala Minardi-Ford 1:23.022 1:21.893 + 4.145
22 26 Suécia Stefan Johansson Ligier-Judd 1:23.417 1:21.988 + 4.240
23 25 França René Arnoux Ligier-Judd 1:23.547 1:22.028 + 4.280
24 30 França Philippe Alliot Lola-Ford 1:22.420 1:22.211 + 4.463
25 32 Argentina Oscar Larrauri EuroBrun-Ford 1:23.413 1:22.213 + 4.465
26 9 Itália Piercarlo Ghinzani Zakspeed 1:22.348 1:22.271 + 4.523
27 31 Itália Gabriele Tarquini Coloni-Ford 1:23.650 1:22.393 + 4.645
28 4 Reino Unido Julian Bailey Tyrrell-Ford 1:23.530 1:22.529 + 4.781
29 29 França Pierre-Henri Raphanel Lola-Ford 1:23.393 1:22.733 + 4.985
30 10 Alemanha Bernd Schneider Zakspeed 1:24.221 1:23.025 + 5.277
Fonte:[2]
Pos. N.º Piloto Construtor Voltas Tempo/Diferença Grid Pontos
1 11 França Alain Prost McLaren-Honda 82 1:53:14.676 2 9
2 12 Brasil Ayrton Senna McLaren-Honda 82 + 36.387 1 6
3 1 Brasil Nelson Piquet Lotus-Honda 82 + 47.546 5 4
4 6 Itália Riccardo Patrese Williams-Judd 82 + 1:20.088 6 3
5 20 Bélgica Thierry Boutsen Benetton-Ford 81 + 1 volta 10 2
6 16 Itália Ivan Capelli March-Judd 81 + 1 volta 9 1
7 23 Itália Pierluigi Martini Minardi-Ford 80 + 2 voltas 14
8 22 Itália Andrea de Cesaris Rial-Ford 77 Pane seca 15
9 26 Suécia Stefan Johansson Ligier-Judd 76 Pane seca 22
10 30 França Philippe Alliot Lola-Ford 75 Pane seca 24
11 14 França Philippe Streiff AGS-Ford 73 Pane elétrica 16
Ret 9 Itália Piercarlo Ghinzani Zakspeed 69 Bomba de combustível 26
Ret 5 Reino Unido Nigel Mansell Williams-Judd 65 Rodou 3
Ret 19 Itália Alessandro Nannini Benetton-Ford 63 Rodou 8
Ret 33 Itália Stefano Modena EuroBrun-Ford 63 Semieixo 20
Ret 17 Reino Unido Derek Warwick Arrows-Megatron 52 Motor 7
Ret 18 Estados Unidos Eddie Cheever Arrows-Megatron 51 Motor 18
Ret 15 Brasil Maurício Gugelmin March-Judd 46 Colisão 19
Ret 2 Japão Satoru Nakajima Lotus-Honda 45 Colisão 13
Ret 24 Espanha Luis Pérez-Sala Minardi-Ford 41 Motor 21
Ret 36 Itália Alex Caffi Dallara-Ford 32 Embreagem 11
Ret 28 Áustria Gerhard Berger Ferrari 25 Colisão 4
Ret 25 França René Arnoux Ligier-Judd 24 Colisão 23
Ret 3 Reino Unido Jonathan Palmer Tyrrell-Ford 16 Transmissão 17
Ret 32 Argentina Oscar Larrauri EuroBrun-Ford 12 Semieixo 25
Ret 27 Itália Michele Alboreto Ferrari 0 Colisão 12
DNQ 31 Itália Gabriele Tarquini Coloni-Ford
DNQ 4 Reino Unido Julian Bailey Tyrrell-Ford
DNQ 29 França Pierre-Henri Raphanel Lola-Ford
DNQ 10 Alemanha Bernd Schneider Zakspeed
DNPQ 21 Itália Nicola Larini Osella
Fonte:[2][nota 5]

Tabela do campeonato após a corrida

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