(Translated by https://www.hiragana.jp/)
Jorge Villiers, 1.º Duque de Buckingham – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Jorge Villiers, 1.º Duque de Buckingham

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Jorge Villiers
Duque de Buckingham
Jorge Villiers, 1.º Duque de Buckingham
Nascimento 28 de agosto de 1592
  Leicestershire, Inglaterra Inglaterra
Morte 23 de agosto de 1628 (35 anos)
  Portsmouth
Sepultado em Abadia de Westminster
Cônjuge Katherine Villiers
Descendência Jorge Villiers, 2.° Duque de Buckingham
Mary Stewart, Duquesa de Richmond e Lennox
Pai George Villiers
Mãe Maria Villiers, Condessa de Buckingham
Ocupação Estadista
Religião Anglicanismo

Jorge Villiers (em inglês: George Villiers; Leicestershire, 28 de agosto de 1592 - 23 de agosto de 1628), primeiro Conde de Buckingham e posteriormente Duque de Buckingham, na segunda criação (1623) deste título, foi um estadista inglês, cuja família era de origem normanda.

Foi o "favorito" do rei Jaime I da Inglaterra (substituindo Robert Carr de Somerset), e, depois, do rei Carlos I. Alcançou, em menos de 2 anos, as maiores dignidades: nomeado marquês e depois duque, em 1623, foi primeiro-ministro. Seu poder lhe permitiu enriquecer, em parte graças à debilidade e à conivência do chanceler Francis Bacon, criando novos impostos e vendendo privilégios. Dissolveu vários parlamentos e iniciou algumas guerras desastrosas para seu país. Enviado à Espanha em 1623 para negociar o casamento do príncipe de Gales (futuro rei Carlos I) com a Infanta Maria Ana, não conseguiu levar esse projeto a bom termo, já que convencera o rei da Inglaterra a declarar guerra à Espanha.

Enviado logo a França, junto com o conde da Holanda, para solicitar a mão da princesa Henriqueta de França, filha de Henrique IV, para o rei da Inglaterra, cortejou a rainha Ana da Áustria, o que lhe valeu ser expulso do país e conquistar a aversão do rei Luís XIII e do seu ministro, o Cardeal Richelieu.

O Duque de Buckingham foi uma figura histórica muito controversa. O escritor francês Alexandre Dumas descreve-o em termos paradoxalmente positivos em Os Três Mosqueteiros. Em contrapartida, o romancista e historiador inglês Charles Dickens não esconde sua rejeição total ao Duque, no seu livro A Child’s History of England, chamando-lhe «insolente em bicos de pés».

Segundo Dickens, quando o rei inglês Carlos I confiou ao Duque de Buckingham a escolta da noiva real, de Paris para Inglaterra, este, «com a sua habitual audácia», seduziu a rainha da França, a espanhola Ana de Áustria, originando um conflito diplomático extremamente grave, do qual o Cardeal Richelieu, ministro de Luís XIII, se aproveitou. Mais tarde, «esse pestilento Buckingham, para gratificar o seu orgulho ferido», arrastou a Inglaterra para uma guerra com a França e a Espanha. E Dickens comenta: «Por tão mesquinhas causas e tão mesquinhas criaturas se fazem por vezes as guerras.» Longe de lamentar o assassinato de Buckingham, Dickens remata que ele «estava fadado a trazer mais mal ao mundo».

Morreu assassinado por John Felton em Portsmouth, quando se preparava para sair da Inglaterra com sua frota.

  • Paul Bloomfield, Uncommon People. A Study of England's Elite. London: Hamilton, 1955 (sobre os descendentes de George Villiers)
  • Charles Dickens, A Child’s History of England, Londres, Edimburgo, Dublim e Nova Iorque: Thomas Nelson and Sons, editores, páginas 333 e 335.