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Lesbia victoriae

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Lesbia victoriae
Espécime macho no noroeste do Equador
Espécime fêmea no Peru
Classificação científica
Reino:
Filo:
Classe:
Ordem:
Família:
Subfamília:
Tribo:
Gênero:
Espécies:
L. victoriae
Nome binomial
Lesbia victoriae
Distribuição geográfica de Lesbia victoriae

O colibri-rabilongo-grande[3] ou beija-flor-de-longa-cauda-negra[4] (nome científico: Lesbia victoriae) é uma espécie de ave apodiforme pertencente à família dos troquilídeos, que inclui os beija-flores. É uma das duas espécies pertencentes ao gênero Lesbia. Pode ser encontrada em altitudes entre 2500 e 3800 metros, desde a Colômbia até o Peru.

Os machos possuem entre 21 e 24 centímetros de comprimento, incluindo a cauda. A plumagem é de coloração verde, as penas da cauda, que tem em torno de 16,5 centímetros de comprimento, são longas e pretas, com manchas iridescentes no peito e na garganta. Enquanto isso, as fêmeas possuem de 13,5 a 14,5 centímetros. Se diferenciam dos machos pela cauda mais curta, com 8,5 centímetros, e a plumagem branca com manchas verdes na região ventral.[5] Em comparação com Lesbia nuna, possuem o bico mais curvado e mais longo e, nos machos, a cauda mais longa.[6]

Lesbia victoriae victoriae é a maior subespécie do gênero Lesbia, possuindo uma envergadura de 59,9 milímetros.[6]

São reconhecidas três subespécies:[6][7][8]

Distribuição e habitat

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O colibri-rabilongo-grande se encontra distribuído nas regiões do norte e central da cordilheira dos Andes, na Colômbia, Equador e Peru, em altitudes que variam entre 2500 e 3800 metros acima do nível do mar.[6][9]

Três subespécies são reconhecidas. Lesbia victoriae victoriae é a subespécie mais setentrional, ocorrendo desde os Andes centrais da Colômbia até o sul do Equador. L. v. juliae se distribui no centro de distribuição da espécie, do sul do Equador ao norte do Peru. L. v. berlepschi é a subespécie mais ao sul, ocorrendo de Huánuco a Cusco, no Peru. Antes, as populações equatorianas de L. v. victoriae às vezes eram tratadas como uma quarta subespécie, L. v. aequatorialis, mas não são suficientemente diferentes das aves colombianas para justificar o tratamento como uma subespécie separada.[6]

Possui preferência por áreas semiabertas em vez de florestas fechadas, razão pela qual apresenta capacidade de se adaptar a ecossistemas urbanos como parques e jardins.

Comportamento

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Alimentação

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De hábitos generalistas, forrageia flores de diferentes tamanhos e espécies, inclusive bebedouros dentro de seu consumo de néctar. A maioria das flores visitadas encontra-se em áreas próximas ao solo.[5] Por outro lado, sabe-se que pequenos artrópodes voadores fazem importante parte da dieta do beija-flor e que é maior nas espécies de altitudes mais elevadas.[10]

O cortejo dos machos de L. victoriae consiste em voar alto e exibir sua cauda, depois voar de volta para baixo em alta velocidade e fazer um ruído com a cauda. Uma vez que o cortejo termina, o casal acasala e constrói um ninho em um arbusto. Também tendem a usar fibras sintéticas quando disponíveis.[11]

O macho e a fêmea podem ser encontrados juntos cuidando do ninho, colocados nos galhos de vegetações arbustivas. Eles mostram um comportamento tímido quando há potenciais ameaças nas proximidades, comportamento mais perceptível nas fêmeas.[12]

Estado de conservação

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Devida à sua extensa área de distribuição e a estabilidade de suas populações, foi classificada na Lista Vermelha da IUCN como uma espécie "pouco preocupante".[1] Por sua preferência a habitats abertos, possui grande capacidade de adaptação em áreas rurais e urbanas.[6]

  1. a b BirdLife International (2016). «Lesbia victoriae». The IUCN Red List of Threatened Species. 2021: e.T181008073A181022663. doi:10.2305/IUCN.UK.2016-3.RLTS.T22687971A93177475.enAcessível livremente. e.T22687971A93177475. Consultado em 11 de janeiro de 2022 
  2. Société royale d'agriculture, histoire naturelle et arts utiles de Lyon.; Société royale d'agriculture, histoire naturelle et arts utiles de Lyon (1846). «Annales des sciences physiques et naturelles, d'agriculture et d'industrie.». Lyon. 9 
  3. «Lesbia victoriae (Bourcier & Mulsant, 1846)». Avibase. Consultado em 11 de janeiro de 2022 
  4. Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. p. 113. ISSN 1830-7809. Consultado em 25 de agosto de 2022 
  5. a b Ridley, Robert S. (2011). Colibríes del Ecuador. Guía de campo. Equador: Fundación Jocotoco 
  6. a b c d e f Weller, André-A.; Schuchman, Karl-L. (2004). «Biogeographic and taxonomic revision of the trainbearers Lesbia (Trochilidae), with the description of two new subspecies» (PDF). Ornithol. Consultado em 11 de janeiro de 2022 
  7. «Lesbia victoriae». Integrated Taxonomic Information System. Consultado em 11 de janeiro de 2022 
  8. Lepage, Denis; Elias, Gonçalo (2003). «Lesbia victoriae (beija-flor-de-longa-cauda-negra)». Avibase: The World Bird Database. Consultado em 28 de agosto de 2023 
  9. Gill, Frank; Donsker, David; Rasmussen, Pamela, eds. (2020). «Hummingbirds». IOC World Bird List Version 10.2. International Ornithologists' Union. Consultado em 11 de janeiro de 2022 
  10. Remsen, J. V.; Stiles, F. Gary; Scott, Peter E. (1896). «Frequency of Arthropods in Stomachs of Tropical Hummingbirds». American Ornithologists' Union. 103 
  11. Carrión, Juan Manuel (1986). Aves del valle de Quito y sus alrededores: una guía ilustrada para reconocer las especies comunes. Quito: Fundación Natura. OCLC 254493578 
  12. «Habits of Male Hummingbirds near Their Nests». Wilson Ornithological Society. 1947. Consultado em 11 de janeiro de 2022 

Ligações externas

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