OTT
Over-the-top (OTT) é um serviço de mídia que faz distribuição de conteúdos pela internet. Essa conexão é feita diretamente entre a plataforma e o usuário final. OTT se difere da televisão a cabo, terrestre e satélite, os tipos de empresas que tradicionalmente atuam como controladores ou distribuidores de tal conteúdo.[1] Também é usado em celulares sem operadora, onde todas as comunicações são cobradas como dados,[2] evitando a competição monopolística, ou aplicativos para telefones que transmitem dados dessa maneira, incluindo aqueles que substituem outros métodos de chamada[3][4] e aqueles que atualizam software.[4][5]
O OTT funciona principalmente com video sob demanda, baseados em assinatura que oferecem acesso a conteúdo de filme e televisão (incluindo séries existentes adquiridas de outros produtores, bem como conteúdo original produzido especificamente para o serviço). Os serviços over-the-top são normalmente acessados por meio de sites em computadores pessoais, bem como por meio de aplicativos em dispositivos móveis (como smartphones e tablets), reprodutores de mídia digital (incluindo consoles de videogame) ou televisores com plataformas integradas de Smart TV. Alguns exemplos de plataformas OTT são: Netflix, Globoplay, do Grupo Globo, HBO Go, Hulu, Disney+, HBO Max e PlayPlus, da Record. [6]
Tipos de OTT
[editar | editar código-fonte]- Televisão OTT, geralmente chamada de televisão online ou televisão pela Internet ou televisão via streaming, continua sendo o conteúdo OTT mais popular. Este sinal é recebido pela Internet ou por uma rede de telefonia celular, ao contrário de receber o sinal de televisão de uma transmissão terrestre ou de satélite. O acesso é controlado pelo distribuidor de vídeo, por meio de um aplicativo ou dongle ou caixa OTT separada, conectado a um telefone, PC ou aparelho de Smart TV. O recorde de usuários simultâneos assistindo a um evento OTT foi estabelecido em 18,6 milhões pela plataforma indiana de streaming de vídeo da Disney, Hotstar.[7]
- Mensagens OTT são definidas como serviços de mensagens instantâneas ou bate-papo online fornecidos por terceiros, como uma alternativa aos serviços de mensagens de texto fornecidos por uma operadora de rede móvel.[8][9] Um exemplo é o aplicativo móvel de propriedade do Facebook, o WhatsApp, que serve para substituir mensagens de texto em smartphones conectados à Internet.[10][11] Outros provedores de mensagens OTT incluem Viber, WeChat, FaceTime, Skype, Telegram e o agora extinto Google Allo.[12]
- Chamadas de voz OTT, geralmente chamadas de VoIP, por exemplo, fornecidas pelo Skype, WeChat, Viber e WhatsApp usam protocolos abertos de comunicação pela Internet para substituir e, às vezes, aprimorar os serviços controlados por operadora existentes oferecidos por operadoras de telefonia móvel.
Modos de acesso
[editar | editar código-fonte]Os consumidores podem acessar o conteúdo OTT por meio de dispositivos conectados à Internet, como telefones (incluindo dispositivos móveis Android e iOS) Smart TVs (como Google TV e Canal Plus da LG Electronics),[13] decodificadores (como Apple TV, Nvidia Shield, Fire TV e Roku), consoles de jogos (como PlayStation 4, Wii U e Xbox One), tablets e desktops e laptops. Em 2019, os usuários de Android e iOS representavam mais de 45% dos audiência total de streaming de conteúdo OTT, enquanto 39% dos usuários usam a web para acessar o conteúdo OTT.[14]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ Jarvey, Natalie (15 de setembro de 2017). «Can CBS Change the Streaming Game With 'Star Trek: Discovery'?» (em inglês). The Holywood Reporter. Consultado em 27 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 28 de outubro de 2017
- ↑ Weaver, Todd (1 de agosto de 2019). «What a No-Carrier Phone Could Look Like». Purism
- ↑ Fitchard, Kevin (3 de novembro de 2014). «Can you hear me now? Verizon, AT&T to make voice-over-LTE interoperable in 2015». gigaom.com
- ↑ a b «Why Startups Are Beating Carriers (Or The Curious Case Of The Premium SMS Horoscope Service & The Lack Of Customer Consent)». TechCrunch
- ↑ «A Closer Look At Blackphone, The Android Smartphone That Simplifies Privacy». TechCrunch
- ↑ «OTT: o que é e como esse tipo de conteúdo está mudando o cenário dos vídeos online». Blog Samba. 15 de abril de 2019. Consultado em 19 de junho de 2020
- ↑ Manish Singh; Disney’s Indian streaming service, sets new global record for live viewership, Techcrunch, 12 de maio de 2019 (consultado 12 de maio de 2019).
- ↑ «Chart of the Day: Mobile Messaging». Business Insider. 17 de maio de 2013. Consultado em 10 de fevereiro de 2014. Cópia arquivada em 22 de fevereiro de 2014
- ↑ Maytom, Tim (4 de agosto de 2014). «Over-The-Top Messaging Apps Overtake SMS Messaging». Mobile Marketing Magazine. Consultado em 28 de agosto de 2015. Cópia arquivada em 7 de setembro de 2015
- ↑ Albergotti, Reed; MacMillan, Douglas; Rusli, Evelyn (20 de fevereiro de 2014). «Facebook's $18 Billion Deal Sets High Bar». The Wall Street Journal
- ↑ Rao, Leena (4 de setembro de 2015). «WhatsApp hits 900 million users». Fortune. Consultado em 27 de janeiro de 2016. Cópia arquivada em 28 de janeiro de 2016
- ↑ «Apps Roundup: Best Messaging Apps». Tom's Guide. 4 de outubro de 2016. Consultado em 14 de fevereiro de 2017. Cópia arquivada em 14 de fevereiro de 2017
- ↑ Roettgers, Janko (8 de janeiro de 2016). «LG's New TVs Mix Streaming Channels from Buzzfeed, GQ & Vogue with Traditional Networks». Variety. Consultado em 26 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 3 de fevereiro de 2017
- ↑ Johnson, James (24 de janeiro de 2019). «OTT Content: What We Learned From 1.1 Million Subscribers». Uscreen (em inglês). Consultado em 1 de novembro de 2019