(Translated by https://www.hiragana.jp/)
Olga Savary – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Olga Savary

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Olga Savary
Nascimento 21 de maio de 1933
Belém, PA
Morte 15 de maio de 2020 (86 anos)
Teresópolis, RJ
Nacionalidade brasileira
Ocupação poeta, contista, romancista, crítica, ensaísta tradutora e jornalista
Prémios
Género literário Romance, conto, crônicas e poesias
Movimento literário Pós-modernismo
Magnum opus Repertório selvagem: Obra reunida : 12 livros de poesia : 1947-1998

Olga Savary (Belém, 21 de maio de 1933Teresópolis, 15 de maio de 2020) foi uma escritora, poeta, contista, romancista, crítica, ensaísta, tradutora e jornalista brasileira.[1]

Olga nasceu em Belém, no Pará, em 1933. Era filha única do engenheiro eletricista russo de ascendência alemã, francesa e sueca Bruno Savary e da paraense neta de indígenas Célia Nobre de Almeida.[2] Enquanto criança, absorveu fortemente os elementos da cultura de sua terra natal, transmitidos pela família materna. Até os três anos, teve a vida dividida entre Belém e Monte Alegre, no interior do Pará, cidade de seus avós maternos. Em 1936 seu pai, por motivo de trabalho, leva a família para o Nordeste, onde fixa moradia em Fortaleza.[3][4]

Em 1942, os pais de Olga se separaram e ela foi para o Rio de Janeiro onde passou a morar com um tio materno, começando a desenvolver suas habilidades literárias. Aos onze anos passa a redigir um jornalzinho, incentivada por um vizinho, para quem escrevia, sendo remunerada por isso. Sua mãe, no início, recriminava a vocação da filha, pois queria que ela se dedicasse à música, o que Olga detestava. Nesse tempo, ela começa a escrever e a guardar seus escritos em um caderninho preto, que sempre era deixado com o bibliotecário da ABI para que sua mãe não o destruísse.[4]

Sua convivência com a mãe se torna difícil ao ponto de Olga, aos 16 anos, pensar em ir morar com o pai, desistindo por achar que ainda estaria muito perto da mãe. Contudo, aos 18 anos, Olga volta a Belém, indo morar com parentes e estudando no Colégio Moderno. Posteriormente decide voltar para o Rio, onde começa a alavancar sua carreira de escritora.[4]

Participou do filme de 1968, 'Edu, Coração de Ouro.[5] Correspondente de diversos periódicos no Brasil e no exterior, organizou várias antologias de poesia. Sua obra também está presente em diversas antologias brasileiras e internacionais, como a Antologia de Poesia da América Latina, editada nos Países Baixos, em 1994, com 18 poetas — inclusive dois prêmios Nobel: Pablo Neruda e Octavio Paz.[6]

Foi poeta, como gostava de ser chamada, contista, romancista, crítica, tradutora e ensaísta. Traduziu mais de 40 obras de mestres hispano-americanos,[1] como Borges, Cortázar, Carlos Fuentes, Lorca, Neruda, Octavio Paz, Jorge Semprún e Mário Vargas Llosa, e também os mestres japoneses do haicai - Bashô, Buson e Issa.[6]

Foi membro do PEN Club, associação mundial de escritores, vinculada à Unesco, da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI - Associação Brasileira de Imprensa e do Instituto Brasileiro de Cultura Hispânica. Foi presidente do Sindicato de Escritores do Estado do Rio de Janeiro em 1997-1998. Foi também conhecida por ter sido a primeira mulher brasileira a lançar um livro inteiramente dedicado a poemas eróticos.[6]

Colaborou com vários jornais e revistas do Brasil e do exterior. Teve também alguns de seus poemas musicados pelo compositor e intérprete Madan, Pedro Luiz das Neves (1961 - 2014), como "Çaiçuçáua", "Pele" e "Geminiana".[6]

Olga morreu em Teresópolis, 15 de maio de 2020, por causa de uma parada cardíaca, devido à COVID-19.[4][7]

A escritora acumulou vários dos principais prêmios nacionais de literatura, entre eles o Prêmio Jabuti de Autor Revelação,[1] pelo livro Espelho Provisório, concedido pela Câmara Brasileira do Livro (1971), o Prêmio de Poesia, pelo livro Sumidouro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (1977), e o Prêmio Artur de Sales de Poesia, concedido pela Academia de Letras da Bahia pelo livro Berço Esplêndido (1987).

Livros publicados

[editar | editar código-fonte]
  • 1970 - Espelho Provisório (poemas)
  • 1977 - Sumidouro (poemas)
  • 1979 - Altaonda (poemas)
  • 1982 - Magma (o 1º livro editado por uma mulher só com poemas eróticos)
  • 1982 - Natureza Viva (poemas)
  • 1986 - Hai-Kais (poemas)
  • 1987 - Linha d'água (poemas)
  • 1987 - Berço Esplendido (poemas)
  • 1989 - Retratos (poemas)
  • 1994 - Rudá (poemas)
  • 1994 - Éden Hades (poemas)
  • 1996 - Morte de Moema (poemas)
  • 1996 - Anima Animalis (poemas)
  • 1997 - O Olhar Dourado do Abismo (contos)
  • 1998 - Repertório Selvagem (poesia reunida

Referências

  1. a b c Itaú Cultural (28 de março de 2011). «Enciclopédia Literatura Brasileira». Consultado em 21 de janeiro de 2013 
  2. Pereira, João Carlos (13 de fevereiro de 2021). «Olga Savary». Instituto Silvio Meira. Consultado em 22 de março de 2022 
  3. «Olga Savary». Tiro de Letra. Consultado em 15 de maio de 2020 
  4. a b c d «A poeta e tradutora Olga Savary, morre aos 86 anos, vítima de covid-19». Revista Prosa Verso e Arte. Consultado em 15 de maio de 2020 
  5. «Edu, Coração de Ouro». Cinemateca Brasileira. Consultado em 15 de maio de 2020 
  6. a b c d «Olga Savary, a poeta do erotismo». Universidade Livre Feminista. Consultado em 15 de maio de 2020 
  7. «Morre, aos 86 anos, a poeta Olga Savary». O Estado de São Paulo. Consultado em 15 de maio de 2020 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]
Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Olga Savary