Paialvo
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Freguesia | ||||
Pelourinho no lugar de Paialvo | ||||
Símbolos | ||||
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Gentílico | Paialvense | |||
Localização | ||||
Localização de Paialvo em Portugal | ||||
Coordenadas | 39° 33′ 47″ N, 8° 27′ 59″ O | |||
Região | Oeste e Vale do Tejo | |||
Sub-região | Médio Tejo | |||
Distrito | Santarém | |||
Município | Tomar | |||
Código | 141809 | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total | 22,26 km² | |||
População total (2021) | 2 234 hab. | |||
Densidade | 100,4 hab./km² | |||
Código postal | 2300 | |||
Outras informações | ||||
Orago | Nossa Senhora da Conceição |
Paialvo[1] é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Paialvo do Município de Tomar, freguesia com 22,26 km² de área[2].
Igreja Nova de Paialvo actualmente conhecida simplesmente por Paialvo foi vila e sede de concelho até 1836.
Além da sede, a Freguesia de Paialvo é constituída pelas localidades: Bexiga, Carrascal, Carrazede, Casal Barreleiro, Charneca da Peralva, Curvaceiras, Delongo, Fontaínhas, Mouchões, Peralva, Soudos e Vila Nova.
Formação e Administração
[editar | editar código-fonte]Até 1769, a freguesia de Igreja Nova de Paialvo fazia parte do termo de Torres Novas. Através do alvará de 2 de maio de 1769, foi elevada a concelho sob a administração de Lourenço da Câmara Coutinho, almotacé-mor do reino.
De 1789 até à extinção do concelho, o território foi doado ao 1.º e 2.º condes de Linhares. O concelho foi dissolvido pelo decreto de 6 de novembro de 1836, tornando-se uma freguesia do concelho de Tomar.
Relações Eclesiásticas
[editar | editar código-fonte]Originalmente, a freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Paialvo pertencia ao arciprestado de Torres Novas até à dissolução do Isento de Tomar. Atualmente, faz parte da diocese de Santarém, no arciprestado de Tomar.
História Arquivística
[editar | editar código-fonte]Os documentos originais da freguesia estiveram sob custódia da igreja paroquial até 1859. O decreto de 19 de agosto de 1859 ordenou que os registos paroquiais fossem arquivados nas Câmaras Eclesiásticas, mantendo os duplicados nas paróquias. Mais tarde, o decreto de 18 de fevereiro de 1911, que implementou o registo civil obrigatório, transferiu os documentos para as Conservatórias do Registo Civil. Em 1916, foi criado o Arquivo dos Registos Paroquiais, anexo ao Arquivo Nacional, posteriormente movido para várias localizações até se estabelecer no Arquivo Nacional da Torre do Tombo em 1990. O Arquivo Distrital de Santarém começou a funcionar em 1974, com alguns documentos ainda em posse do Arquivo Distrital de Lisboa.
Origem do Topónimo
[editar | editar código-fonte]A lenda sugere que o nome Paialvo deriva de uma figura histórica chamada Paio Alves. A cidade romana de Concórdia, situada perto de A-De-Longo, estendia-se até à Ribeira de Beselga e os seus habitantes eram conhecidos como Concordenses.
Alvará de 1454
[editar | editar código-fonte]O alvará de 1454, emitido pelo Infante D. Henrique, permitia aos moradores de Paialvo pagar as primícias em Santarém, onde vendiam os seus produtos. O alvará determinava que os moradores que lavrassem em Santarém pagassem as suas primícias lá, sem serem constrangidos a pagar em Tomar.
Confrarias
[editar | editar código-fonte]A freguesia abrigava duas confrarias: a Confraria de Paialvo e a Confraria de Bexiga, ambas criadas em 1502. Estas confrarias promoviam a ajuda mútua entre os confrades, especialmente em tempos de necessidade.
Foral e Extinção do Concelho
[editar | editar código-fonte]Paialvo recebeu seu foral em 1500, ganhando autonomia com Câmara, Cadeia e Pelourinho. Embora legalmente extinto em 1836, o concelho de Paialvo continuou a operar até fevereiro de 1837. Após a extinção, a freguesia passou a fazer parte do concelho de Tomar. Documentos do concelho foram perdidos num incêndio após serem depositados na Câmara de Torres Novas.
Autonomia e Extinção
[editar | editar código-fonte]A freguesia de Igreja Nova de Paialvo, outrora com 361 fogos e 1019 habitantes em 1757, viu sua igreja construída em 1774. A área ocupada pela freguesia manteve-se a mesma desde o século XVIII. Originalmente parte do concelho de Torres Novas, passou para Tomar após a dissolução do concelho em 1836.
Senhorialidade
[editar | editar código-fonte]Entre 1798 e 1857, Paialvo foi um território senhorial. O título de Conde de Linhares foi criado em 1798 pelo Príncipe Regente D. João, com o senhorio concedido a D. Rodrigo Domingos de Sousa Coutinho. O último donatário foi D. Vitório Maria Francisco de Sousa Coutinho, falecido em 1857[3].
Demografia
[editar | editar código-fonte]A população registada nos censos foi:[4]
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Distribuição da População por Grupos Etários[6] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 388 | 374 | 1398 | 690 |
2011 | 303 | 254 | 1283 | 759 |
2021 | 227 | 190 | 1044 | 773 |
Património
[editar | editar código-fonte]A freguesia possui ainda sete capelas e a Igreja Matriz.
Referências
- ↑ Pela grafia arcaica, Payalvo. A letra Y foi oficialmente suprimida do alfabeto português pelo Formulário Ortográfico de 1943, pelo que nomes de topónimos passaram a ser atualizados conforme a onomástica em vigor.
- ↑ «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013
- ↑ https://www.freguesiadepaialvo.pt/freguesia/historia
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos»
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022