Porto Acre
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Município do Brasil | |||
Casarão com arquitetura Neogótica Rural, típica na região, Porto Acre, Brasil. | |||
Símbolos | |||
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Hino | |||
Gentílico | portoacrense | ||
Localização | |||
Localização de Porto Acre no Acre | |||
Localização de Porto Acre no Brasil | |||
Mapa de Porto Acre | |||
Coordenadas | 9° 35′ 16″ S, 67° 31′ 58″ O | ||
País | Brasil | ||
Unidade federativa | Acre | ||
Municípios limítrofes | Boca do Acre (AM), Bujari e Rio Branco. | ||
Distância até a capital | 58 km | ||
História | |||
Fundação | 3 de janeiro de 1899 (125 anos) | ||
Administração | |||
Prefeito(a) | Bené Nascimento (PP, 2021–2024) | ||
Características geográficas | |||
Área total [1] | 2,604,417 km² | ||
População total (estimativa IBGE/2021[1]) | 19 141 hab. | ||
• Posição | AC: 12º | ||
Densidade | 7 350,6 hab./km² | ||
Clima | Quente, com períodos chuvosos. | ||
Fuso horário | Hora do Acre (UTC-5) | ||
Indicadores | |||
IDH (PNUD/2010[2]) | 0,576 — baixo | ||
PIB (IBGE/2008[3]) | R$ 142 834,426 mil | ||
PIB per capita (IBGE/2008[3]) | R$ 9 982,14 |
Porto Acre é um município brasileiro localizado no nordeste do estado do Acre.
História
[editar | editar código-fonte]Porto Acre foi fundada em 3 de janeiro de 1899 pelo advogado boliviano, José Paravicini, com o nome de "Puerto Alonso", como uma pequena homenagem e reconhecimento ao então presidente da Bolivia, Severo Fernández Alonso Caballero. Nesta época, a cidade era sede do consulado do Brasil na região e permaneceu nessa situação até o fim do século XIX fazia parte do território boliviano, cuja soberania era reconhecida pelo Brasil.[4]
Essa situação mudou em 1899 quando Luis Gálvez Rodríguez de Arias expulsou os bolivianos e declarou independência à República do Acre. Ele renomeou Puerto Alonso para Cidade do Acre e essa se tornou a capital do novo país. A então República do Acre criou uma bandeira, cunhou sua própria moeda, redigiu uma constituição, nomeou ministros e formou um exército. No entanto, Galvez foi deposto e preso depois de alguns meses pelo presidente brasileiro Campos Sales e os bolivianos voltaram a recuperar o controle de seu território.[4]
No início de 1902, José Plácido de Castro aceitou um convite para liderar uma revolta contra a Bolívia. Ele pegou um barco pelo Rio Acre, ostensivamente para realizar levantamentos de terra no sul do Acre, mas ao mesmo tempo, carregado de armas e munições. Ele parou brevemente em Puerto Alonso para encontrar o governador boliviano Lino Romero e avaliar seu futuro oponente. No sul do Acre, ele comandou os seringueiros e outros habitantes para a revolta. Ele então retornou ao Brasil, passando por fora de Puerto Alonso para evitar alertar os bolivianos.
Plácido capturou Xapuri em 6 de agosto de 1902 e no dia seguinte proclamou que o Acre era independente. Em 14 de outubro de 1902, os rebeldes capturaram algumas das defesas externas de Puerto Alonso e o lançamento armado boliviano de Rio Afua, que eles renomearam de Independencia. Plácido de Castro cercou a cidade em 8 de janeiro de 1903 e lançou um ataque em 15 de janeiro de 1903. Seus homens começaram a cavar trincheiras em zigue-zague nas linhas bolivianas, e eventualmente, com suas forças exaustas e quase sem munição, Romero se rendeu em 24 de janeiro de 1903, e Plácido nomeia o local de "Cidade de Acre" até ser retomada a denominação anterior de "Porto Acre".[4]
Portanto, além de capital do novo país, durante a Revolução Acriana (1899-1903), Porto Acre acabou se tornando um local importantes batalhas.
O Município de Porto Acre foi criado pela Lei estadual nº 1.030, de 28 de abril de 1992, a partir do desmembramento do território do município de Rio Branco. Ele foi instalado em 1º de janeiro de 1993.[4]
A partir da década de 2010, Porto Acre passou a sofrer com movimentos autonomistas de criação de um outro município que compreenderia a atual Vila do V, parte da zona rural de Porto Acre, onde a agropecuária é um setor forte e onde boa parte da população vive. Com a emancipação desse novo município,[5] Porto Acre perderia boa parte de seu território e arrecadação.
Geografia
[editar | editar código-fonte]O município de Porto Acre ocupa a décima sétima posição em área territorial com uma área de cerca de 2.604,417 km²[1]. Ele se limita ao norte com o Amazonas, ao sul com os municípios de Bujari e Rio Branco, a leste com o município de Rio Branco e a oeste com o município de Bujari.
Demografia
[editar | editar código-fonte]Sua população em 2021 era de 19 141 habitantes, o que implica em uma densidade demográfica de 5,71 hab./km².[1] O município ocupa o décimo primeiro lugar em população.
Religião
[editar | editar código-fonte]A população do Município de Porto Acre com base no critério da religião, segundo o censo do IBGE de 2010,[6] está distribuída desta forma:
Religião | % |
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Catolicismo | 53,1 |
Protestantismo | 30,1 |
Outras | 2,7 |
Sem religião | 14,1 |
Assentamentos
[editar | editar código-fonte]O maior Programa de Assentamento Dirigido (PAD) de Porto Acre é o PAD Humaitá, com 900 famílias e 61 hectares. Os outros PAD são:
- PA Caquetá
- PA Porto Acre
- PA Alonso (parte)
- PA Espinhara II (parte)
- PA Tocantins (parte)
- PAE Barreiro
- PAD Humaitá (parte)
- PDS Nova Esperança
- PE Polo Leiteiro de Porto Acre
Organização politico-administrativa
[editar | editar código-fonte]O município de Porto Acre possui uma estrutura político-administrativa composta pelo Poder Executivo, chefiado por um prefeito eleito por sufrágio universal, auxiliado diretamente por secretários municipais nomeados por ele, e pelo Poder Legislativo, institucionalizado pela Câmara Municipal de Porto Acre, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por vereadores também eleitos por sufrágio universal.[7]
Atuais autoridades municipais de Porto Acre
[editar | editar código-fonte]- Prefeito: Benedito Damasceno "Bené" - PP (2021/-)[8]
- Vice-prefeito: Edna Cuiabano - PC do B (2021/-)[8]
- Presidente da Câmara: José Leal Souza da Cruz - PROS (2021/-)[8]
Infraestrutura
[editar | editar código-fonte]Saúde
[editar | editar código-fonte]O município de Porto Acre possui uma taxa de mortalidade infantil de 19,39 óbitos por mil nascidos vivos, de acordo com dados de 2020 do IBGE.[1]
Em 2009, este município possuía 6 estabelecimentos de saúde[9]. De acordo com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde (MS), o Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) deste município é de alta vulnerabilidade, indicador criado pelo IPEA e utilizado pelo MS na alocação de profissionais do Programa Mais Médicos.[10]
Transportes
[editar | editar código-fonte]O principal acesso ao município é por via terrestre, pela rodovia estadual AC-010, que liga a capital Rio Branco à sede do município, num trajeto de cerca de 58 km. Outro meio de chegar à sede do município é por meio fluvial, pelo rio Acre, que corta o município.
Referências
- ↑ a b c d e IBGE. «Porto Acre» (html). Consultado em 26 de maio de 2023
- ↑ «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 29 de agosto de 2013
- ↑ a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010
- ↑ a b c d IBGE. «História & Fotos» (html). IBGE Cidades. Consultado em 26 de maio de 2023
- ↑ «Ganha força o movimento pela emancipação política da vila Santa Luzia». Site do Senador Tião Viana. 19 de dezembro de 2007. Consultado em 9 de agosto de 2010[ligação inativa]
- ↑ https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ac/porto-acre/pesquisa/23/22107?detalhes=true
- ↑ MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
- ↑ a b c «Prefeito e vereadores de Bujari tomam posse; veja lista de eleitos». G1. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 2 de novembro de 2022
- ↑ IBGE. «Panorama» (html). IBGE Cidades. Consultado em 26 de maio de 2023
- ↑ «EDITAL Nº 5, DE 19 DE MAIO DE 2023» (PDF). Ministério da Saúde. 19 de maio de 2023. Consultado em 26 de maio de 2023