(Translated by https://www.hiragana.jp/)
Queda do SAAB Scandia prefixo PP-SQV em 1959 – Wikipédia, a enciclopédia livre Saltar para o conteúdo

Queda do SAAB Scandia prefixo PP-SQV em 1959

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Queda do SAAB Scandia prefixo PP-SQV em 1959
Queda do SAAB Scandia prefixo PP-SQV em 1959
O SAAB Scandia PP-SQR é o último exemplar existente dessa aeronave no mundo. A aeronave faz parte do acervo do Museu Eduardo André Matarazzo, Bebedouro, São Paulo.
Sumário
Data 23 de setembro de 1959
Local BrasilVila Clara, Jabaquara, São Paulo
Origem Aeroporto de Congonhas, São Paulo
Destino Aeroporto Santos Dumont, Rio de Janeiro
Passageiros 16
Tripulantes 4
Mortos 20
Feridos 0
Sobreviventes 0
Aeronave
Modelo Suécia Saab 90 Scandia
Operador Brasil VASP
Prefixo PP-SQV
Primeiro voo 1950

A queda do SAAB Scandia prefixo PP-SQV em 1959 foi um grave acidente aéreo ocorrido em 23 de setembro de 1959, nas proximidades do aeroporto de Congonhas, São Paulo. Esse acidente causaria a morte de todos os 20 ocupantes da aeronave.[1]

Após o final da Segunda Guerra Mundial, a demanda por aeronaves para recompor o transporte aéreo comercial era imensa. Com isso, dezenas de fabricantes resoveram criar novos projetos para suprir esse mercado e a SAAB era um deles. Ao final de 1945, lançaria o Saab 90 Scandia, aeronave projetada para o transporte de até 30 passageiros a uma distância máxima de 1000km. Apesar do sucesso do protótipo, seria lançado tardiamente em 1950, e perderia a concorrência para o DC-3, aeronave de manutenção simples e oferecida em abundância pelo govenro americano após o final da guerra. Assim seriam construídos apenas 18 aeronaves que seriam adquridas pelas empresas Scandinavian Airlines System e Aerotransport. Em 1950 ,a empresa brasileira VASP adquiria seus primeiros Scandia. Ao final de 1957, a empresa operava todos os 18 aviões construídos, tendo adquirido os exemplares restantes da SAS. O Scandia seria utilizado pela Vasp em larga escala na Ponte Aérea Rio- São Paulo. Após alguns acidentes fatais ocorridos entre o final dos anos 1950 e início dos anos 1960, as aeronaves remanescentes seriam utilizadas em rotas menos procuradas até serem aposentadas em 1969.[2] A aeronave acidentada havia sido fabricada em 1950 e recebeu o número de construção 90.106. Ao entrar em serviço na SAS receberia o prefixo SE-BSD Grim Viking. Em 1957 seria adqurida pela VASP, recebendo o prefixo PP-SQV.[3]

O SAAB Scandia PP-SQV foi preparado para a realização do voo das 18h30 min da Ponte aérea Rio-São Paulo. Após atraso, a aeronave decolaria da pista 16 do aeroporto de Congonhas às 18h49 do dia 23 de setembro de 1959. Transportando 16 passageiros e 4 tripulantes, a aeronave era conduzida pelo comandante Renart da Cunha Borba.[4]

Após decolar, a aeronave guinou à direita perdendo altura e um minuto e meio depois, voando baixo, bateria sobre uma elevação de terreno ganhando pequena altura até bater numa pequena floresta de eucaliptos, explodindo logo em seguida. A explosão seguida de grande incêndio mataria carbonizados todos os ocupantes da aeronave. Entre os passageiros mortos estava o engenheiro Orlando Drumont Murgel, diretor da Estrada de Ferro Sorocabana.[1]

Por conta da proximidade da área da queda, as equipes de socorro chegariam rapidamente, porém todos os ocupantes estariam mortos. A chegada de populares ao local da queda prejudicaria o resgate dos corpos, sendo que algumas pessoas seriam presas pela polícia ao tentarem saquear os destroços.[1]

Consequências

[editar | editar código-fonte]

Após a tomada do depoimentos de testemunhas no aeroporto, seria constatada a ocorrência de falha em um dos motores do Scandia. O exame dos destroços se revelaria inconclusivo, devido aos restos da aeronave terem ficado calcinados.

Esse seria o segundo acidente ocorrido em menos de um ano com um Scandia da VASP causado por falha em motor durante a decolagem. Em 30 de dezembro de 1958, o Scandia PP-SVQ caiu na Baía de Guanabara após tentativa de decolagem mal sucedida por conta de falha em um dos seus motores. O acidente deixaria 21 mortos e 17 feridos.[5]

Esses acidentes evidenciariam problemas na manutenção da empresa, que passaria a investir em novas aeronaves como os Vickers Viscount e YS 11, de forma que até 1969 todos os Scandia remanescentes seriam aposentados.[2]

  • SILVA, Carlos Ari Cesar Germano da; O rastro da bruxa: história da aviação comercial brasileira no século XX através dos seus acidentes; Porto Alegre Editora EDIPUCRS, 2008, pp 174-176.

Referências

  1. a b c «O avião explodiu antes de tocar o solo:20 pessoas mortas ontem, no Jabaquara». Folha de S. Paulo Ano XXXV, número 10866, 2º caderno, página 8. 24 de setembro de 1959. Consultado em 8 de dezembro de 2012 
  2. a b «Frota Vasp» 
  3. R.A.Scholefield (30 de maio de 1953). «SE-BSD (cn 90106) "Grim Viking"». Airliners.net- 25 de fevereiro de 2010. Consultado em 1 de janeiro de 2013 
  4. «Avião cai em São Paulo:20 pessoas mortas». Jornal do Brasil, ano LXIX, número 223, página 10. 24 de setembro de 1959. Consultado em 8 de dezembro de 2012 
  5. «Accident description». Aviation Safety network. Consultado em 1 de janeiro de 2013 

Ligações externas

[editar | editar código-fonte]