Samuel Richardson
Samuel Richardson | |
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Nascimento | 19 de agosto de 1689 Mackworth |
Morte | 4 de julho de 1761 (71 anos) Parsons Green |
Nacionalidade | Inglês |
Ocupação | Escritor |
Magnum opus | Pamela or Virtue Rewarded |
Samuel Richardson (Mackworth, 19 de agosto de 1689 - Parsons Green, 4 de julho de 1761) foi um escritor e editor inglês do século XVIII. É mais conhecido por seus três romances epistolares: Pamela: Or, Virtue Rewarded (Pamela: ou, a virtude recompensada — 1740), Clarissa: Or the History of a Young Lady (Clarissa: ou a história de uma jovem — 1748) e The History of Sir Charles Grandison (A História de Sir Charles Grandison — 1753). Richardson foi um consagrado impressor e editor por grande parte da vida e publicou quase 500 obras diferentes, incluindo revistas.
Richardson perdeu sua primeira esposa, juntamente com seus cinco filhos, e acabou casando novamente. Embora com sua segunda esposa tivesse quatro filhas que chegaram à vida adulta, não tiveram um herdeiro homem para continuar gerindo a gráfica e editora. Enquanto sua gráfica ia aos poucos decaindo, aos 51 anos escreveu seu primeiro romance e imediatamente se tornou um dos escritores mais populares e admirados de seu tempo.
Conheceu figuras de destaque na Inglaterra do século XVIII, incluindo Samuel Johnson e Sarah Fielding. No mundo literário de Londres, foi rival de Henry Fielding, e os dois reagiram aos estilos literários um do outro em seus próprios romances.
Richardson foi um dos autores incluídos no Index Librorum Prohibitorum, uma lista criada pelo papa contendo os nomes dos livros que os católicos não estavam autorizados a ler.
Denis Diderot escreveu uma grande homenagem a Richardson, Éloge de Richardson (Elogio a Richardson) no Journal etranger em janeiro de 1762: Ô Richardson ! on prend, malgré qu’on en ait, un rôle dans tes ouvrages, on se mêle à la conversation, on approuve, on blâme, on admire, on s’irrite, on s’indigne. (Ó, Richardson, querendo ou não, desempenhamos um papel em suas obras, nos metemos na conversa, aprovamos ou criticamos, admiramos, nos irritamos, nos indignamos.)[1]
A retidão moral que havia de se revelar fortemente em Pamela era já evidente na primeira obra de Richardson, The Apprentice’s Vade Mecum (O vade mecum do aprendiz). Assim como as moças eram instruídas sobre as recompensas da virtude em Pamela, o manual de Richardson para os rapazes era uma lição sobre os prêmios do trabalho.
Apesar de a maioria das obras de Richardson não terem sido traduzidas para o português, encontra-se disponível no Brasil uma publicação de uma tradução feita por Rafael Tages da obra “Pamela” editada pela editora Pedrazul.[2]
Obras
[editar | editar código-fonte]Na década de 1730, Richardson recebeu uma encomenda de uma coletânea de cartas que pudessem servir de modelos para "leitores do interior", volume que se tornou conhecido como Familiar letters on important occasions (Cartas familiares em ocasiões importantes). Ocasionalmente, ocorreu-lhe a ideia de continuar o mesmo assunto de uma carta para outra, técnica que ele expandiu em seu romance Pamela, que começou a escrever em novembro de 1739 e publicou um ano depois, Richardson escreveu uma continuação, Pamela in her Exalted Condition (Pamela em sua condição exaltada) em 1742.[3] "Pamela é um romance sobre o abuso do poder e a forma correta de resistir a ele. [...] Foi elogiado por alguns como um manual da conduta virtuosa, enquanto outros o denunciaram como pornografia disfarçada."[4]
Em 1744 Richardson parece ter completado uma primeira redação de seu segundo romance, Clarissa, mas passou três anos revisando-o.[3] "A história ambiciosa de Richardson de sedução trágica se desenrola através de centenas de cartas trocadas entre Clarissa Harlowe, sua confidente Anna Howe, o encantador mas também cruel e malicioso sedutor Lovelace e um elenco de apoio de família e conhecidos.[5]
Em seu terceiro romance, The History of Sir Charles Grandison (A história de Sir Charles Grandison — 1754), atendeu a pedidos de leitores de criar um herói que fosse um homem bom, uma contrapartida do herói errante Tom Jones de Fielding (1749).[3]
Referências
- ↑ Denis Diderot. «Éloge de Richardson»
- ↑ «Pamela - Samuel Richardson»
- ↑ a b c Merriam Webster's Encyclopedia of Literature, verbete "Richardson, Samuel".
- ↑ 1001 livros para ler antes de morrer: Rowland Hughes, "Pamela".
- ↑ 1001 livros para ler antes de morrer: David Towsey, "Clarissa".