Vattelluttu
Vattelluttu | |
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Inscrições em vattelluttu no templo de Brihadisvara, em Thanjavur. O mesmo foi construído no século XI, durante a era do império Chola. | |
Tipo | Abugida |
Línguas | Várias formas de tâmil e malaiala |
Período de tempo
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Usado a partir do século V até o século IX, exceto em Querala, onde durou até o século X |
Sistemas-pais
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Escrita protossinaítica[a]
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Sistemas-filhos
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Saurashtra |
Sistemas-irmãos
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Malaiala, Grantha, Kolezhuthu, Malayanma |
[a] A origem semítica dos escritos bramânicos não é universalmente aceita.
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O vattelluttu (em tâmil: வட்டெழுத்து, vaṭṭeḻuttu, pronúncia [ʋəʈːeɻʉt̪ːʉ]; em malaiala: വട്ടെഴുത്ത്, vaṭṭeḻuttŭ) foi um sistema de escrita abugida presente no sul da Índia e no Sri Lanka, na segunda metade do primeiro milênio d.C.. O vattelluttu foi usado para a escrita de várias formas da língua tâmil na região dos Pandias e Cheras até o século IX, após veio a ser substituído pela atual escrita tâmil em todos os lugares, exceto em Querala.[1][2][3]
Sabe-se que o tâmil foi popularizado no século X. A escrita grantha – anteriormente usada para escrever sânscrito no sul da Índia – evoluiu para a moderna escrita malaiala em Querala.[4] Derivado do tâmil-brahmi, o vattelluttu foi desenvolvido no sul da Índia e amplamente usado para escrever várias formas de tâmil e malaiala. As inscrições cavernícolas antigas descobertas no território indiano, na língua tâmil-brahmi, forneceram alguns dos elos de ligação entre o brahmi e o vattelluttu.[5][2]
O vattelluttu é atestado desde o século VI d.C..[6] O mesmo foi adotado pelos cheras no século IX. As epígrafes do velho malaiala são compostas principalmente em vattelluttu. Após o período Kodungallur Chera (século XII), ele continuou evoluindo e gradualmente se desenvolveu como "kolezhuttu". O uso do mesmo – embora de forma decadente – continuou entre certas classes em Querala, especialmente muçulmanos e cristãos até o século XIX. Habitantes de Kuccaveli, localizado ao norte de Trincomalee, usaram o vattelluttu entre os séculos X e XIII d.C., atestado em inscrições rupestres encontradas no território.[7]
Caracteres
[editar | editar código-fonte]O vattelluttu era constituído de 21 caracteres que, juntamente com o tâmil, sofreu diversas variações conforme o tempo. Veja a seguir sua forma de escrita.
Referências
- ↑ Sastri, K. A. Nilakanta The Colas, (Madras, 1935 & 1937. Revised 2nd ed. 1955) p.7
- ↑ a b I. Mahadevan, 'Corpus of Tamil Brahmi Inscriptions', Seminar on Inscriptions, (Madras, 1968), pp. 57-78
- ↑ A. C. Burnell, Elements of South Indian Palaeography, pp. 48-49
- ↑ Agesthialingom, S. & S.V. Shanmugam (1970). The Language of Tamil Inscriptions. Annamalainagar, Índia: Annamalai University
- ↑ T. V. Mahalingam, South Indian Palaeography, (Madras, 1967), pp 201-311
- ↑ Coulmas, Florian (1999). The Blackwell Encyclopedia of Writing Systems. [S.l.]: Wiley. 636 páginas
- ↑ Manogaran. The Untold Story of Ancient Tamils in Sri Lanka. [S.l.: s.n.] p. 31
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Sivaramamurti, C, Indian Epigraphy and South Indian Scripts. Bulletin of the Madras Government Museum. Chennai 1999
Notas
[editar | editar código-fonte]- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Vatteluttu script».
- Media relacionados com Vattelluttu no Wikimedia Commons