Vitorino Guimarães
Vitorino Guimarães | |
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Presidente do Ministério de Portugal[1] | |
Período | 16 de fevereiro de 1925 até 2 de julho de 1925 |
Presidente | Manuel Teixeira Gomes |
Antecessor(a) | José Domingues dos Santos |
Sucessor(a) | António Maria da Silva |
Dados pessoais | |
Nome completo | Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães |
Nascimento | 13 de novembro de 1876 Penafiel |
Morte | 18 de outubro de 1957 (80 anos) Lisboa |
Partido | Partido Democrático |
Ocupação | político, economista, ministro, militar |
Serviço militar | |
Lealdade | Portugal |
Serviço/ramo | Exército Português |
Graduação | Coronel |
Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães GOC • CvA • ComA • GOA • OSE (Penafiel, 13 de novembro de 1876 — Lisboa, 18 de outubro de 1957), conhecido como Vitorino Guimarães, foi um militar, economista e político português que, entre outras funções, foi deputado e várias vezes Ministro das Finanças, tendo em 1925 sido presidente do Ministério (primeiro-ministro) de um dos governos da Primeira República Portuguesa.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães nasceu em Penafiel, a 13 de Novembro de 1876, filho de João Antunes de Sousa Guimarães e de Amélia Augusta de Carvalho Guimarães.
Concluiu o curso liceal no Liceu Nacional de Viana do Castelo, prosseguindo os seus estudos no Instituto Comercial e Industrial do Porto, transferindo-se depois para a instituição congénere de Lisboa.
Terminado o curso de comércio, em 1901 ingressou na Escola do Exército, graduando-se como oficial de administração militar e iniciando uma carreira que aliou um percurso na área da administração militar com a docência nas áreas da administração e das finanças, tendo leccionado na Escola do Exército, no Instituto dos Pupilos do Exército, no Instituto Superior de Comércio e na entidade que lhe sucedeu, o Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras.
Ingressou cedo na vida política, iniciando-se como apoiante de João Franco, mas logo em 1908 surge como um dos líderes republicanos da revolta de 28 de Janeiro de 1908 contra a monarquia e o governo de João Franco.
Integrou o comité militar criado para a proclamação da República e após a sua implantação, em 1911 foi eleito deputado ao Congresso Constituinte, pelo círculo eleitoral de Bragança.
Republicano convicto, foi membro da "Jovem Turquia", a associação paramilitar liderada por Álvaro de Castro, e do Partido Democrático, mas ainda assim sempre se assumiu como centrista, posicionando-se politicamente entre a ala dos "bonzos" e dos "canhotos".
Estreou-se na acção governativa como ministro das Finanças do governo de José de Castro, entre 19 de Junho e 29 de Novembro de 1915. Entre 16 e 22 de Dezembro de 1915 acumulou, interinamente, a pasta do Comércio.
Deflagrada a Primeira Guerra Mundial, foi nomeado chefe dos serviços administrativos da 2.ª Divisão do Corpo Expedicionário Português. Terminada a Guerra, em 1919 participou em várias comissões de contabilidade e de reforma do Banco Nacional Ultramarino, sendo nesse mesmo ano eleito deputado pelo círculo eleitoral de Moncorvo. A 15 de Fevereiro de 1919 foi feito Cavaleiro da Ordem Militar de Avis e a 28 de Fevereiro do mesmo ano foi feito Oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.[2] Foi delegado do Governo português à Comissão de Reparações de Guerra (1919–1920), sendo feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Nosso Senhor Jesus Cristo a 28 de Maio de 1919,[2] e embaixador de Portugal junto da Conferência Financeira de Bruxelas (1920).
Voltou a ser chamado ao cargo de ministro das Finanças do governo presidido por Francisco da Cunha Leal, tendo exercido o cargo de 16 de Dezembro de 1921 a 6 de Fevereiro de 1922, sendo simultaneamente delegado de Portugal à Conferência Económica da Guerra (1922).
Foi novamente empossado como ministro das Finanças do governo de António Maria da Silva, exercendo o cargo de 14 de Setembro a 30 de Novembro de 1922. A 5 de Outubro de 1922 foi elevado a Comendador da Ordem Militar de São Bento de Avis.[2] Foi então autor da importante reforma tributária de 1923.
Foi nomeado presidente do Ministério, tendo exercido o cargo de 15 de Fevereiro a 1 de Julho de 1925. Durante este período acumulou, interinamente, a pasta de ministro das Finanças.
A partir do golpe de 28 de Maio de 1926 foi afastado da política activa, terminando a sua carreira de oficial do Exército em 1936, no posto de coronel de administração militar.
A sua obra publicada mais conhecida intitula-se Contabilidade Pública. Sua Origem e Evolução em Portugal, tendo saído a público na Revista da Contabilidade Pública, entre 1941 e 1943. A 9 de Junho de 1941 foi elevado a Grande-Oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis.[2]
Vitorino Guimarães faleceu em 1957. Foi pai de Elina Guimarães, activista dos direitos das mulheres; e sogro de Adelino da Palma Carlos, advogado e Primeiro-Ministro em 1974.
Referências
- ↑ «Governo de Portugal». www.portugal.gov.pt. Consultado em 10 de novembro de 2022
- ↑ a b c d «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Vitorino Máximo de Carvalho Guimarães". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 16 de abril de 2015
Ligações externas
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- Nascidos em 1876
- Mortos em 1957
- Naturais de Penafiel
- Personalidades da Área Metropolitana do Porto
- Oficiais superiores de Portugal
- Republicanos de Portugal
- Deputados da Assembleia Nacional Constituinte de 1911
- Deputados da República Portuguesa
- Ministros das Finanças de Portugal
- Primeiros-ministros da Primeira República Portuguesa
- Veteranos da Primeira Guerra Mundial de Portugal
- Diplomatas de Portugal
- Oficiais da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada
- Cavaleiros da Ordem Militar de Avis
- Grandes-Oficiais da Ordem Militar de Cristo
- Comendadores da Ordem Militar de Avis
- Grandes-Oficiais da Ordem Militar de Avis
- Alunos do Instituto dos Pupilos do Exército