William Beresford, 1.º Visconde Beresford
William Carr Beresford | |
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Retrato de William Carr Beresford, por Sir William Beechey (1815). Beresford enverga o uniforme de um marechal do Exército Português, com a Cruz Peninsular, e as estrelas e bandas d'A Mais Honorável Ordem do Banho (inglesa) e da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (portuguesa) | |
Nascimento | 2 de outubro de 1768 Inglaterra |
Morte | 8 de janeiro de 1854 (86 anos) Kent, Inglaterra |
Nacionalidade | Reino Unido |
Serviço militar | |
País | Reino da Grã-Bretanha Império Britânico Reino de Portugal |
Anos de serviço | 1785–1830 |
Patente | General (Reino Unido) Marechal (Portugal) |
Conflitos | Guerra Peninsular |
William Carr Beresford (2 de outubro de 1768 – 8 de janeiro de 1854), 1.º visconde Beresford (1st Viscount Beresford), barão e visconde de Albuera e Dungarvan, conde de Trancoso, 1.º marquês de Campo Maior e duque de Elvas, foi um militar e político anglo-irlandês que serviu como general no Exército Britânico e marechal do Exército Português, tendo lutado ao lado de Arthur Wellesley, 1.º Duque de Wellington na Guerra Peninsular. Depois serviu como mestre de ordenanças no governo de Wellington em 1828.[1]
Foi governador e comandante-chefe, durante seis meses, na Madeira, para evitar a ocupação da ilha pelas forças napoleónicas francesas.[2]
Depois, em 7 de março de 1809,[2] terá sido escolhido pelo governo britânico, de acordo com o parecer do general Wellesley, para comandar o Exército português. É-lhe atribuído o posto de Marechal do Exército, igual aos usados pelos duque de Waldeck, em 1797, e pelo conde de Goltz, em 1801. A sua missão era a de compatibilizar a organização e a táctica existentes no exército português com a britânica, permitindo uma actuação conjunta no campo de batalha.[3]
Em 1817, após rumores de uma conspiração maçónica que pretendia o regresso do rei e que se manifestava contrária à presença inglesa, mandou matar os conspiradores (entre eles o general Gomes Freire de Andrade).[2]
Viaja para o Brasil onde consegue do Rei poderes mais alargados, sendo feito Marechal-General, título anteriormente usado pelo Barão Conde, pelo Conde de Lippe, pelo Duque de Lafões e pelo referido Duque de Wellington. Mas, devido à Revolução de 1820, é demitido das suas funções, não lhe sendo permitido sequer desembarcar em Portugal continental.[3]
Regressou a Portugal em 1826, mas a sua pretensão de regressar ao comando do Exército não foi aceite.[3]
Mais tarde, foi membro do primeiro governo de Wellington, de 1828 a 1830, com o título de "Master General of Ordnance", equivalente em Portugal ao posto militar de Director do Arsenal.[3]
Referências
- ↑ "William Carr Beresford, Viscount Beresford"[ligação inativa]. Página acessada em 31 de março de 2016.
- ↑ a b c Infopédia. «William Carr Beresford - Infopédia». Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 7 de janeiro de 2021
- ↑ a b c d «Beresford, general britânico». www.arqnet.pt. Consultado em 7 de janeiro de 2021
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- William Beresford, por Manuel Amaral, O Exército Português no Final do Antigo Regime, 2001-2010
- William Carr Beresford, em Artigos de apoio Infopédia (em linha), Porto: Porto Editora, 2003-2017. (consult. 2017-04-01 12:27:20)
- Malyn Newitt, Martin Robson, Lord Beresford e a Intervenção Britânica em Portugal — 1807-1820, por Fernando Dores Costa, Imprensa de Ciências Sociais, Instituto de Ciências Sociais, Lisboa, 2004
- William Carr Beresford: Contributo para um roteiro documental, por João Manuel Afonso Lourenço, 2013
- Obras de William Carr Beresford na Biblioteca Nacional de Portugal