Nos Descobrimentos e Conquistas
Com a subida de D. João I ao trono inicia-se uma nova dinastia - a Dinastia de Aviz – e as moedas passam a incluir na sua iconografia a cruz da Ordem de Aviz.
Em 1415, com a conquista de Ceuta, começa um ciclo de expansão que prossegue com a descida da costa africana e a descoberta das rotas marítimas para a Índia, América e Extremo Oriente.
Com a expansão abre-se o grande comércio oriental das especiarias, porcelanas e artigos de luxo e Portugal passa a ter acesso a novas fontes de ouro e prata.
Lisboa torna-se num grande centro de comércio e nela se fixam agentes das principais casas bancárias europeias. Nesse período já alguns comerciantes portugueses realizam importantes operações financeiras em várias praças internacionais. Em termos monetários, D. João I introduz o cobre como metal de cunhagem - o real preto - e D.Duarte adopta o real branco, moeda em bolhão, como nova unidade de conta.
D. Afonso V que ambiciona o trono de Castela, chega mesmo a mandar cunhar moedas em Toro.
Com D. João II inicia-se um longo período de cunhagem de moedas em ouro, de rara beleza e peso, ostentando a simbologia característica dos Descobrimentos.
Essas moedas, de entre as quais se destaca o português de D. Manuel, adquiriram aceitação e prestígio internacionais, tendo influenciado a iconografia de moedas de ouro cunhadas no século XVI, no Norte da Europa.