(Translated by https://www.hiragana.jp/)
Aguri Suzuki – Wikipédia, a enciclopédia livre

Aguri Suzuki - em japonês, 鈴木すずき 久里くさと, Suzuki Aguri (Tóquio, 8 de setembro de 1960) é um ex-piloto de Fórmula 1 do Japão. Ele participou de 64 grandes prêmios entre 1988 e 1995, e o melhor resultado foi o 3º lugar no GP do Japão de 1990, sendo o primeiro piloto japonês a ir ao pódio.[1]

Aguri Suzuki
Aguri Suzuki
Aguri Suzuki em 2008, como dirigente da ARTA.
Informações pessoais
Nome completo Aguri Suzuki
Nacionalidade japonês
Nascimento 8 de setembro de 1960 (64 anos)
Tóquio
Registros na Fórmula 1
Temporadas 19881995
GPs disputados 88 (64 largadas)
Títulos 0
Vitórias 0
Pódios 1
Pontos 8
Pole positions 0
Voltas mais rápidas 0
Primeiro GP GP do Japão de 1988
Último GP GP do Japão de 1995 (lesionou nos treinos classificatórios)
Registros nas 24 Horas de Le Mans
Edições 1986–1988, 1990, 1996–1999
Equipes Nissan Motorsport, Toyota Team Tom's, Nismo (Nismo/TWR)
Melhor resultado 3º (1998)
Vitórias em classe(s) 0

O início

editar

Kart, F-3 japonesa e Turismo: 1972 a 1986

editar

Suzuki iniciou a carreira aos 12 anos, no kart. Em 1978, ganhou o campeonato nacional, e no ano seguinte, fez sua estreia em categorias de monopostos, disputando a Fórmula 3 Japonesa. Nas três épocas seguintes, conciliou a F-3 com o kart, e no final da temporada de 1981, era, novamente, campeão nacional da categoria. Em 1983, torna-se vice-campeão de Formula 3, fazendo com que se virasse para os Turismos, ao serviço da Nissan, onde conquista o título em 1986. Nesse ano, passa para a Fórmula 2, onde fica no segundo lugar do campeonato. Ainda em 1986, faz a sua primeira incursão pela Europa, correndo as 24 Horas de Le Mans, também ao serviço da Nissan.

1987 a 1988: F-3000 Japonesa e estreia na Fórmula 1

editar

Em 1987, a F-2 transforma-se na Fórmula 3000 Japonesa, e Suzuki fica novamente com o vice-campeonato. Porém, no ano seguinte, ganha quatro corridas no campeonato e se torna campeão.[2] Nesse mesmo ano, começou a participar na Fórmula 3000 internacional, ao serviço da Footwork (que mais tarde participaria da Fórmula 1), sem resultados de destaque. E em outubro, estreia-se na F-1, no GP do Japão (vencido por Ayrton Senna), ao serviço da Larrousse, substituindo o francês Yannick Dalmas. Apesar do conhecimento da pista de Suzuka, não passou de 16º lugar, a três voltas do vencedor.

1989: primeira temporada completa

editar

O desempenho de Suzuki foi suficiente para lhe dar um lugar no grid da F-1 no ano seguinte, ao serviço da Zakspeed, que tinha ficado com motores Yamaha. Seu desempenho foi um desastre, uma vez que ele não conseguiu passar da pré-classificação em nenhuma corrida, ao contrário do alemão Bernd Schneider, seu companheiro de escuderia, que largou 2 vezes.

1990 a 1991: Altos e baixos na Larrousse

editar

Em 1990, Suzuki teve uma segunda chance na Larrousse, onde havia feito sua estreia na F-1. Desta vez, o carro era bastante melhor do que o frágil modelo da Zakspeed, marcando seu primeiro ponto em Silverstone, ao chegar em 6º lugar, posição repetida no GP da Espanha.

O único pódio na F-1

editar

No GP do Japão, Suzuki teve a melhor apresentação na categoria; largando em 10º, aproveitou as falhas e as controvérsias dos pilotos da frente, levando seu Larrousse-Lamborghini #30 ao 3º lugar da corrida, atrás dos Benetton-Ford de Nelson Piquet e Roberto Pupo Moreno.[3] No final do ano, conseguiu seis pontos e o 12º lugar final. Em 1991, Suzuki continua na Larrousse, onde pontua na corrida inicial, em Phoenix, a única vez que chega aos pontos, terminando a temporada em 22º lugar.

1992 a 1993: Declínio na Footwork

editar

Para 1992, Aguri é escolhido pela Mugen-Honda para ocupar um dos carros da Footwork-Arrows, correndo ao lado do experiente italiano Michele Alboreto. Apesar de boas prestações na primeira metade da tabela, não pontua em nenhuma corrida, tendo um 7º lugar em Barcelona como seu melhor resultado. No ano seguinte, continua na Footwork, desta vez ao lado de outro experiente piloto, o inglês Derek Warwick, e, apesar de ter um bom desempenho em treinos classificatórios, não consegue pontuar pelo segundo ano consecutivo. Ao final do campeonato, Suzuki deixa a Footwork e fica sem vaga para 1994.

1994: Escolha-surpresa para correr na Jordan

editar

Com o acidente provocado por Eddie Irvine no Brasil, a Jordan escala Suzuki, então com 33 anos de idade, a pilotar o carro #11, no GP do Pacífico, onde largou em vigésimo lugar e não chega ao final, com problema na direção. Substituído pelo italiano Andrea De Cesaris, o japonês não voltaria a correr em nenhuma etapa de 1994.

1995: Dividindo o carro da Ligier

editar

No ano de 1995, a Ligier tinha sido comprada por Flavio Briatore, que tinha entregue a gestão a Tom Walkinshaw. O italiano tinha assegurado o fornecimento dos motores Mugen-Honda, mas os japoneses impuseram uma condição: colocar Suzuki em um dos carros. Como Olivier Panis era intocável, e Martin Brundle era amigo de Walkinshaw, chegou-se a um compromisso - Brundle e Suzuki revezariam o carro em algumas provas. Este estranho compromisso fez com que o japonês alinhasse pela Ligier nas três primeiras provas do campeonato, no GP alemão e nas provas japonesas (Pacífico e Japão). Nesses cinco GPs, o máximo que Suzuki obteve foi um sexto lugar em Hockenheim.

Acidente e final de carreira

editar

Nos treinos para o GP do Japão, no mesmo lugar onde alcançou o seu melhor resultado, um grave acidente impediu Suzuki, que largaria em 13º, de alinhar no grid.[4] Depois de uma reflexão, Aguri, aos 35 anos de idade, anunciou sua aposentadoria da F-1.

1996 a 2001: Super-turismo japonês e aposentadoria definitiva

editar

Depois de sair da F-1, Suzuki concentrou-se nos Super-Turismos japoneses, construindo uma equipe própria, a ARTA (Autobacs Racing Team Aguri).

2002 a 2005: participação na Indy

editar

Em 2002, Aguri se alia ao piloto mexicano Adrián Fernández, para constituir, na Indy Racing League, a Super Aguri Fernandez Racing, que tinha um carro para o seu compatriota Kosuke Matsuura. A empreitada durou até 2005, quando foi convidado pela direção da Honda para montar sua equipe na Fórmula 1, inicialmente, para dar oportunidade a pilotos japoneses apoiados pela montadora.[5]

2006 a 2008: volta à Fórmula 1, com a Super Aguri

editar

Em 2006, Suzuki retorna à F-1, não como piloto, mas como dirigente da Super Aguri. O início da equipe foi controverso - comprou a antiga sede da Arrows, em Leafield, e alguns dos antigos chassis da equipe, de 2002, e começou do zero, com Takuma Sato (que teve seu contrato com a BAR rescindido) e outro japonês, Yuji Ide. Após as primeiras três corridas, Ide foi afastado da categoria após provocar um acidente com Christijan Albers, da Midland, e substituído pelo francês Franck Montagny, que, sem resultados de relevo, foi sacado do time, dando lugar a outro japonês, Sakon Yamamoto.

No ano seguinte, com o chassis da Honda de 2006, com algumas modificações, e com o inglês Anthony Davidson como companheiro de Sato, a SA teve uma excelente temporada, consegue 4 pontos e algumas exibições que faziam deixar a "irmã maior" envergonhada (o destaque foi o GP do Canadá, onde Sato chegou a ultrapassar a poderosa McLaren do bicampeão Fernando Alonso, para delírio da torcida japonesa). Contudo, as dificuldades financeiras eram cada vez maiores, como resultado do calote da SS United, um de seus principais patrocinadores, e no início de 2008, depois de quatro corridas, a equipe terminou a sua participação na Fórmula 1.[6]

Resultados na F1

editar

(Legenda)

Ano Equipe 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 Equipe Pos Pontos
1988 Lola BRA SMR MÔN MEX CAN EUA FRA GBR ALE HUN BEL ITA POR ESP JAP
16
AUS
Lola NA 0
1989 Zakspeed BRA
DNPQ
SMR
DNPQ
MÔN
DNPQ
MEX
DNPQ
EUA
DNPQ
CAN
DNPQ
FRA
DNPQ
GBR
DNPQ
ALE
DNPQ
HUN
DNPQ
BEL
DNPQ
ITA
DNPQ
POR
DNPQ
ESP
DNPQ
JAP
DNPQ
AUS
DNPQ
Zakspeed NA 0
1990 Lola EUA
ret
BRA
ret
SMR
ret
MÔN
ret
CAN
12
MEX
ret
FRA
7
GBR
6
ALE
ret
HUN
ret
BEL
ret
ITA
ret
POR
14
ESP
6
JAP
3
AUS
ret
Lola 12º 6
1991 Lola EUA
6
BRA
ret
SMR
ret
MÔN
ret
CAN
ret
MEX
ret
FRA
ret
GBR
ret
ALE
ret
HUN
ret
BEL
DNQ
ITA
DNQ
POR
ret
ESP
DNQ
JAP
ret
AUS
DNQ
Lola 22º 1
1992 Footwork RSA
8
MEX
DNQ
BRA
ret
ESP
7
SMR
10
MÔN
11
CAN
DNQ
FRA
ret
GBR
12
ALE
ret
HUN
ret
BEL
9
ITA
ret
POR
10
JAP
8
AUS
8
Footwork NA 0
1993 Footwork RSA
ret
BRA
ret
EUR
ret
SMR
9
ESP
10
MÔN
ret
CAN
13
FRA
12
GBR
ret
ALE
ret
HUN
ret
BEL
ret
ITA
ret
POR
ret
JAP
ret
AUS
7
Footwork NA 0
1994 Jordan BRA PAC
ret
SMR MÔN ESP CAN FRA GBR ALE HUN BEL ITA POR EUR JAP AUS
Jordan NA 0
1995 Ligier BRA
8
ARG
ret
SMR
11
ESP MÔN CAN FRA GBR ALE
6
HUN BEL ITA POR EUR PAC
ret
JAP
DNS
AUS
Ligier 17º 1
 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Aguri Suzuki

Referências

  1. «Drivers - Aguri Suzuki». www.grandprix.com. Consultado em 31 de março de 2023 
  2. «The 7 Japanese point-scorers F1 rookie Yuki Tsunoda is looking to emulate | Formula 1®». www.formula1.com (em inglês). Consultado em 31 de março de 2023 
  3. «David Tremayne: Sunday Conversation with Aguri Suzuki | Formula 1®». www.formula1.com (em inglês). Consultado em 31 de março de 2023 
  4. «Schumacher asserts his authority». The Independent (em inglês). 30 de outubro de 1995. Consultado em 31 de março de 2023 
  5. «New team bidding for F1 status» (em inglês). 1 de novembro de 2005. Consultado em 31 de março de 2023 
  6. «Struggling Super Aguri out of F1» (em inglês). 6 de maio de 2008. Consultado em 31 de março de 2023 


  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.