Axantes
Axantes[1][2] ou axântis[3] são um dos principais grupos étnicos da região de Axante, em Gana. Os axantes falam o axante, uma língua acã semelhante ao fante.
Axantes | |||
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População total | |||
acima de 5 milhões | |||
Regiões com população significativa | |||
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Línguas | |||
Axante | |||
Religiões | |||
Cristianismo, Religiões tradicionais africanas, Islâmica | |||
Grupos étnicos relacionados | |||
Acãs, Fantes |
Antes da colonização europeia, os axantes desenvolveram um grande e influente império na África Ocidental. Posteriormente, desenvolveram o poderoso Império Axante e tornaram-se uma presença dominante na região.
Geografia
editarGana tem um terreno variável, costas e montanhas, florestas e savanas, exuberantes áreas agrícolas e quase desertos. Os axantes estão instalados na parte central de Gana nos dias atuais, a cerca de trezentos quilômetros da costa. O território é densamente arborizado, principalmente fértil e em certa extensão montanhoso. Há duas estações - o período chuvoso (abril a novembro) e a estação seca (dezembro a março). O terreno tem várias ribeiras; a estação seca, no entanto é extremamente desidratada. É quente durante o ano inteiro.
Hoje os axantes somam perto de 7 milhões de pessoas (cerca de 30% da população do Gana, falando axante, idioma integrante do grupo de línguas Níger-Congo.) Seu poder político tem flutuado desde a independência de Gana, mas continuam a ser amplamente influentes. O atual presidente ganense, John Agyekum Kufuor é axante. A maioria dos axântis residem na região de Axante, uma das regiões administrativas do país. Cumasi, a capital da atual região axante, também foi a histórica capital do Reino axante. Atualmente, a região de Axante conta com uma população de 3 612 950 habitantes, tornando-a mais populoso distrito administrativo de Gana.
Situados a nordeste de Cumasi, a capital da região axante, os edifícios tradicionais feitos de terra, madeira e palha, vulneráveis ao tempo e que constituem os únicos vestígios desta civilização, foram inscritos pela UNESCO, em 1980, na lista dos sítios considerados Património Mundial.
Ver também
editar- Edifícios tradicionais axantes, um sítio registrado como património mundial da UNESCO
Referências
- ↑ VOC 2019.
- ↑ Silva 2014.
- ↑ Formas vernáculas registradas pelos dicionários Houaiss e Aurélio.
Bibliografia
editar- Silva, Alberto da Costa (2014). «6. A Costa do Ouro». A Manilha e o Libambo - A África e a Escravidão, de 1500 a 1700. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira Participações S.A. ISBN 978-85-209-3949-9
- «Axante». VOCLP – Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa. 2019