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Leonardo Mota – Wikipédia, a enciclopédia livre

Leonardo Ferreira Mota (Pedra Branca, 10 de maio de 1891Fortaleza, 2 de janeiro de 1948), filho de Leonardo Ferreira da Mota e de Maria Cristina da Silva Mota, foi um escritor, professor, advogado, promotor de justiça, secretário de governo, tabelião, jornalista e historiador. Fez os estudos preparatórios no Liceu do Ceará e formou-se em direito pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro no ano de 1916.[1]

Leonardo Mota(Leota)
Leonardo Mota
Selo postal do Correio do Brasil em homenagem ao centenário de nascimento do folclorista.
Nascimento Leonardo Ferreira da Mota Filho
10 de maio de 1891
Pedra Branca, Ceará
Morte 2 de janeiro de 1948 (56 anos)
Fortaleza
Nacionalidade Brasileira
Cônjuge Luíza Laura de Araújo
Alma mater Liceu do Ceará, Faculdade de Direito do Ceará
Ocupação Professor,Folclorista, Paremiologista, escritor Crítico literário e Advogado
Movimento literário Modernista, Movimento Armorial

Biografia

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Muito cedo mudou-se de sua terra natal junto com sua família. O interesse de Leonardo Mota pela sabedoria sertaneja teve início quando foi morar na cidade de Ipu, Ceará, onde a convite de seu irmão, Cônego Aureliano Mota, dirigiu um Instituto Educacional.

Sócio efetivo do Instituto do Ceará, tomou posse em 5 de janeiro de 1932.

Membro da Academia Cearense de Letras, Leota (era assim que gostava de ser chamado; "Cresci nas banhas e encurtei no nome", dizia), era um nome requisitado para proferir palestras para plateias de estudiosos e interessados folcloristas. Era também um animador de rodas de amigos e intelectuais da antiga Praça do Ferreira (coração da cidade de Fortaleza). Para essa platéia declamava versos e contava histórias e pequenas anedotas.

"Fui um intransigente na defesa do sertão esquecido, do sertão caluniado e só lembrado quando dele se quer o imposto nos tempos de paz ou o soldado nos tempos de guerra. E fui sobretudo, contra o labéu de cretinice do sertanejo nordestino que orientei a minha documentada contradita: em todo o meu "Cantadores" e nas conferências que proferi, de Norte a Sul, pus o melhor dos meus empenhos em fazer ressaltar a acuidade, a destreza de espírito, a vivacidade da desaproveitada inteligência sertaneja, de que os menestréis plebeus são a expressão bizarra e esquecida, apesar de digna de estudos."

Jornalismo

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Fundou, no Ipu, a "Gazeta do Sertão".

Em Fortaleza, foi redator do Correio do Ceará[1] e diretor da "Gazeta Official"[2], criado pelo Decreto Nº48 de 26 de Dezembro de 1916 e lançado em 4 de janeiro de 1917 pelo Diário do Estado.

O "último boêmio do Ceará" ou "judeu errante do folclore nacional", como se intitulava, publicou:

  • "Cantadores" (1921),
  • "Violeiros do Norte" (1925),
  • "Sertão Alegre" (1928),
  • "No Tempo de Lampião" (1930),
  • "Prosa Vadia" (1932),
  • "Padaria Espiritual" (1938).

Discursos

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  • "Discursos do Dr. Leonardo Mota e J. J. Pontes Vieira em homenagem a Dr. José da Cunha Sombra" (1932),
  • "O Barão de Camucim - Palavras de Leonardo Mota em nome do Instituto" (1949).

Artigos na Revista do Instituto do Ceará

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  • "José Carvalho" (1934),[3]
  • "Os Sinais de Galvão" (1935),[4]
  • "'Academia Cearense' e 'Academia Cearense de Letras'" (1940),[5]
  • "Onde e quando nasceu o Padre Verdeixa" (1941),[6]
  • "Capistrano de Abreu - anedótico" (1942),[7]
  • "Notas para a História Eclesiástica do Ceará" (1946),[8]
  • "Datas e factos para a História do Ceará" (1951),
  • "Datas e factos para a História do Ceará" (1952),
  • "Datas e factos para a História do Ceará" (1954),
  • "Datas e factos para a História do Ceará" (1955),
  • "Datas e Fatos para a História do Ceará" (1957),
  • "Datas e Fatos para a História do Ceará (1934-1935)" (1958),
  • "Datas e Fatos para a História do Ceará" (1959),
  • "Datas e Fatos para a História do Ceará" (1960),
  • "Datas e Fatos para a História do Ceará" (1961),
  • "Datas e Fatos para a História do Ceará" (1962),
  • "Datas e Fatos para a História do Ceará" (1963).

Obra póstuma

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O ruge-ruge em sua casa decorrente de seu falecimento suscitou o furto dos originais de "Adagiário Brasileiro", obra a seguir reconstituída pacientemente por seus filhos Moacir e Orlando Mota a partir de anotações e rascunhos coletados em seu escritório. "Adagiário Brasileiro" foi publicado em 1980 pela editora José Olympio e republicado em 1991 com edição do Banco do Nordeste do Brasil.[9]

Homenagens

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Em sua terra natal, Pedra Branca, existe a Biblioteca Municipal Leonardo Mota em sua homenagem e um monumento na praça que também leva seu nome, em frente ao local onde existiu a casa onde o "Príncipe dos folcloristas brasileiros" nasceu um dia. No dia 20 de fevereiro de 1952, por iniciativa do Instituto do Ceará, foi batizada com o nome do escritor uma rua de Fortaleza.

Referências

  1. a b Instituto do Ceará. «Galeria de Sócios Efetivos: Leonardo Ferreira Mota» 
  2. Barão de Studart (1918). «Jornaes publicados no Ceará em 1917». Instituto do Ceará. Revista do Instituto do Ceará. 32. Consultado em 10 de setembro de 2024 
  3. «José Carvalho» (PDF) 
  4. «Os Sinais de Galvão» (PDF) 
  5. «"Academia Cearense" e Academia Cearense de Letras"» (PDF) 
  6. «Onde e quando nasceu o Padre Verdeixa» (PDF) 
  7. «Capistrano de Abreu – Anedótico» (PDF) 
  8. «Notas para a História Eclesiástica do Ceará» (PDF) 
  9. MOTA, Leonardo. Adagiário Brasileiro. Fortaleza; Divisão de monografia do Banco do Nordeste do brasil S/A, 1991.
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