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Renda – Wikipédia, a enciclopédia livre
 Nota: Para outros significados, veja Renda (desambiguação).

Renda, segundo a economia clássica, é a remuneração dos fatores de produção: salários (remuneração do fator trabalho), aluguéis (remuneração do fator terra), juros e lucros (remuneração do capital).

Renda Nacional

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Renda Nacional é a soma de todas as rendas recebidas pelos proprietários dos fatores de produção utilizados durante o ano, ou seja, é a remuneração do serviço dos fatores. Inclui salários e ordenados, juros, aluguéis, lucros mais as transferências do Governo para o setor privado (subsídios e pensões).

A Renda Nacional Bruta corresponde ao Produto Interno Bruto mais os rendimentos líquidos dos fatores de produção enviados ao resto do mundo.

O PIB, descontado dessa renda enviada ao exterior (ou acrescido da renda recebida do exterior) é chamado Produto Nacional Bruto (PNB). O conceito de PNB, por esse motivo, está mais próximo ao conceito de Renda Nacional.

O PNB, depois de descontadas as perdas por depreciação, é exatamente igual à Renda Nacional Líquida. Portanto:[1]

PIB – Renda enviada ao exterior + Renda recebida do exterior = PNB
PNB – Depreciação = Produto Nacional Líquido = Renda Nacional Liquida
Renda Nacional Líquida / Número de habitantes do país = Renda per capita

A renda per capita é um importante indicador de padrão de vida e desenvolvimento econômico de um país.

Cálculo da Renda Nacional

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Para obter a Renda Nacional é necessário fazer três ajustes no PIB:

  • Subtraímos do PIB a renda líquida obtida pelas empresas estrangeiras ou indivíduos estrangeiros e que é enviada ao exterior. Para obter este valor somamos ao PIB qualquer renda recebida do exterior por empresas ou residentes desse país e subtraímos qualquer renda obtida no próprio país por empresas ou residentes estrangeiros (PNB).
  • Subtrair a depreciação do PNB
  • Subtrair os impostos indiretos (que incidem sobre as vendas)

Assim, em um modelo completo da economia, os conceitos convencionais dos agregados macroeconómicos são:

Produto Interno Bruto (PIB)

menos
Rendas líquidas enviadas para o exterior
é igual a

Produto Nacional Bruto (PNB)

menos
Depreciação do capital fixo
é igual a

Produto Nacional Líquido (PNL)

menos
Tributos indiretos
mais
Subsídios
é igual a

Renda Nacional (RN)

Cálculo da Renda Pessoal

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Lembrando que:

Renda Nacional Bruta= Produto Interno Bruto mais rendimentos líquidos dos fatores de produção, enviados ao resto do mundo.
Renda Nacional Líquida=Produto Nacional Líquido= Produto Nacional Bruto – Depreciação

segue-se que:

Renda Pessoal = Renda Nacional menos contribuições previdenciárias menos impostos sobre o lucro das empresas menos lucros não distribuídos das empresas + pagamentos de transferências pelo governo ou pelo setor privado

Portanto, a renda pessoal corresponde à renda total de todos os indivíduos na forma de salários, transferências (subsídios, aposentadorias, pensões e outros benefícios previdenciários) honorários, alugueis, juros ou lucros, antes do pagamento do imposto de renda e demais tributos pessoais.[2]

Renda Pessoal Disponível

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Já a Renda pessoal disponível é o que efetivamente sobra para os indivíduos, depois do pagamento dos impostos. É a renda que pode ser efetivamente destinada, pelos indivíduos, para consumo ou poupança.[2] Portanto:

Renda Pessoal

menos
Tributos diretos
é igual a

Renda Pessoal Disponível (RPD)[3]

Renda pré-fixada é aquela cujo valor é definido no ato de uma aplicação financeira.

Renda pós-fixada é definida ao final do período de aplicação.

Rendas correntes ou rendas permanentes são rendas que, ordinariamente, provêm de salários, pensões, alugueis,juros e lucros.

Rendas extraordinárias são rendas eventuais, que provêm, por exemplo, de heranças, doações e outras entradas excepcionais de dinheiro.

Tributação da renda no Brasil

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No Brasil, os rendimentos são tributado de acordo com a classificação da legislação do imposto de renda. Para os ganhos do trabalho (cujos critérios para apuração são considerados injustos por muitos contribuintes), é adotada uma tabela progressiva. Para ganhos do capital, há uma alíquota predeterminada.

Hipótese da renda permanente

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A Hipótese da renda permanente é uma teoria econômica que tenta descrever como agentes disseminam o consumo ao longo de suas vidas. Desenvolvido por Milton Friedman, supõe que o consumo de uma pessoa em um certo momento é determinado não apenas pela sua renda atual, mas também por sua renda esperada no futuro - o seu "rendimento permanente". Em sua forma mais simples, a hipótese afirma que as alterações no rendimento permanente (em vez de alterações temporárias de renda), são o que impulsionam as alterações nos padrões de consumo de um consumidor. Suas previsões de suavização do consumo, em que as pessoas espalham mudanças transitórias na renda ao longo do tempo, partem da ênfase keynesiana tradicional na propensão marginal ao consumo. Isso teve um efeito profundo no estudo do comportamento do consumidor e fornece uma explicação para algumas das falhas das técnicas de gerenciamento de demanda keynesianas.[4]

Ver também

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Referências

  1. PIB e PNB. Por Denis Medina. Economia e Mercados. 18 de março de 2013
  2. a b SANDRONI, Paulo. Novíssimo Dicionário de Economia: "renda pessoal"
  3. Cálculo de agregados macroeconômicos
  4. Meghir, Costas (2004). «A Retrospective on Friedman's Theory of Permanent Income» (PDF). IFS.UK. Consultado em 13 de maio de 2018 
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