Kojiki
Kojiki ou Furukotofumi (em japonês:
História
[editar | editar código-fonte]O Kojiki foi apresentado por Ō no Yasumaro à Imperatriz Gemmei em 712.[2] O livro foi baseado em eventos que tinham sido memorizados de um livro anterior, o Kujiki, e também baseados nas histórias que passaram de geração em geração, assim como histórias memorizadas por Hieda no Are.
História do Kojiki
[editar | editar código-fonte]No seu início, o Kojiki lida especificamente com os kami precursores, que foram criados no começo. Também contem várias canções e poemas. A obra está dividida em três volumes: Kamitsumaki (lit. "rolo superior"), Nakatsumaki (lit. "rolo do meio"), e Shimotsumaki (lit. "rolo inferior"). Inclui um prefácio e é focado nos deuses da criação e no nascimento de várias divindades.
O Nakatsumaki inicia com a história do imperador Jimmu, o primeiro Imperador, e sua conquista do Japão e finaliza com o 15.º imperador, o imperador Ojin. Muitas histórias são mitológicas e o conteúdo considerado histórico é considerado suspeito. Por questões desconhecidas, o 2.º ao 9.º imperadores são listados, mas suas conquistas estão faltando na maior parte.
O Shimotsumaki cobre do 16.º ao 33.º imperadores, e diferentemente dos volumes anteriores tem limitadas referências as relações com os deuses. Informações do 24.º ao 33.º imperadores são incompletas também.
Estudo do Kojiki
[editar | editar código-fonte]No Período Edo, Motoori Norinaga estudou o Kojiki intensamente. Ele produziu um estudo da obra em 44 volumes chamado Kojiki-den (
A primeira e mais conhecida tradução para o inglês foi feita pelo renomado japanólogo Basil Hall Chamberlain. Mais recentemente, uma tradução feita por Donald L. Philippi foi publicada pela Editora da Universidade de Tóquio em 1968 (ISBN 0-86008-320-9).
Manuscritos
[editar | editar código-fonte]Existem dois grandes fragmentos dos manuscritos do Kojiki: um em Ise, outro em Urabe. O fragmento existente em Urabe consiste em 36 manuscritos, todos baseados nas 1522 cópias de Urabe Kanenaga. O fragmento de Ise pode ser subdividido no manuscrito Shinpukuji-bon (
- Dōka-bon (
道 果 本 ), manuscrito de 1381; resta apenas a primeira metade do primeiro volume - Dōshō-bon (
道 祥 本 ), manuscrito de 1424; resta apenas o primeiro volume, e possui muitas falhas - Shun'yu-bon (
春 瑜本), manuscrito de 1426; um volume
O Shinpukuji-bon (1371–1372) é o manuscrito mais antigo existente. Enquanto dividido no fragmento de Ise, é na verdade uma mistura dos dois fragmentos. O monge Ken'yu baseou sua cópia na de Ōnakatomi Sadayo. Em 1266, Sadayo copiou o primeiro e terceiro volumes, mas não teve acesso ao segundo. Finalmente, em 1282, ele obteve acesso ao segundo volume, através de um fragmento do manuscrito de Urabe, o qual ele transcreveu.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Iwao, Seiichi et al. (2002). "Kojiki" em Dictionnaire historique du Japon, pp. 1572-1573
- ↑ Titsingh, Annales des empereurs du japon, p. 64. (em francês)
- ↑ Iwao 2002, p. 1573.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Brownlee, John S. (1997) Japanese historians and the national myths, 1600-1945: The Age of the Gods and Emperor Jimmu. Vancouver: University of British Columbia Press. ISBN 0-7748-0644-3 Tokyo: University of Tokyo Press. ISBN 4-13-027031-1; OCLC 248071153 (em inglês)
- Chamberlain, Basil Hall. (1920). The Kojiki. Read before the Asiatic Society of Japan on April 12th, May 10th, and June 21st, 1882; reprinted, May, 1919. OCLC 1882339
- Iwao, Seiichi, Teizō Iyanaga, Susumu Ishii, Shōichirō Yoshida, et al. (2002). Dictionnaire historique du Japon. Paris: Maisonneuve & Larose. 10-ISBN 2-7068-1632-5; 13-ISBN 978-2-7068-1632-1; OCLC 51096469 (em francês)
- Titsingh, Isaac. (1834). Nihon Ōdai Ichiran; ou, Annales des empereurs du Japon. Paris: Royal Asiatic Society, Oriental Translation Fund of Great Britain and Ireland. OCLC 5850691
Ligações externas
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Kojiki no Wikisource em inglês.
Kojiki no Wikisource em castelhano.
- Arquivo de textos sagrados — versão online da tradução de Basil Hall Chamberlain (1919) do Kojiki. (em inglês)